Covid segue letal no Brasil, enquanto o país espera acordos por novas doses de vacinas. Cerca de 3 milhões de brasileiros apenas já foram imunizados

O Brasil chega à sexta-feira (5) com o número de mortes por covid-19 superior a 230 mil. Com 1.239 vítimas nas últimas 24 horas, o país soma 230.034 mortos desde o início do surto, em março. A média móvel de mortes, calculada em sete dias, segue acima de mil desde o dia 21 de janeiro, de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

O número de novos casos no período foi de 50.872. Com o avanço, são 9.447.165 infectados no país, sem contar com a ampla subnotificação revelada por dados do Ministério do Saúde e denunciado por cientistas. A média epidemiológica segue acima do registrado no pior período da pandemia até então, entre junho e setembro. Os novos casos diários calculados em sete dias estão em 46.950.

Vacinas

Dos 6,8 milhões de vacinas disponibilizadas no Brasil na primeira leva, considerando a CoronaVac e a Oxfor/AstraZeneca, 3 milhões já foram aplicadas, de acordo com o Ministério da Saúde. Menos de 2%, portanto, da população brasileira, de cerca de 230 milhões de pessoas.

Ainda de acordo com a pasta, apenas cinco pessoas a cada 10 mil apresentaram alguma reação à vacina. Entre os efeitos relatados estão: dor de cabeça, febre, dor muscular e náusea, todas de leve intensidade.

Para o restante, a primeira etapa da imunização ocorreu sem qualquer efeito colateral. Também foi registrado um evento adverso grave para cada 100 mil aplicações, mas sem conclusão sobre a relação com os imunizantes.

O país ainda mantém tratativas para adquirir mais vacinas. Ontem (4) um avião da China chegou a São Paulo com insumos que possibilitarão a produção de 8,6 milhões de doses da CoronaVac pelo Instituto Butantan, de São Paulo. De acordo com o Ministério da Saúde, insumos para a produção local de 2,8 milhões de doses da vacina da AstraZeneca devem chegar ao Brasil amanhã (6). A fabricação destes imunizantes está sob responsabilidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A previsão do ministério é de 100 milhões de doses entregues até o fim de julho.

Sputnik

Também ontem, o Senado aprovou a chamada MP da Vacina, que além de facilitar o acesso do país aos imunizantes disponibilizados pelo consórcio internacional Covax Facility, da OMS, facilita compra da russa Sputinik V. Agora, não será mais necessário estudos avançados das vacinas em solo nacional, para autorização de seu uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. A agência passa a aceitar protocolos internacionais. Antes mesmo da MP aprovada, o governo do estado da Bahia já vem negociando 50 milhões de doses da Sputnik. O governo federal, 10 milhões.

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