Ele pode ser tudo aquilo do que o estão acusando.
À boca pequena e nos tribunais.
Ladrão, assassino, estuprador, corrupto e o diabo a quatro.
Se ele é ou não é não cabe a mim julgá-lo à luz do meu juízo.
Mas a História Política não poderá dizer amanhã que ele não seja um “cabra Macho”.
Macho, com EME maiúsculo.
O nordestino analfabeto, que já foi presidente da República por duas vezes, está enfrentando de peito aberto a chamada grande mídia, aqui incluídos jornais de circulação nacional, emissoras de rádio e televisão.
De quebra, uma ditadura disfarçada que envolve o Poder Judiciário e o Poder Legislativo, em acintoso conluio com grupos econômicos, instituições de peso representativo junto à sociedade, como a classe ruralista, a maçonaria e a OAB.
E o tal do mercado.
E os ideólogos da direita fascista e raivosa.
Além da oposição radical dos partidos políticos e das pessoas que não gostam do PT.
Isso tudo, sem falar nos tratores e caminhões da intolerância humana.
Ou na perda de familiares que ficaram na estrada da vida.
Sozinho?
Sozinho não: ele e o povão.
Como em pleitos passados: um discurso popular, uma estrela de um partido que fundou nas portas das fábricas e uma coragem extremada para resistir aos revezes.
Se as eleições presidenciais fossem hoje, ele estaria eleito nas urnas ainda no primeiro turno.
Não é nenhum ativista apaixonado que está dizendo isso.
Basta que se olhe com isenção e frieza as últimas pesquisas da corrida presidencial.
Aliás, feitas por institutos especializados que gostariam de ver a sua caveira.
E isso com apenas quatro dedos numa das mãos.
É. Tem-se que tirar o chapéu para o retirante nordestino.
Um “cabra da peste”, sem dúvida, desses dos quais anda precisando muito uma certa República adormecida e em crise institucional da América Latina.
* Felipe Gabrich é jornalista e colaborador do em cima da notícia