Deputados aprovam projeto do clube-empresa, e texto vai à sanção do presidente Bolsonaro
Foram 429 votos a favor e 7 contrários; Projeto de Lei interessa a Cruzeiro e América
Várias equipes brasileiras estão de olho na aprovação do projeto, entre elas o Cruzeiro e o América
A Câmara dos Deputados aprovou, no início da noite desta quarta-feira, o Projeto de Lei 5.516/2019, de autoria do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) que estipula regras que permitem a transformação de clubes de futebol em empresas com a participação da iniciativa privada nos moldes da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Agora, o texto segue para a sanção do presidente da República Jair Bolsonaro. Foram 429 votos a favor e apenas sete contrários.
Com a criação da SAF, os clubes poderão contar com pessoas físicas, jurídicas e fundos de investimentos para participar da gestão, levantando recursos por meio da emissão de ações na Bolsa de Valores (B3), debêntures, títulos ou valor mobiliário. Tudo será regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Várias equipes brasileiras estão de olho na aprovação do projeto, entre elas o Cruzeiro. O clube celeste já divulgou um edital de convocação para uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, que votará a proposta de transformação da Raposa em clube-empresa. A data da assembleia está marcada para o dia 2 de agosto, de 18h30 às 20h30, no Parque Esportivo do Barro Preto.
No modelo proposto, o Cruzeiro será detentor de 100% do capital social, enquanto o eventual investidor controlará até 49% deste capital social.
Em entrevista recente, o presidente Sérgio Santos Rodrigues já declarou que só aguarda o ‘ok’ do governo para iniciar a implantação da SAF na Raposa. “A meta do Cruzeiro é ser o primeiro clube-empresa nos modelos da Lei 5516/2019, projeto de lei que tramita no Senado, e tenho certeza que a grande vantagem vai ser a captação de recursos mais segura no mercado”, afirmou o mandatário celeste à TV Senado em maio deste ano.
O mandatário celeste explicou como será o modelo pretendido pelo Cruzeiro e ressaltou que a gestão do futebol será separada do clube social. “Vamos ter dois CNPJs. Permanece o clube, inclusive com outros esportes – o Cruzeiro tem o vôlei muito forte que vai continuar associado ao clube –, e a S.A. do Futebol vai tratar só de futebol”, frisou.
O América é outro clube mineiro no mesmo caminho que aguarda a aprovação do projeto. Em um processo um pouco mais avançado em relação ao Cruzeiro, o Coelho trouxe de volta o ex-presidente Marcus Salum para ser o coordenador de futebol clube-empresa.