– ATO DE CAMPANHA – 
 Vereadores farão audiência pública para criticar fim do racionamento de água em Montes Claros

 * Por Waldo Ferreira

Um misto de ignorância e má fé marcou os pronunciamentos dos vereadores Cláudio Prates (PTB), presidente da Câmara Municipal, Soter Magno (PP), Ailton Soares (PHS), Maria Helena Quadros (PPL), Ildeu Maia, Marlon Bicalho (PTC) e Valdivino Antunes (MDB), durante reunião ordinária da Câmara de terça-feira (25). Com claro objetivo eleitoral, eles aprovaram requerimento de autoria do presidente da Casa e realizarão nessa quinta-feira (27) audiência pública para questionar o fim do racionamento de água em Montes Claros, beneficiada pela obra de captação de água do Rio Pacuí.
Eles acusam a Copasa de dar fim ao racionamento por razões políticas, considerando o período eleitoral. Mas, o objetivo deles é justamente prejudicar o governador Fernando Pimentel (PT), candidato à reeleição, e fazer campanha para o tucano Antônio Anastasia. Nos pronunciamentos, também acusam a população de ter passado a consumir mais água.

Somente o vereador Daniel Dias, do PCdoB, defendeu o Estado. Prates foi um que criticou os moradores, dos quais quer o voto, visto que é candidato a deputado federal. Ele disse que as pessoas estão gastando água demais. Os outros fizeram discursos alarmistas, dizendo que faltará água depois das eleições. E questionaram o contrato de concessão da Copasa com o Município.
Há muita ignorância, aliada à vontade de explorar o assunto politicamente. E nisso os vereadores de Montes Claros são especialistas. A captação, feita a partir do Pacuí, em Coração de Jesus, não prejudica o abastecimento humano e dos animais e nem a agricultura nas comunidades em torno dele. Só a água excedente – que sobra após atendidas essas necessidades é que está sendo captada.
Outro detalhe é que, quando foi iniciada, em agosto do ano passado, já era previsto que a finalização da obra seria em agosto deste ano. Ou seja, foi tudo feito dentro do cronograma preestabelecido. A adutora vai abastecer apenas 30% dos moradores de Montes Claros, livrando a cidade da falta d`água nos períodos de crise hídrica. Critérios rigorosos na execução da obra também evitaram os impactos ambientais
Não faz sentido os vereadores criticarem uma obra de importância vital para as pessoas, que deveria ter sido feita por governos anteriores, principalmente os do PSDB, que eles apoiam.

 * Jornalista e colaborador do EM CIMA DA NOTÍCIA

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