– A Câmara aprovou na noite dessa quarta-feira (2) o relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de autoria do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendava a rejeição da denúncia da Procuradoria Geral da República por crime de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.

 Os deputados aprovaram o relatório que recomendou rejeição da denúncia. Votaram 492 deputados dos 513 deputados: 263 a favor do relatório, 227 contra e duas abstenções. Houve 19 ausências. 
Com a decisão, os deputados livraram Temer de responder no Supremo Tribunal Federal (STF) a processo que, se instalado, provocaria o afastamento do presidente por até 180 dias. Agora, Temer responderá no STF somente após a conclusão do mandato, em 31 de dezembro de 2018. O procurador-geral Rodrigo Janot, porém, deverá apresentar outra denúncia contra Temer, por organização criminosa e obstrução de justiça.
A acusação de Janot se baseia nas investigações abertas a partir das delações de executivos da empresa JBS no âmbito da Operação Lava Jato. Em março deste ano, o ex-assessor do presidente e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi filmado saindo de um restaurante em São Paulo, com uma mala contendo R$ 500 mil. Segundo a PGR, o dinheiro era parte de propina e destinava-se a Temer. 

Temer e sua vitória de Pirro
263 votos, apenas seis votos acima da maioria simples de 257 votos.

O Tijolaço

Não é número, obvio, para derrubar o governo, mas também não é número para que o Governo passa sinalizar que possa aprovar a reforma da Previdência, ovo de ouro que o mercado ainda esperava da galinha Temer.

Temer saiu vitorioso o suficiente para se sustentar, mas não para “bancar” ao mercado ser a “grande esperança branca” para destruir os direitos previdenciários.

Não tem, sequer, uma maioria sólida, que dirá maioria significativa para fazer reformas constitucionais que exigem 308 votos, ao menos.

E perdeu, com a transmissão ao vivo da sessão de votação, seus dois principais sustentáculos: o apagão da mídia sobre seu desgaste e a menção do nome “maldito” de Lula.

O PSDB, aliás, por conta do relatório do aecista Abi-Ackel, colou sua imagem em Temer.

O dia foi de uma vitória de Pirro, daquelas em que, mais uma, o governismo estará arruinado.

 

Temer ficou. Agora ele virá buscar a sua aposentadoria
Blog do Esmael

O ilegítimo Michel Temer tem parte com o Coisa Ruim. Só pode.

A Câmara o livrou ontem à noite pelo placar de 263 votos a 227.
O Traste ficou. Agora ele virá buscar a sua aposentaria, isto é, pôr fim à possibilidade de um dia você se aposentar.
A próxima tarefa de Temer é a reforma previdenciária.
Parêntese. Na segunda-feira (1º), Temer determinou que inválidos e incapacitados comparecessem ao INSS para provar que precisam do benefício. Ou seja, não há limites para a ruindade. Fecha parêntese.
Recentemente, com a ajuda do mesmo Congresso Nacional, ele reintroduziu a semiescravidão no país com a precariza da mão de obra na reforma trabalhista.
Tudo isso sem nenhuma panela batida, sem efetiva resistência das ruas.
Portanto, o Tinhoso vem aí buscar sua aposentadoria. Aguarde.

 

Veja como votaram os deputados mineiros a denúncia contra Temer
33 votaram contra a continuidade das investigações; 18 votaram a favor; um absteve-se e outro se ausentou

Contra a investigação

Ademir Camilo (PODE)

Aelton Freitas (PR)
Bilac Pinto (PR)
Bonifácio de Andrada (PSDB)
Brunny (PR)
Caio Narcio (PSDB)
Carlos Melles (DEM)
Dâmina Pereira (PSL)
Delegado Edson Moreira (PR)
Diego Andrade (PSD)
Dimas Fabiano (PP)
Domingos Sávio (PSDB)
Fábio Ramalho (PMDB)
Franklin (PP)
Jaime Martins (PSD)
Leonardo Quintão (PMDB)
Luis Tibé (PTdoB)
Luiz Fernando Faria (PP)
Marcelo Aro (PHS)
Marcos Montes (PSD)
Marcus Pestana (PSDB)
Mauro Lopes (PMDB)
Misael Varella (DEM)
Newton Cardoso Jr (PMDB)
Paulo Abi-Ackel (PSDB)
Raquel Muniz (PSD)
Renato Andrade (PP)
Renzo Braz (PP)
Rodrigo de Castro (PSDB)
Saraiva Felipe (PMDB)
Tenente Lúcio (PSB)
Toninho Pinheiro (PP)
Zé Silva (SD)

Ausente
Eduardo Barbosa (PSDB)

A favor da investigação

Adelmo Carneiro Leão (PT)

Eros Biondini (PROS)

Gabriel Guimarães (PT)
George Hilton (PROS)
Jô Moraes (PCdoB)
Júlio Delgado (PSB)
Laudivio Carvalho (SD)
Leonardo Monteiro (PT)
Lincoln Portela (PRB)
Luzia Ferreira (PPS)
Marcelo Álvaro Antônio (PR)
Margarida Salomão (PT)
Padre João (PT)
Patrus Ananias (PT)
Reginaldo Lopes (PT)
Stefano Aguiar (PSD)
Subtenente Gonzaga (PDT)
Weliton Prado (PMB)

Abstenção
Rodrigo Pacheco (PMDB)

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