“Ele resolveu judicializar e, então, vamos esperar que a Justiça dê a palavra final. Não posso mudar uma decisão da convenção nacional do partido”

Neste domingo o pretendente ao Palácio da Liberdade pelo PSB, ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, teve mais uma negativa de seu partido ao desejo de disputar o governo do Estado. Vetado pelo PSB, por força de acordo nacional com o PT, ao Palácio da Liberdade, Márcio judicializou a sua pretensão, depois de uma convenção estadual tumultuada em que tentou forçar, há uma semana, registrar sua candidatura, impedida anteriormente pela dissolução da comissão provisória nomeada por ele. Enquanto espera a decisão do TSE, que deve resolver a questão nesta segunda feita, Márcio tentou convencer a cúpula do PSB para uma reunião da Executiva do partido neste domingo, dia 12. Ontem, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, recusou o encontro e passou a bola para a Justiça. “Ele resolveu judicializar e, então, vamos esperar que a Justiça dê a palavra final. Não posso mudar uma decisão da convenção nacional do partido”, diz Carlos Siqueira.

A convenção decidiu que Márcio, que fez uma coligação sem autorização do seu partido com o MDB, deveria retirar sua postulação e apoiar Fernando Pimentel ou ficar neutro, como parte do acordo pelo qual Marília Câmara retirou sua candidatura ao governo em Pernambuco para apoiar o candidato do PSB à reeleição, Paulo Câmara. O PT cumpriu em Pernambuco o que Márcio quer desconhecer em Minas. Essa coligação com o MDB por sinal tem sido a razão pela qual o governador Fernando Pimentel ainda não registrou sua chapa completa no TRE-MG, só o fazendo proforma na expectativa de que o acordo Márcio-MDB se frustre na justiça eleitoral e ele possa recompor a coligação com o MDB que o apoiou na Assembleia Legislativa nesses três anos e meio – o que não impede também que o MDB rejeite a coligação trabalhada por Pimentel e resolva sair com um candidato próprio, neste caso com o presidente da Assembleia, Adalcléver Lopes, na cabeça de chapa.

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