Ranking britânico lista UFMG entre as 10 melhores universidades da América Latina

Universidade ocupa a 294ª posição mundial em ensino segundo a Times Higher Education Sexta entre as brasileiras e nona na América Latina, a UFMG aparece no grupo 801-1000 das melhores universidades do mundo, segundo a edição 2025 do ranking da Times Higher Education (THE), divulgada na semana passada. O levantamento avaliou 2.092 instituições localizadas em 115 países e territórios. Segundo o professor Dawisson Belém Lopes, diretor do Escritório de Governança de Dados Institucionais da UFMG, trata-se de um ranking dos mais tradicionais – é divulgado desde 2004 – e que adota uma regra de corte bastante restritiva. “Para figurar nessa lista, a instituição precisar contar, no mínimo, com 1 mil artigos publicados na base Scopus nos últimos cinco anos. Estar nele já é uma vitória”, avalia o diretor. A UFMG também aparece na posição 294 entre as universidades que oferecem o melhor ensino do mundo. De acordo com Dawisson, essa posição está relacionada a outra dimensão muito valorizada pela agência britânica: a reputação institucional. “Esse indicador é aferido por meio de votos coletados entre pesquisadores e lideranças universitárias, dentro e fora do país, com peso maior entre os votantes do exterior. Nas últimas três edições do levantamento, o número de menções à UFMG subiu mais de 20 vezes, o que reflete o crescimento da exposição da nossa marca tanto dentro quanto fora do Brasil”, informa o professor. Em algumas áreas, a UFMG teve um desempenho na edição de 2025 que supera a colocação geral. São os casos de Direito (201-250), Educação (251-300), Artes e Humanidades (301-400) e Ciências da Vida (501-600). “Além disso, nas áreas de Ciências do Esporte, Arquitetura e Veterinária, a Universidade está posicionada entre as 25% melhores instituições do mundo”, complementa Dawisson Lopes. Queda na produtividade científica A queda dos níveis de financiamento das universidades brasileiras (fator Recursos para pesquisa) foi captada pelo ranking da THE e resultou na redução generalizada da produtividade científica no Brasil, fenômeno que também já havia sido identificado pelo QS Ranking, divulgado no início deste mês. Essa situação, segundo Dawisson, levou, inclusive, a agência britânica a produzir um documento retratando a situação global. Além do Brasil, universidades dos Estados Unidos, da Rússia, da Itália e da Espanha registraram queda de produtividade em pesquisa. Por outro lado, Índia, China, Turquia e Japão tiveram crescimento. Na visão da reitora Sandra Goulart Almeida, o financiamento das universidades brasileiras impacta todas as áreas das instituições, em especial a pesquisa de ponta que necessita de infraestrutura adequada e modernizada. “Há mais de uma década nossos orçamentos vêm sendo sistematicamente deteriorados. E hoje somos maiores, mais inclusivos e melhores com um orçamento que não acompanha a qualidade e o impacto da nossa Instituição. Necessitamos de financiamento sustentável e crescente, se quisermos que nossas universidades tenham desempenho compatível com as melhores instituições do mundo e ofereça uma educação de qualidade e de referência para a sociedade”, alerta a dirigente. Ranking de impacto e cúpula de universidades Outra classificação organizada pela Times Higher Education, na qual a UFMG se destacou já na sua estreia, é o Impact Rankings (edição 2024), que avalia o desempenho de instituições de ensino superior de todo o mundo em ações relativas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. No levantamento, divulgado em junho deste ano, a UFMG figura entre as 25% melhores instituições do mundo e como a melhor universidade brasileira nos ODS 3 (Boa Saúde e Bem-estar) e 10 (Redução de Desigualdades). Além de rankings, a THE também organiza conferências com altos dirigentes da educação superior mundial. Uma delas, programada de 8 a 10 de julho de 2025, terá a UFMG como sede. Trata-se da THE Latin America Universities Summit, reunião de cúpula de universidades latino-americanas. Primeiro a ser realizado no Brasil em formato presencial, o evento tem como tema Universidades como repositórios de conhecimento confiável.

Na faculdade, cotistas têm taxa de conclusão 10% maior do que demais alunos

Assim como no caso das cotas, entre os beneficiários do Prouni, 58% concluíram a graduação em 2023, contra 36% entre os estudantes que não fazem parte da política O Censo da Educação Superior, divulgado nesta quinta-feira (3), reafirmou a importância de alguns mecanismos de acesso a esse nível de ensino disponibilizados às populações negra, indígena e mais pobre, historicamente alijadas do ensino superior. Segundo a pesquisa, por exemplo, na década de 2014 a 2023, estudantes que chegaram ao ensino superior federal por meio de cotas tiveram uma taxa de conclusão 10% maior que a de não cotistas (51% a 41%). Outra política que mostrou resultados positivos foi o Prouni. O Censo verificou que 58% dos beneficiários concluíram a graduação em 2023, contra 36% entre os estudantes que não fazem parte da política. Já o índice de concluintes — os que estão perto de terminar o curso — entre os alunos que contam com o Fies (49%) foi 15% superior ao de quem não o utiliza (34%). Produzido pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) — autarquia vinculada à pasta —, o Censo faz uma ampla radiografia sobre estudantes, professores e instituições de ensino que servirá para traçar planos de melhoria tanto no que diz respeito ao acesso e continuidade nos cursos quanto à qualidade e distribuição desse nível de formação. A pesquisa também apontou que entre os jovens de 18 a 24 anos, que somam 22,3 milhões de pessoas, quase 45% não frequentam e concluíram o ensino médio; 22% frequentam a educação superior; 20% não frequentam ou não concluíram o ensino médio e quase 8% frequentam o ensino médio. Os demais se dividem entre os que não estão e concluíram a educação superior (4%) e os que frequentam o ensino fundamental (1%). Esses dados se inserem nos desafios colocados, sobretudo, na meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE), que se destina a “elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público”. Metas por raça, renda e local No quesito cor/raça, o Censo mostra que os estudantes concluintes pretos, pardos ou indígenas são a grande maioria no Amazonas (89%), na Bahia (88%) e em Roraima (87%), números que vão decaindo conforme se percorre estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, por exemplo, eles são, respectivamente, 17% e 18%. Em São Paulo, são 30% e no Rio de Janeiro, 56%. Quando é averiguado o número médio de anos de estudo da população de 18 a 29 anos no Brasil em 2023, conclui-se que o perfil majoritário é de mulheres, brancas, de renda maior e que vivem em áreas urbanas, principalmente do Sudeste. Segundo os dados, entre os 25% de maior renda, a média é de 13,5 anos; entre os brancos, é de 12,4 anos; no Sudeste é de 12,2 anos; entre mulheres, é de 12,1 anos e da área urbana, 12 anos. No extremo oposto, aqueles com menos anos médios de ensino, em torno de 9 a 9,4 anos, têm como perfil preponderante homens, pretos, de zonas rurais do Norte e Nordeste e que fazem parte dos 25% com menor renda. Quanto à localização, o acesso aos que terminaram o ensino médio e seguiram para o superior em 2022 continuava sendo maior para quem estava na área urbana (27%) em relação a quem vivia em zonas rurais (16%). De acordo com o MEC, esse conjunto de pessoas acima descritos são o foco central da meta 8 do Plano Nacional de Educação (PNE), cujo objetivo é “elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”. Na avaliação de Leonardo Barchini, ministro da Educação substituto, “os dados nos mostraram que o caminho é cuidar desses estudantes, especialmente dos que mais precisam, porque eles respondem, eles dão resultado quando instados a entrar na educação superior. A gente dá uma chance para esses estudantes de baixa renda, pretos, pardos e indígenas, e eles respondem”. Barchini completou dizendo que com base nesses dados, “estamos desenhando os novos programas de concessão de benefícios de assistência estudantil para esses estudantes”, e lembrou que o MEC já aumentou o valor da Política Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). Tipos de instituição Observando o tipo de instituição dos que terminaram o ensino médio em 2022 e ingressaram na educação superior no ano seguinte — cujo percentual é de 27% —, o índice é bem superior entre os concluintes do ensino médio de escolas federais (58%) e privadas (59%). Já os alunos oriundos de escolas estaduais ficaram abaixo da média: apenas 21% ingressaram no ensino superior logo após concluírem o ensino médio. Os estudantes que terminaram o ensino médio articulado com a educação profissional (integrado ou concomitante) também tiveram mais facilidade para ingressar na educação superior no ano seguinte. Desse grupo, 44% entraram em um curso de graduação logo após a formatura, outro número acima da média. Quando analisados aqueles que concluíram o ensino médio na modalidade regular e na educação de jovens e adultos (EJA), o percentual é de 30% e de 9%, respectivamente. Oferta de vagas e matrículas Além desses dados, o Censo de 2023 registrou 2.580 instituições de educação superior. Dessas, 87,8% (2.264) eram privadas e 12,2% (316), públicas. Nesse contexto, a rede privada ofertou 95,9% (23.681.916) das mais de 24,6 milhões de vagas. Já a rede pública foi responsável por 4,1% (1.005.214) das ofertas, com 65,5% (658.273) dessas vagas em instituições federais. Na modalidade de Educação à Distância (EaD), a

Editora Unimontes marcará presença em congresso internacional

O 2º Congresso Internacional da Unimontes terá como tema central “Educação e Sustentabilidade” No período de 24 a 27 de setembro, será promovido o 2º Congresso Internacional de Educação e Inovação da Universidade Estadual de Montes Claros, que acontecerá no campus-sede da instituição. A Editora Unimontes marcará presença no evento com lançamentos de livros e apresentações culturais. O 2º Congresso Internacional da Unimontes terá como tema central “Educação e Sustentabilidade”, com a proposta de discutir de que forma a educação pode contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em sintonia com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). A Editora Unimontes coordenará, no evento, sessões de lançamentos de livros próprios, assim como de livros de outras editoras. Os lançamentos ocorrerão no Espaço do Livro e da Leitura. No local, será montada uma infraestrutura para viabilizar lançamentos de e-books e livros impressos, conversas com autores e programação cultural. Ao todo, serão lançadas 16 obras, com atividades também no campus de Januária. As atividades da Editora no campus-sede serão realizadas sempre a partir das 17 horas. No dia 24, a programação será aberta pela cantora Camille Cantuária. Em seguida, haverá divulgação de revistas científicas da Unimontes, seguida do lançamento dos livros Unimontes, História e Memória: 60 anos formando professores no Norte de Minas e Cartas para as fundadoras da Fafil, ambos organizados pela professora Geisa Magela Veloso; Mundos digitais na sala de aula: explorando tablets no ensino fundamental, das professoras Fábia Magali Santos Vieira e Bianca Souza Duarte; e Ser-tão crítico na Psicologia Social: produzindo vozes em tempos de necropolítica, organizado por Jaciany Soares Serafim, César Rota Júnior, Aline A. Rebelo, Leila Lúcia Gusmão Abreu e Nilson de Jesus Oliveira Leite Júnior. No dia 25, as atividades começarão com a apresentação musical da Oficina de Música e Tecnologia do Curso de Extensão em Música (CEM) da Unimontes. Em seguida, haverá divulgação de revistas científicas da Unimontes e o lançamento dos livros Autocomposição em perspectiva – do conceito à eficiente concretização, organizado por Rafael Soares D. de Moura, Vitória Dreide Xavier Araújo Silva, Teddy Marques Farias Júnior, Marajane de Alencar Loyola, Talita Soares Moran e Richardson Xavier Brant; Caminhos do Desenvolvimento – vol. 1 Desenvolvimento Social, organizado por Felipe Fróes Couto, Juneo Matheus da Silva Cruz, Teddy Marques Farias Júnior e Vitória Dreide Xavier Araújo Silva; e Trabalho e formação humana: abordagens ontológicas e provocações contemporâneas, organizado por Leandro Luciano Silva Ravnjak. No dia 26, a programação começará com a apresentação do Coral VoxMontes, vinculado à Unimontes, e prosseguirá com a divulgação de revistas científicas da Unimontes e o lançamento dos livros Português escrito para surdos: princípios e reflexões para o ensino, organizado por Suely Fernandes, Maria Cristina da Cunha Pereira e Maria Clara Maciel de Araújo Ribeiro; Ebook Fotográfico: (Res)significando o parto para além da medicalização, organizado por Clara de Cássia Versiani; e Conhecendo métodos não farmacológicos para alívio da dor do parto, também organizado por Clara de Cássia Versiani. No dia 27, está previsto o lançamento do livro Escutas do indizível – a urgência subjetiva dos universitários, organizado por Marcelo Veras, Luiz Felipe Monteiro e Rogério Paes Henrique. No campus de Januária, as atividades acontecerão no dia 27 de setembro, a partir das 20h30min, com o lançamento dos livros Lazer, mercado do entretenimento e circuitos futebolísticos nos sertões de Minas Gerais, 1888-1925, de Daniel Venancio Oliveira Amaral; Novos cantos populares do rio São Francisco, organizado por Pedro Henrique Almeida Santos, Ramiro Esdras Carneiro Batista e Ros’elles Magalhães Felicio; Mulheres da minha vida, de Valéria Matos Escobar; Estações, de Suerdes Rodrigues Viana; e Pausas, também de Suerdes Rodrigues Viana.

Educação de SP, MG e RJ atrapalham desempenho nacional

Segundo especialista em Educação, estes estados sob governos bolsonaristas, vão na contramão de políticas educacionais recomendadas, especialmente após as perdas da pandemia. Os resultados preocupantes do Sistema de Avaliação de Educação Básica (Saeb) 2023, divulgados recentemente, trouxeram à tona um cenário alarmante para a educação no Sudeste brasileiro. Estados governados por forças políticas alinhadas à extrema direita bolsonarista, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, registraram quedas significativas nas notas de Português e Matemática. Essa performance ruim não apenas impactou negativamente o desempenho nacional, mas também revelou falhas estruturais nas políticas de recuperação de aprendizagem implementadas nessas regiões. De acordo com Madalena Guasco, diretora da Faculdade de Educação da PUC-SP e secretária geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), as estratégias adotadas nesses estados foram insuficientes e mal direcionadas. “Um programa de recuperação de aprendizagem necessita de acompanhamento e apoio aos estudantes e famílias, professores motivados e valorizados, ensino com significado e participação”, ressalta ela ao Portal Vermelho. No entanto, ela destaca que o que foi colocado em prática foi exatamente o contrário. Nos estados do Sudeste, o uso de plataformas de ensino padronizado, que desconsideram as particularidades e necessidades dos estudantes, tornou-se a norma. Esse modelo, segundo Madalena, é impessoal e pouco participativo, não contribuindo para uma educação significativa. Além disso, houve uma precarização do trabalho docente, com um aumento exponencial na contratação de professores temporários, que enfrentam condições de trabalho instáveis e pouco motivadoras. “Essas políticas resultaram em um ataque à gestão educacional, com cobranças e ameaças constantes, o que desestabiliza ainda mais o ambiente escolar”, afirma. A situação se agrava quando se considera a destinação de recursos públicos para fundações de caráter privado, sob a justificativa de melhoria da educação. Para a especialista em Educação, essa alocação de recursos desvia o foco do que realmente é necessário para a recuperação do aprendizado: o investimento em uma educação pública de qualidade, com professores valorizados e políticas educacionais que atendam às necessidades reais dos estudantes. Sucateamento escolar: agenda privatista do bolsonarismo Francisca da Rocha Seixas, secretária de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp, teceu duras críticas às gestões estaduais, culpando-as pelas falhas nas políticas de recuperação de aprendizagem. Em seu comentário, ela ressaltou que, apesar do Brasil ser um país diverso, as soluções propostas para a educação não refletem essa diversidade. “Os estados com mais recursos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, são os que apresentam maior deficiência justamente porque seus governantes vêm cortando verbas da educação pública”, afirmou ao Portal Vermelho. Francisca denuncia um processo contínuo de desmonte da educação pública, promovido por administrações que ela classifica como alinhadas ao ideário de extrema direita bolsonarista. Para a secretária, esses governos implementam uma visão empresarial da educação, delegando responsabilidades constitucionais a organizações sociais e priorizando interesses de elites econômicas. “Eles mantêm seus projetos privatistas intactos, favorecendo os barões da educação em detrimento da maioria da população”, reforça. Outro ponto destacado pela secretária é o descaso com a educação pública, especialmente nas periferias. Ela menciona que os governos estaduais têm promovido uma política de baixos salários para professores, sucateando escolas e mantendo gestões autoritárias. “São escolas nas quais não há condições adequadas de trabalho e nem estrutura mínima para os alunos”, denuncia. Segundo a sindicalista, essa postura compromete o futuro de crianças e adolescentes que dependem do ensino público de qualidade. Ela também chama atenção para a importância de um investimento robusto na educação pública, destacando que um país não pode se desenvolver com soberania e justiça social sem isso. “Esses governadores possuem uma visão retrógrada, acreditam que a educação é um privilégio para poucos, o que vai na contramão do desenvolvimento de qualquer nação.” Para a educadora, a solução passa por um maior investimento em infraestrutura escolar, valorização dos profissionais da educação e democratização das gestões escolares. Ela defende escolas que ofereçam ensino integral de qualidade, com alimentação adequada, bibliotecas bem equipadas, laboratórios de ciências, aulas de arte e esportes, além das disciplinas obrigatórias. Além disso, ela pontua a necessidade de reduzir o número de alunos por sala, permitindo um acompanhamento individualizado dos estudantes, especialmente aqueles com maior dificuldade de aprendizagem. Para alcançar essas metas, ela salienta a importância de uma gestão democrática, em que toda a comunidade escolar – professores, alunos e familiares – participe ativamente das decisões e dos projetos pedagógicos. A dirigente da Apeoesp encerra seu comentário com um alerta: “Sem esses investimentos e mudanças, o futuro da educação pública brasileira estará em risco. Precisamos de governos comprometidos com o desenvolvimento humano, e não com agendas privatistas que excluem a maioria dos cidadãos”. Fora do ritmo nacional O instituto Todos Pela Educação, ao analisar os resultados do Saeb, observou que a estagnação das notas no Sudeste não foi homogênea. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que são populosos e, portanto, influenciam mais a média nacional, ficaram para trás em termos de política educacional entre 2019 e 2023. Apesar de serem mais ricos e com possibilidade de ter melhor infraestrutura, “mas as políticas nesses estados não acompanharam o ritmo do resto do país”, comenta Gabriel Corrêa, diretor de políticas públicas do instituto. Enquanto outras regiões, como o Nordeste, conseguiram mitigar as perdas de aprendizagem causadas pela pandemia, os estados do Sudeste apresentaram as piores quedas nas três etapas avaliadas pelo Saeb. Essa diferença é atribuída à falta de programas robustos de recomposição de aprendizagem, que desconsideraram as grandes defasagens dos estudantes, acreditando que apenas a implementação de novas políticas seria suficiente para superar os desafios. “Muitas secretarias de educação, inclusive de São Paulo e do Rio, criaram programas insuficientes de recomposição de aprendizagem. Acharam que bastava apenas passar uma borracha no que aconteceu na pandemia e implementar novas políticas, sem levar em conta que os estudantes estavam em grande defasagens”, analisa Corrêa. “Com isso, esses governos estaduais falharam, ao contrário do que acontece com êxito em outros lugares de destaque ao longo dos anos, como o Ceará”. Em contraste, estados como o Pará,

USP diplomará 15 estudantes da FFLCH mortos pela ditadura militar

Helenira Resende e Suely Kanayama estão entre os homenageados. Cerimônia acontece nesta segunda, 26, às 15h, e será transmitida on-line No ano em que o Brasil completa 60 anos do golpe militar, a Universidade de São Paulo (USP) realizará uma cerimônia de diplomação para homenagear 15 estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) que foram perseguidos e assassinados durante o regime. O evento acontece nesta segunda-feira (26), às 15h, no Auditório Nicolau Sevcenko, será transmitido online e faz parte do projeto “Diplomação da Resistência”, que busca resgatar a memória desses alunos e reparar as injustiças do passado. Entre os homenageados estão Helenira Resende e Suely Kanayama, guerrilheiras do Araguaia que dedicaram suas vidas à luta pela democracia. A resistência no Araguaia, da qual participaram, foi um marco na contestação ao regime militar, desmistificando a ideia de que o governo era intocável e inspirando a luta contra a ditadura. Antes da cerimônia, às 13h, ocorrerá uma plenária organizada pela União da Juventude Socialista (UJS), em homenagem às duas estudantes guerrilheiras. O evento será um marco de memória e justiça, refletindo o lema “Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça!”. Paulo Martins, diretor da FFLCH, destacou a importância simbólica do evento. “Essa homenagem significa que a USP não se oculta diante das injustiças e reafirma seu compromisso com os direitos humanos. Me sinto imensamente feliz por ser o diretor que entregará simbolicamente a graduação aos familiares desses alunos que desapareceram no vento nefasto da ditadura”, afirmou. A ação, que integra a diplomação de 31 estudantes da USP ao todo, é fruto de uma parceria entre a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP), Pró-Reitoria de Graduação (PRG), o gabinete da vereadora e ex-aluna da USP Luna Zarattini (PT) e o coletivo de estudantes Vermelhecer. Em dezembro de 2022, outros dois estudantes, Alexandre Vannucchi Leme e Ronaldo Queiroz, do Instituto de Geociências (IGc), já haviam sido homenageados. Saiba quem são os 15 alunos que serão diplomados: Antonio Benetazzo, Filosofia Carlos Eduardo Pires Fleury, Filosofia Catarina Helena Abi-Eçab, Filosofia Fernando Borges de Paula Ferreira, Ciências Sociais Francisco José de Oliveira, Ciências Sociais Helenira Resende de Souza Nazareth, Letras Ísis Dias de Oliveira, Ciências Sociais Jane Vanini, Ciências Sociais João Antônio Santos Abi-Eçab, Filosofia Luiz Eduardo da Rocha Merlino, História Maria Regina Marcondes Pinto, Ciências Sociais Ruy Carlos Vieira Berbert, Letras Sérgio Roberto Corrêa, Ciências Sociais Suely Yumiko Kanayama, Letras Tito de Alencar Lima, Ciências Sociais Diplomação da Resistência Data: 26 de agosto, segunda-feira, às 15 horas Local: Auditório Nicolau Sevcenko, localizado no Edifício Eurípedes Simões de Paula (Geografia e História) da FFLCH/USP Para acompanhar a cerimônia, acesse: https://www.youtube.com/@uspfflch

Unimontes oferece cursos técnicos gratuitos em cinco cidades de MG

Estão abertas as inscrições para os cursos técnicos gratuitos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), através da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A instituição oferece vagas em cinco cidades de Minas Gerais: Bocaiúva, Montes Claros, Janaúba, Espinosa e Joaíma. De acordo com informações da Unimontes, os interessados podem se inscrever pela internet, até o dia 13 de agosto. O candidato precisará preencher um formulário e enviar documentos pelo site. Após a etapa de inscrição, será feita uma seleção e o resultado final sai no dia 23 de agosto. Após a seleção também serão divulgadas as informações do cronograma de matrículas. Para participar é necessário que o candidato esteja matriculado no 2º ou 3º ano do ensino médio e ter idade a partir de 15 anos. Os estudantes receberão uma ajuda de custo diária, de R$ 10 por dia de aula assistidas. Confira cursos por cidade: Bocaiúva Em Bocaiúva está disponível o curso técnico em desenvolvimento de sistemas, com dois anos de duração, que será ministrado no período noturno, no campus da Unimontes. Ao todo, são 30 vagas disponíveis. Janaúba Em Janaúba, está disponível o curso técnico em planejamento e controle da produção, que terá duração de um ano e quatro meses, será ministrado no período noturno no campus da Unimontes. 30 vagas serão ofertadas. Joaíma Na cidade de Joaíma está sendo ofertado o curso técnico em administração, com duração de um ano e quatro meses, que será ministrado no turno noturno, no campus da Unimontes. Para este curso, serão 30 vagas disponíveis. Espinosa Em Espinosa será oferecido o curso técnico em planejamento e controle da produção, com um ano e quatro meses de duração, sendo ministrado no período noturno, no campus da Unimontes. Ao todo, serão 30 vagas disponíveis. Montes Claros Estão sendo ofertados quatro cursos técnicos gratuitos em Montes Claros; confira: Desenvolvimento de sistemas: duração de dois anos Redes de computadores: duração de um anos e oito meses Saúde Bucal: duração de dois anos Sistemas de energia renovável: duração de dois anos Todos os cursos disponíveis são ministrados no período noturno e serão oferecidos na Rua Coronel Celestino, 65, Centro, em Montes Claros. Estão sendo disponibilizadas 30 vagas para cada, sendo 120 vagas no total.

Unimontes divulga resultado do vestibular para candidatos com 60 anos ou mais

Aprovados em primeira chamada deverão fazer matrículas de 24 a 26 de julho A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) divulgou o resultado do processo seletivo para o preenchimento de vagas remanescentes em seus cursos de graduação destinadas a candidatos com 60 anos ou mais. Foram aprovados 55 candidatos para o preenchimento de vagas em 28 cursos ministrados no campus-sede e em outros campi da instituição. Os trabalhos são conduzidos pela Coordenação Técnica de Processos Seletivos (Coteps) da Unimontes. A lista dos aprovados pode ser conferida no site www.coteps.unimontes.br. Também foram divulgados os resultados preliminares dos editais para o preenchimento de vagas de transferência interna, transferência externa e obtenção de novo título. Os classificados em primeira chamada deverão ficar atentos ao período de matrículas, que vai de 24 a 26 de julho. As matrículas devem ser feitas por meio do site www.coteps.unimontes.br (área do candidato). Os convocados em segunda chamada deverão fazer as matrículas nos dias 30 e 31 de julho. As aulas serão iniciadas no segundo semestre de 2024. Os candidatos 60+ foram submetidos às provas de redação, realizadas no dia 16 de junho, no campus-sede de Montes Claros e nos campi de Brasília de Minas, Janaúba, Januária, Pirapora e São Francisco. Participaram do processo seletivo 228 candidatos. Das pessoas aprovadas no vestibular da Unimontes para as vagas para os 60+, a futura acadêmica da universidade com maior idade é a escritora Maria da Glória Calixto Mameluque, dona Glorinha, de 86 anos. Ela foi aprovada para o curso de Medicina. Também foi aprovada para Medicina a candidata Maria Cleonice de Oliveira Nobre, de 70 anos. Aprovados no vestibular para as vagas para 60+ na Unimontes: Administração noturno (3 candidatos), Ciências Biológicas diurno (2), Ciências Contábeis (4), Ciências Contábeis noturno (4), Ciências da Religião (1), Ciências Econômicas diurno (1), Ciências Econômicas noturno (1), Direito noturno (2), Direito (1), Educação Física licenciatura diurno (1), Educação Física noturno (1), Enfermagem (1), Engenharia Civil (1), Filosofia (1), Geografia (1), História noturno (1), História matutino (3), História/Janaúba (1), Letras Espanhol vespertino (1), Letras Inglês noturno (2), Letras Português noturno (4), Medicina (2), Pedagogia vespertino (3), Pedagogia/Pirapora (1), Serviço Social matutino (4), Serviço social noturno (2), Teatro (2), Tecnologia em Gestão Pública vespertino (2), Tecnologia em Gestão Pública vespertino (2) e Tecnologia em Gestão Pública noturno (2).

MEC sinaliza revogar portaria para encerrar greve de professores

Estabelecida por Bolsonaro, a Portaria 983 aumentou a carga horária mínima de sala de aula para EBTT. Governo indica compromissos para que a greve seja encerrada Em novo passo do governo para findar a greve de docentes das universidades e institutos federais, o Ministério da Educação firmou o compromisso de revogação da Portaria 983, de novembro de 2020, uma das reivindicações da categoria. Nesse sentido, o MEC entende que, além das propostas já feitas, com essa medida os grevistas podem colocar a decisão em pauta para encerrar o movimento que já soma 72 dias. Estabelecida na gestão bolsonarista, a portaria aumentou, entre outras situações, a carga horária mínima de sala de aula para 14 horas semanais no regime integral dos docentes pertencentes à Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), o que prejudicou, principalmente, o tempo para pesquisa e extensão que são fundamentais para os professores. Esta é uma reivindicação dos grevistas. Porém, até o momento, o principal pedido, por uma sinalização de aumento já neste ano, não foi atendido. A proposta do governo quanto às correções salarias até o momento é de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. O órgão destaca que estes valores somados aos de 9% de 2023, representam um aumento em torno de 28,2% para os professores. Portaria De acordo com Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, “os representantes do MEC expressaram, desde o início da reunião, o reconhecimento do quanto a nossa greve é forte e, por isso, estavam mudando uma série de posicionamentos que firmaram no curso do processo negocial”, disse Seferian, sobre a reunião em que as propostas foram apresentadas, na última sexta (14). Para André Martins, representante da Seção Sindical do ANDES-SN no Instituto Federal de Rio Grande do Sul, o avanço foi importante: “De fato, uma proposta importante que apresentou foi a revogação da portaria 983, que atinge de forma direta o fazer docente da carreira EBTT. Hoje tivemos essa conquista. O MEC se comprometeu a, logo após uma assinatura do acordo, revogar imediatamente essa portaria e criar um grupo de trabalho para uma nova regulamentação, com prazo de sessenta dias para implementação”, afirmou. Outras medidas Além da revogação da Portaria nº 983/2020, o MEC ainda se propôs a criar um Grupo de Trabalho para a elaboração de uma nova regulamentação (com prazo de 60 dias após assinatura do acordo), como também firmou o compromisso pela “recomposição do conselho permanente que estabelece as diretrizes e os procedimentos para a concessão do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) a docentes”. A quarta proposta do ministério, com a finalidade de encerrar a greve que começou em 15 de abril, prevê a “alteração legislativa para a criação do TAE substituto, que prevê a contratação temporária de um profissional em caso de afastamento ou licença do servidor”. *Com informações ANDES-SN e MEC

Inscrições no Enem 2024 são prorrogadas até sexta-feira, 14 de junho

Os candidatos do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil têm mais uma semana para efetivar a inscrição. Prazo para pagamento da taxa pelos não isentos passou para 19 de junho As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram prorrogadas até a próxima sexta-feira, 14 de junho. O prazo estendido, antes destinado somente para os candidatos do Rio Grande do Sul por conta das enchentes no estado, vale para todo o Brasil. Na programação anterior o término estava marcado para sexta (7). Outras datas do cronograma também foram ajustadas, coloca o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que aplica a prova. Com isso, “as solicitações de atendimento especializado e tratamento por nome social também vão até 14 de junho”. Já o pagamento da inscrição, para os não isentos, no valor de R$ 85 passa para 19 de junho. As datas das provas permanecem iguais, previstas para acontecerem em dois domingos, 3 e 10 de novembro, nas 27 unidades da Federação. Em nota, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a prorrogação visa ampliar a oportunidade para que os jovens se inscrevam: “Com essa decisão, nós queremos ampliar ainda mais as oportunidades para que os jovens façam o Enem, que é a porta de entrada para a graduação. Estudantes do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil agora têm mais uma semana para se inscrever, pela Página do Participante. Quem está concluindo o ensino médio em escola pública não paga taxa de inscrição”. De acordo com o Inep, estados como Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe já estão com praticamente 100% dos concluintes da rede pública de ensino médio inscritos no Enem. Inclusive os estudantes da rede pública do Rio Grande do Sul, que enfrentam dificuldades pela tragédia climática, já são mais de 70% dos inscritos. Enem A seleção feita pelo Enem permite a oferta, pelo Ministério da Educação (MEC), de vagas em universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), além de permitir bolsas de estudos pelo Prouni (Programa Universidade para Todos) em instituições privadas, como também servem como parâmetro para acesso a auxílios governamentais, entre eles o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Acesse a Página do Participante para realizar a inscrição.

DESVALORIZAÇÃO – ALMG aprova reajuste de 4,62% para o funcionalismo

Base do governo se articulou para rejeitar os 10,67% proposto pela oposição A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou em definitivo o Projeto de Lei (PL) 2.309/24, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), que reajusta em 4,62% o salário dos servidores civis e militares do estado. Todas as emendas, criadas pela oposição para amenizar os efeitos do baixo reajuste, foram rejeitadas. Entre elas, havia a proposta, por exemplo, de que o pagamento retroativo ao dia 1º de janeiro fosse pago em uma única parcela, seis dias úteis depois da aprovação do PL. Outra emenda previa o reajuste da inflação do ano de 2022 a partir de 2025, mas foi derrubada. A proposta inicial de Zema era ainda mais baixa. A primeira versão do texto previa um aumento de apenas 3,64% no vencimento básico dos trabalhadores. Após pressão popular, foi acrescido um ponto percentual, valor bem abaixo do que foi proposto pela oposição, de 10,67%, que corrigiria os salários em relação à inflação de 2022 e 2023. Em declarações à imprensa, o governador argumentou que o estado está com recursos limitados. Porém, em maio do ano passado, Romeu Zema aumentou o próprio salário e o de seu secretariado, com o aval da ALMG, em quase 300%. Educação em estado de greve “É diante deste cenário que o governador não se envergonha de propor um reajuste de insignificantes 4,62% e pagar apenas a metade dos salários aos trabalhadores e trabalhadoras da educação”, destacou, em nota, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE/MG), que representa uma das maiores categorias no estado. Segundo a entidade, o valor básico praticado pelo governo de Minas para professores em início de carreira é de R$ 2.652,29, o que representa uma diferença de 57,90% em relação ao que foi proposto por Zema. Com isso, há R$ 1.928,28 de defasagem salarial ou quase o dobro do valor que deveria ser efetivamente pago, de acordo com o Piso Salarial Nacional, de R$ 4.580,57, neste ano. “Esse governo quer nos derrotar colocando na gente o sentimento de desesperança”, reforçou durante o plenário a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG. “O que a gente precisa dizer hoje é que só a luta e só a unidade do movimento sindical mineiro vai fazer com que a gente sobreviva até 2026”, completou, em referência às diversas mobilizações do funcionalismo no estado. Segurança Pública ameaçada Os servidores da segurança pública chamam a proposta de Zema de “migalha”, já que a categoria conta com um déficit de 41,6% em perdas inflacionárias, segundo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado (Sindpol/MG). “O governador Romeu Zema nunca se sentou para dialogar com a categoria e quer tratar isso aqui como se fosse uma empresa privada, como se fosse as lojas dele, e não pode ser pensado desse jeito”, apontou Wemerson Oliveira, presidente do sindicato. Para ele, outros inúmeros desafios da segurança pública no estado reforçam a ineficiência do valor proposto pelo governo, já que a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por exemplo, sofre com a falta de funcionários efetivos e falta de estrutura. “Os policiais têm que tirar dinheiro do próprio bolso para arrumar viaturas que estragam, para consertar computadores, impressoras, comprar toner para impressão documentos, inclusive boletim de ocorrência. Chegou ao absurdo de a gente ter que comprar água para beber na delegacia”, lamenta o sindicalista. Segundo Wemerson, quem perde com as decisões de Zema é a população. “E aí fica uma pergunta para a população no geral: a quem interessa que a Polícia Civil não tenha estrutura e não tenha condições para investigar? Por que o governador Romeu Zema não investe na Polícia Civil? Será que ele tem algum problema, alguma questão contra a polícia que investiga?”, questionou. (Brasil de Fato – MG)