Tempo de escolas fechadas pode comprometer geração no Brasil, aponta estudo feito em 23 nações

Em algumas cidades, como Belo Horizonte, apenas crianças até 6 anos retomaram as aulas presenciais neste ano (Igor Santos/Secom) Países que ficaram menos dias que o Brasil com escolas fechadas não tiveram grande perda de aprendizagem ou sequer tiveram. É o que mostra um estudo sobre avaliações internacionais feito pela consultoria Vozes da Educação, a pedido da Fundação Lemann. A maioria das 23 nações analisadas manteve testes nacionais em 2021 para verificar o que aprenderam seus alunos durante a crise sanitária causada pela Covid-19. O Brasil é o segundo país com mais tempo de escolas fechadas, segundo a Unesco, passando dos 260 dias. Estudos iniciais já têm mostrado um déficit gigantesco no desenvolvimento, com resultados que comprometem uma geração. Além disso, o Ministério da Educação (MEC) ainda não confirmou que será realizado o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) este ano, exame que justamente mostra como está a aprendizagem dos estudantes do ensino fundamental e médio. Apesar de oficialmente o governo dizer que a prova será no segundo semestre, ainda não há gráfica contratada e nem coordenador para o Saeb, segundo apurou a reportagem. O Saeb é feito desde os anos 90, com provas de Português e Matemática, e os dados compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “O movimento majoritário no mundo é retomar avaliações, que até poderiam ter sido suspensas em 2020, para saber onde os alunos estão, o impacto do fechamento das escolas e para ajudar o professor sobre o que ele tem de fazer daqui para frente”, diz o diretor de políticas educacionais da Fundação Lemann, Daniel de Bonis. Mas, segundo ele, só com a volta às aulas presenciais em massa será possível entender melhor o quadro. Segundo o estudo, a maioria dos países avaliaram seus alunos em 2020 ou 2021 e o fizeram já com as escolas totalmente ou parcialmente abertas. É o caso de França, Noruega, Rússia, Estônia, Colômbia e Uruguai. Na Colômbia, a média dos alunos foi apenas um ponto menor que a de 2019. Os resultados na Estônia e na Noruega mostram que não houve mudança na aprendizagem durante a pandemia. Os países ficaram 102 e 34 dias com escolas fechadas respectivamente. Já na Polônia, que fechou por 171 dias, a performance dos alunos chegou a melhorar em 1% em Matemática em comparação com 2019, mas caiu cerca de 5% em Língua Polonesa e Inglês. Os países têm testes com vários perfis: há os que avaliam as redes, os que examinam os estudantes individualmente e também aqueles que são usados para certificação ou para evolução em uma etapa de ensino. Na maioria, as provas são obrigatórias. Mas na Alemanha, por exemplo, a avaliação se tornou voluntária no período de pandemia. Também na Estônia, os exames finais do secundário deixaram de ser obrigatórios para a aprovação em 2020 e em 2021. Os franceses realizaram testes em setembro de 2020 e o desempenho dos alunos em Francês foi melhor do que em 2019. Em Matemática, houve resultados estáveis, mas com queda na performance dos alunos de cursos técnicos. A França ficou 48 dias com escolas fechadas durante a pandemia. Na Austrália, as avaliações mostraram que alunos do 5º ano e do 9º ano ficaram atrasados cerca de 3 meses em Leitura e Matemática. O Instituto Unibanco e o Insper divulgaram estudo mostrando que os estudantes do ensino médio do Brasil aprenderam só 25% do que deveriam no ano passado. E no fim de 2021 podem retroceder ao que sabiam no fim do fundamental. Seguindo uma lei instituída em 2020, os Estados Unidos estão coletando dados das escolas mês a mês desde março. Os resultados estão online, abertos ao público, e mostram se as unidades estão trabalhando online ou presencial, a frequência e até a vacinação dos professores. Os dados mais atuais da ferramenta indicavam que, em abril, 60% das escolas públicas americanas estavam abertas para todos os alunos, o dia todo. O Brasil não tem controle nacional da situação. Atualmente, a maioria das redes de ensino no país ainda não voltou presencialmente. Há resistência dos professores, que exigem a vacinação, e das famílias. Nesta semana, São Paulo anunciou a imunização de professores de todas as idades. Para Carolina Campos, da Vozes da Educação, “nossos desafios são imensos, com escolas fechadas por tanto tempo”. “E ainda nem as abrimos para saber o tamanho do fosso.” Alguns países latinos, mesmo sem ainda identificar se houve perda ou não de aprendizagem, fizeram adaptações em suas avaliações. No Chile, além de Leitura e Matemática, houve exames socioemocionais dos alunos. O Uruguai deu atenção especial aos estudantes mais vulneráveis porque já identificou crescimento na desigualdade. Agência Estado

Dignidade íntima: Programa destinará verba para compra de absorventes em escolas

Estudo indicou ainda que 4 milhões sofrem com pelo menos uma privação de higiene nos colégios, o que inclui falta de acesso a absorventes e instalações básicas nas escolas, como banheiros e sabonetes (Natracare / Unsplash)  Além da destinação de recursos para a compra de absorventes pelas escolas, o programa também prevê a formação dos profissionais para que saibam abordar o tema com adolescentes O governo de São Paulo anunciou na segunda-feira (14) a destinação de R$ 30 milhões para a compra de produtos de higiene menstrual pelas escolas estaduais. O recurso será alocado por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Pesquisas já mostraram que a pobreza menstrual, ou seja, a escassez de recursos para cuidados íntimos durante a menstruação, afasta as meninas dos estudos. O programa lançado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foi batizado de Dignidade Íntima. Também participaram do evento de lançamento o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, e a deputada federal Tabata Amaral, autora de um projeto na Câmara dos Deputados para a entrega de absorventes nas escolas. Além da destinação de recursos para a compra de absorventes pelas escolas, o programa também prevê a formação dos profissionais para que saibam abordar o tema com as adolescentes. “Esse é um grande tabu que temos no país. Fomos ensinadas desde cedo que a menstruação é suja, temos de ter vergonha e esconder os absorventes”, disse Tabata. Segundo Rossieli, o número de meninas que deixam de ir às aulas durante o período menstrual é maior entre as adolescentes em situação de vulnerabilidade. A estimativa do governo paulista é de que o programa atenda 1,3 milhão de meninas entre 10 e 18 anos. Desse total, mais de 500 mil possuem cadastro no CadÚnico e são consideradas vulneráveis, enquanto que 330 mil estão em situação de extrema pobreza. “Imaginem o quanto as meninas se prejudicam porque não conseguem nem sequer pedir ajuda e não tem a quem recorrer. O assunto precisa ser tratado com discrição e carinho”, disse o secretário. Uma pesquisa brasileira divulgada no mês passado indicou que uma em cada quatro alunas já faltou às aulas por não ter condições de manter a higiene durante a menstruação. Estudo lançado no mês passado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostrou que 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou a chuveiro em casa. O estudo indicou ainda que 4 milhões sofrem com pelo menos uma privação de higiene nos colégios, o que inclui falta de acesso a absorventes e instalações básicas nas escolas, como banheiros e sabonetes. Dessas, quase 200 mil alunas estão totalmente privadas de condições mínimas para lidar com a menstruação na escola. Nos últimos meses, tem crescido no Brasil a pressão de movimentos de mulheres contra a pobreza menstrual. No mês passado, o governo do Maranhão já havia anunciado a distribuição de absorventes a estudantes da rede pública estadual. E o Distrito Federal publicou uma lei em janeiro deste ano que prevê a entrega de absorventes a mulheres e adolescentes de baixa renda nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e escolas da rede pública. Vacinação Durante o lançamento do programa Dignidade Íntima, o governador João Doria também comentou sobre o avanço da vacinação no estado de São Paulo. No domingo, o governo paulista anunciou a antecipação da vacinação e a previsão de concluir a imunização de toda a população paulista até o dia 15 de setembro. Doria afirmou que previsão é de iniciar os testes clínicos da vacina ButanVac, desenvolvida pelo antes do fim deste mês, começando pelo município de Ribeirão Preto. A realização dos estudos da fase clínica da Butanvac foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada. Segundo Doria, os resultados dos testes clínicos devem sair em 120 dias. E já há 7 milhões de vacinas da Butanvac produzidas. O imunizante deverá ser usado em um novo ciclo de vacinação da população no ano que vem. Outros imunizantes desenvolvidos por universidades brasileiras também se mostraram promissores e devem avançar à fase clínica (quando a vacina é aplicada em seres humanos), mas esbarram em dificuldades orçamentárias. Segundo Doria, há previsão de exportar a Butanavc e seis países da América Latina já manifestaram interesse no imunizante brasileiro. Agência Estado/Dom Total

Universidades federais pedem ajuda a estados para manter pesquisas por vacinas

UFRJ, que tem verbas para funcionar até agosto, negocia com deputados estaduais e há expectativa de conseguir R$ 5 milhões com a Alerj ABANDONADAS POR BOLSONARO – Com orçamentos para a pesquisa de vacinas contra a covid-19 cada vez mais reduzidos, instituições pedem socorro às assembleias legislativas locais O governo de Jair Bolsonaro abandonou as universidades federais que, em busca do desenvolvimento de vacinas brasileiras contra a covid-19, estão pedindo ajuda aos poderes públicos locais para arrecadar recursos que mantenham minimamente as pesquisas. O orçamento aprovado, de R$ 4,5 bilhões para 2021, é 18% menor que o já apertado montante de 2020, quando R$ 5,5 bilhões foram destinados ao ensino superior. De acordo com reportagem publicado no jornal O Estado de S.Paulo, o objetivo da busca por outras fontes de recursos é evitar que as pesquisas sejam paralisadas. O total já obtido pelas universidades garante apenas parte dos testes e a necessidade aumentará se os estudos avançarem para a última fase sobre a vacina. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) são algumas das instituições desenvolvendo um imunizante brasileiro para a covid. Ao portal UOl, o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira, também reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), explica que as vacinas podem representar independência em relação à indústria farmacêutica estrangeira, a partir do ano que vem. “As universidades federais de Minas, do Rio e do Paraná estão entrando agora em fase clínica de testes. Se tivesse um financiamento justo, com valor significativo, com certeza elas já estariam adiantadas e não estaríamos dependentes de outros países. Nós temos expertise, o problema é que os orçamentos de ciência e tecnologia também estão extremamente decrescentes ao longo dos anos”, afirmou Madureira. Pesquisa sobre vacinas Na corrida das universidades federais pelas vacinas nacionais, a UFMG conseguiu R$ 30 milhões junto à prefeitura de Belo Horizonte e vai destinar os recursos para pagar as fases 1 e 2 dos estudos clínicos. Entretanto, para a fase 3, em que mais de 30 mil voluntários são convocados, serão necessários recursos na casa dos R$ 300 milhões. Já a Universidade Federal do Paraná, com a falta de verbas, levou o reitor Ricardo Marcelo Fonseca a acionar contatos locais para alavancar o desenvolvimento de sua vacina. “Estou correndo atrás do jeito que posso. Falei com vereadores, que agora querem falar com o município para passar dinheiro para nós”, disse ao Estadão. O Tribunal de Contas do Paraná estuda entrar no projeto, aplicando verba própria. Por sua vez, a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, afirma que negocia com deputados estaduais e que sua expectativa é de conseguir R$ 5 milhões junto à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies) estuda ainda ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela liberação de R$ 5 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Cortes no orçamento A Lei Orçamentária Anual (LOA) elaborada pelo governo Bolsonaro não só cortou R$ 1 bilhão das federais, mas também criou uma condicionante para as universidades acessarem outra parte da verba. Edward relata que o governo federal colocou ainda um contingenciamento de 13,8% do total dos recursos. “Uma parte é o orçamento não condicionado, que representa 40% do total, e que estamos recebendo. Porém, os outros 60% são condicionados a um Projeto de lei do Congresso Nacional (PLN), que tem de ser aprovado.” Em abril deste ano, o Ministério da Ciência e Tecnologia pediu em um ofício ao Ministério da Economia a edição de uma medida provisória para a abertura de créditos extraordinários no valor de R$ 720 milhões para as universidades federais seguirem os estudos por vacinas nacionais. No documento, a pasta explica que os valores seriam destinados a quatro projetos brasileiros nas fases 1 e 2 dos estudos clínicos e para duas vacinas que avançarem para a fase 3. O governo federal respondeu só em maio e criou exigências que atrasam ainda mais as pesquisas, segundo o Estadão. O Ministério da Economia condicionou a liberação de R$ 415 milhões a um projeto de lei com cancelamento de recursos do Ministério da Saúde. Outros R$ 305 milhões dependeriam de uma portaria do Secretário Especial de Fazenda. “O governo está firme no propósito de desfazer, de desconstruir. E as palavras não são minhas, mas do presidente da República, ditas em Washington em março de 2019. Ali ele deu a entender que estaria muito feliz em desconstruir e desfazer”, disse o professor da Universidade Federal de Goiás Nelson Cardoso Amaral, em ato virtual em defesa das universidades públicas, na última terça-feira (18), promovido pela reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Queda no orçamento A queda no orçamento nas universidades federais agravou-se desde o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. Em seu último ano de governo, a petista direcionou, em valores atualizados, R$ 10 bilhões às instituições, em 2015. Após o golpe que levou Michel Temer (MDB) ao poder, em 2016, o valor caiu para R$ 9,1 bilhões, em valores corrigidos. Nos anos seguintes, os cortes foram ficando mais profundos. Em 2017, Temer diminuiu o orçamento do setor para R$ 7,5 bilhões, em 2017, e para R$ 6,6 bilhões em 2018. Com a posse de Bolsonaro, a redução continua e chegou aos R$ 4,5 bilhões deste ano. “As universidades vêm sofrendo cortes sucessivos há vários anos. Nenhuma política de austeridade, quando é aplicada por tanto tempo ininterruptamente, consegue evitar danos sociais severos nas políticas de Estado”, afirmou o vice-presidente da Andifes, Marcus David, também ao UOL. O corte do orçamento das universidades federais não só ameaça o desenvolvimento de vacinas contra a covid, mas também as bolsas de auxílio a estudantes de baixa renda, que já estão sendo cortadas. Alguns hospitais universitários correm o risco de paralisar as atividades e a UFRJ anunciou, na última semana, que só possui recursos para funcionar

Sem recurso federal, universidades pedem socorro para bancar pesquisas de vacina

UFMG teve ajuda da prefeitura para manter estudo sobre vacina (Foca Lisboa/ UFMG) Imunizante da UFMG conseguiu R$ 30 milhões com a prefeitura de Belo Horizonte A escassez de recursos do governo federal tem levado universidades que desenvolvem pesquisas de vacinas contra a Covid-19 a buscar verbas com governos locais, parlamentares, comércio e até dinheiro de acordo de indenização. O objetivo é evitar que as pesquisas parem, em um cenário de restrições para a liberação de recursos e queda no orçamento para a ciência. O dinheiro obtido até agora pelas universidades garante só parte dos testes e a necessidade aumentará se estudos avançarem para a última fase. Universidades como a Federal de Minas (UFMG), a do Rio (UFRJ) e a do Paraná (UFPR) são algumas das que estão na corrida pelo desenvolvimento de um imunizante brasileiro. Segundo o Ministério da Saúde, há 16 projetos brasileiros em andamento. As vacinas não devem ficar prontas este ano, mas podem representar independência em relação a imunizantes estrangeiros a partir do ano que vem. Hoje, só aplicamos no Brasil vacinas desenvolvidas no exterior. O risco de que a Covid-19 seja uma doença endêmica, como dengue e gripe, torna a iniciativa ainda mais importante. Em abril, o Ministério da Ciência e Tecnologia pediu em um ofício ao Ministério da Economia a edição de uma medida provisória para a abertura de créditos extraordinários no valor de R$ 720 milhões para as vacinas nacionais. No documento, o MCTI afirma que é preciso alavancar o desenvolvimento de imunizantes nacionais pelo risco de “mudanças imprevisíveis no rumo da pandemia” em função de mutações virais. O documento também cita a possibilidade de ter de vacinar novamente toda a população “em curto período de tempo”. Os R$ 720 milhões, segundo o MCTI, seriam destinados a quatro projetos brasileiros nas fases 1 e 2 dos estudos clínicos e para duas vacinas que avançarem para a fase 3. Os estudos clínicos são aqueles em que a vacina é aplicada em seres humanos. Nas fases 1 e 2, o grupo testado é menor e a estimativa de gasto é de R$ 30 milhões em cada projeto. Já na fase 3 o teste pode envolver até 40 mil voluntários e o custo da pesquisa sobe para R$ 300 milhões. Em resposta no dia 7 de maio, um mês após a solicitação, o Ministério da Economia condicionou a liberação de parte da verba (R$ 415 milhões) a um projeto de lei com cancelamento de recursos do Ministério da Saúde. Outros R$ 305 milhões dependeriam de uma portaria do secretário especial de Fazenda. Há ainda restrições para o uso de R$ 5 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o principal fundo de financiamento da ciência. Na prática, as exigências podem tornar o processo demorado e atrasar as pesquisas este ano segundo entidades ligadas à ciência. Na corrida contra o tempo e atrás de viabilizar a própria vacina a UFMG conseguiu R$ 30 milhões com a prefeitura de Belo Horizonte. O recurso vai pagar as fases 1 e 2 dos estudos clínicos. Mas, para a fase 3, em que mais de 30 mil voluntários são convocados, será necessário mais dinheiro, da ordem de R$ 300 milhões. “O Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI) tem sido um grande parceiro, mas vai poder financiar apenas uma das vacinas, a que chegar primeiro, e nós sabemos que precisaremos de todas”, afirma Sandra Regina Goulart Almeida, reitora da UFMG. Segundo ela, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ofereceu o dinheiro após assistir a uma entrevista em que Sandra manifestava temor pela paralisação da pesquisa. Na UFPR, a falta de verbas mobilizou o reitor a acionar contatos locais para alavancar a pesquisa da vacina. “Estou correndo atrás do jeito que posso. Falei com vereadores, que agora querem falar com o município para passar dinheiro para nós”, diz o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca. Até o Tribunal de Contas do Estado avalia entrar no projeto, aplicando dinheiro próprio. Na fase pré-clínica, quando a vacina é testada em animais, a universidade fechou um acordo com o governo do Paraná para repasse de R$ 995 mil. A vacina paranaense pode custar de R$ 5 a R$ 10 a dose. Para o imunizante da UFRJ, a reitora Denise Pires de Carvalho negocia com deputados estaduais e há expectativa de conseguir R$ 5 milhões com a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A UFMG também conseguiu verbas de emendas parlamentares e vê a possibilidade de receber mais recursos provenientes de um acordo de indenização da Vale com o Estado de Minas Gerais pelos danos causados após o rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019. ‘Se vira nos 30’ “A reitora está se virando nos 30 para conseguir mais recursos”, diz Fernando Peregrino, presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), sobre a dirigente da UFRJ. O Confies e outras entidades ameaçam ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela liberação dos R$ 5 bilhões do FNDCT. Em audiência na Câmara dos Deputados no dia 4 de maio, o ministro Paulo Guedes afirmou que seriam encaminhados R$ 5 bilhões para o MCTI, mas os recursos não chegaram. Para “vender o peixe” da vacina, até mesmo os pesquisadores participam de reuniões externas. O virologista Flávio Guimarães da Fonseca, que coordena um centro de pesquisas da UFMG, alterna entre o cientista e o negociador na pandemia para conseguir levar adiante os estudos. Ele tem dialogado com parlamentares e até entidades ligadas ao comércio – um papel que não desempenhava antes da Covid-19. “É um interlocutor diferente, não técnico. Falar na mesma linguagem que ele não é simples. O cientista adorava falar em congresso.” Embora veja essa interlocução como um ganho para os cientistas na pandemia, o risco é de que outras pesquisas com menos apelo político, mas também importantes, acabem ficando à míngua. Estudos sobre doenças como zika e chikungunya estão praticamente paralisados. “Por que a vacina brasileira está saindo agora, um ano

Como surgiu o espantalho da ideologia de gênero

 Introduzido na política em 2013, o termo foi criado por forças católicas e evangélicas associadas a movimentos políticos de ataque feroz contra gênero, sexualidade e raça nos debates do Plano Nacional de Educação – Uma das principais bandeiras do governo Bolsonaro, “o combate à ideologia de gênero” foi rapidamente introduzido nos discursos políticos desde as eleições de 2018, mas essas discussões começaram bem antes, em 2011, com as fantasiosas histórias dos “kit gay”, e tomaram corpo, em 2013, com o crescimento das forças cristãs neoconservadoras associadas ao movimento Escola Sem Partido, que no caminho encontro o Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024), um verdadeiro espantalho da “ideologia de gênero como afirma Sônia Corrêa, ativista feminista e pesquisadora, em artigo na revista Cult. Leia alguns trechos do artigo: Em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucionais leis estaduais e municipais, aprovadas desde 2014, que proíbem gênero na educação, mas isso não deteve a proliferação de projetos de leis antigênero, seja no campo educacional, seja em outros domínios, como o reconhecimento da identidade de gênero na infância, a participação de atletas trans em competições esportivas e o uso da linguagem neutra de gênero. Desde o ano passado, as forças engajadas nessas cruzadas negaram a gravidade da Covid-19, recusaram medidas de isolamento e prevenção e atacaram as vacinas, contribuindo, portanto, para o fracasso da resposta à pandemia, do qual decorre a hecatombe em que o país está mergulhado no começo de 2021. Essas ofensivas não começaram em 2018, nem são exclusivamente brasileiras. Para dimensioná-las ou interpretá-las corretamente – tratar de sua invenção, maturação e propagação, das forças nelas envolvidas, de seu caráter transnacional e de seus múltiplos efeitos –, precisamos examinar de perto. Não é possível fazer isso em poucas páginas. Neste breve texto, o que ofereço são notas mínimas sobre os ciclones que têm reconfigurado o campo de disputas muito mais antigas em torno de gênero e sexualidade no mundo e no Brasil. Mas antes disso já circulava no país o espantalho da “ideologia de gênero”, como definido pela antropóloga Letícia Cesarino. Em 2003, a expressão foi usada por um deputado do Prona em discurso na Câmara Federal e, em 2007, o documento final da reunião do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), realizada em Aparecida, recomendou o firme combate à “ideologia de gênero”, deflagrando uma propagação mais ampla dessa categoria acusatória no país. Estudo de Carla Castro Gomes – Propagação de discursos sobre “ideologia de gênero” no Brasil, publicado em 2020 e disponível no site do Sexuality Policy Watch – informa que, até 2013, essa difusão se deu, exclusivamente, via canais ultracatólicos. A partir de então, ganhou escala ao ser veiculada pela mídia digital evangélica e replicada por pastores, influencers e figuras políticas. A invenção da “ideologia de gênero” O “problema de gênero do Vaticano”, que está na origem dessas mobilizações, eclodiu no estágio final de preparação para a IV Conferência Mundial das Mulheres (Beijing), em março de 1995. Esse episódio e seus desdobramentos foram analisados, em detalhe, em artigos recentes, como “A ‘política do gênero’: um comentário genealógico”, de minha autoria (Cadernos Pagu, n. 53, 2018), “‘Ideologia de gênero’ em movimento”, de David Paternotte e Roman Kuhar, e “A invenção da ‘ideologia de gênero’: a emergência de um cenário político-discursivo e a elaboração de uma retórica reacionária antigênero”, de Rogério Diniz Junqueira (ambos publicados na Revista de psicologia política, vol. 18, n. 43, 2018). Sintetizando essas análises, o episódio foi uma reação tardia à adoção do conceito de gênero pelo documento final da Conferência Internacional de População e Desenvolvimento do Cairo, que acontecera seis meses antes. Na conferência de Beijing, o uso do termo não causou maior controvérsia, embora tenha sido objeto de reservas por parte do Vaticano e do Paraguai. Mas, sem dúvida, inaugurou o que pode ser nomeado como “era da ideologia antigênero”. Iniciou-se a produção de uma vasta literatura de repúdio ao gênero, assinada por autoras e autores não clericais. Ela antecipou a crítica teológica do Vaticano, elaborada nos anos 2000, da qual resultaria, por sua vez, um acervo amplo de documentos vinculando os efeitos nefastos do gênero a múltiplas esferas da vida individual, social e política. A tese central dessa literatura é que a teoria feminista do gênero é um engodo porque anuncia a igualdade entre homens e mulheres para destruir a diferença sexual “natural”. O texto da “Carta aos bispos” adiciona novos elementos a essa acusação, associando gênero à “polimorfia sexual”. Eric Fassin, em “Gender and the Democratic Problem of Universals: Catholic Mobilizations and Sexual Democracy in France”, artigo publicado na revista Religion & Gender (vol. 6, n. 2, 2016), observa que esse discurso se sustenta na primazia da ordem natural, evocada em termos dogmáticos e quase darwinianos para obstaculizar transformações em curso nas democracias sexuais contemporâneas. Esse apelo à ordem natural foi levado ao extremo, em 2009, quando Bento VVI equiparou a “ideologia de gênero” com a destruição das florestas, em discurso na Assembleia Geral da ONU. Desde 2013, Francisco, que tem na defesa ambiental uma de suas prioridades, afirmou, em algumas ocasiões, que “gênero é diabólico”.

Ministro da Educação diz que crianças de 9 anos não leem, mas “sabem colocar camisinha”

“Respeito a orientação de todos, mas a gente não tem o direito de violar a inocência de uma criança”, disse Milton Ribeiro, que também é pastor da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração O ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Milton Ribeiro, pastor da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, declarou que crianças de 9 anos de idade, no Brasil, não conseguem ler, mas sabem colocar preservativos. A colocação descabida foi feita durante aula magna, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). “Crianças com 9, 10 anos não sabem ler, sabem tudo, com todo respeito às senhoras aqui presentes, sabem até colocar uma camisinha, mas não sabe que ‘b’ mais ‘a’ é ‘ba’, está na hora de dar um basta nisso”, disse o ministro-pastor. Ribeiro acrescentou: “Onde já se viu começar a discutir esses assuntos com crianças de 6 a 10 anos. Respeito a orientação de todos, mas a gente não tem o direito de violar a inocência de uma criança trazendo questões como ‘se você quiser ser homem é homem, se quiser ser mulher é mulher’”, continuou. Homofobia Não é a primeira vez que o pastor faz declarações absurdas desse tipo. Logo que assumiu o ministério, em entrevista, ele atribuiu o “caminho do homossexualismo” a “famílias desajustadas”. “É claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso, e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião. Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) têm um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios”, afirmou. Assista ao vídeo: O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, criticou políticas identitárias em Aula Magna na UFPB. “A natureza diz que ele é homem, mas eles querem dizer que a pessoa pode escolher”. Ele também disse que há crianças que não sabem ler, mas sabem colocar camisinha Vídeo: @SamPancher pic.twitter.com/571RtfUuFX — Metrópoles (@Metropoles) April 28, 2021

Desembargador que declarou ilegal greve de professores que não queriam aula presencial morre de Covid-19

 Paulo Ricardo Bruschi também proibiu manifestações próximas das escolas e autorizou desconto no salário dos trabalhadores da educação que estavam paralisados O desembargador Paulo Ricardo Bruschi morreu na última sexta-feira (23), em Tubarão (SC), vítima de complicações da Covid-19. Em novembro do ano passado foi responsável por decisão que considerou a greve de professores, que eram contrários ao retorno das aulas presenciais por falta de segurança sanitária, como ilegal. Posteriormente, considerou a greve dos professores ilegal e autorizou o descontou no salário dos dias paralisados, proibiu o bloqueio das unidades e a realização de manifestação em distância inferior a 450 metros dos locais de ensino, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Na cidade de Tubarão, 17,6 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença e 323 morreram. Desde o início da pandemia, 12.842 faleceram no estado de Santa Catarina vítimas da Covid-19. No total, 863.842 casos já foram confirmados.

Aulas presenciais como serviço essencial: veja como cada deputado mineiro votou

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (13) requerimento de urgência para o projeto que declara essenciais as aulas presenciais na educação básica e no ensino superior nas redes pública e privada, inclusive durante a pandemia. O texto é mais uma pressão sobre os governadores e prefeitos que suspenderam aulas presenciais para conter o avanço da Covid-19 no Brasil. A urgência torna a proposta prioritária na fila de votação de projetos da Casa e permite que ela possa ser pautada no plenário a qualquer momento. O projeto proíbe a suspensão de atividades presenciais, “salvo em situações excepcionais cujas restrições sejam fundamentadas em critérios técnicos e científicos devidamente comprovados”. Quarenta e quadro deputados mineiros estiveram presentens na votação e a maioria, 31, votou a favor da aprovação. Apenas 13 parlamentares do Estado se opuseram ao requerimento de urgência. Veja como votou cada um dos deputados federais de Minas: Aécio Neves Sim Aelton Freitas Sim Alê Silva Sim André Janones Não Bilac Pinto Não Charlles Evangelista Sim Delegado Marcelo Freitas Sim Dimas Fabiano Sim Domingos Sávio Sim Dr. Frederico Sim Eduardo Barbosa Sim Emidinho Madeira Sim Eros Biondini Sim Euclydes Pettersen Sim Franco Cartafina Sim Fred Costa Sim Gilberto Abramo Sim Greyce Elias Sim Hercílio Coelho Diniz Sim Igor Timo Sim Júlio Delgado Não Junio Amaral Sim Lafayette de Andrada Sim Leonardo Monteiro Não Lucas Gonzalez Sim Luis Tibé Sim Marcelo Álvaro Antônio Sim Marcelo Aro Sim Mário Heringer Não Mauro Lopes Sim Misael Varella Sim Odair Cunha Não Padre João Não Patrus Ananias Não Paulo Guedes Não Pinheirinho Sim Rodrigo de Castro Sim Rogério Correia Não Stefano Aguiar Sim Subtenente Gonzaga Não Tiago Mitraud Sim Vilson da Fetaemg Não Weliton Prado Não Zé Silva Sim Via Jornal O Tempo

Pesquisa da Unimontes é reconhecida por publicação sobre macaúba

O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Biotecnologia (PPGB) da Unimontes ganhou projeção internacional pela produção de conhecimento de ponta sobre a macaúba, palmeira oleaginosa. O conjunto de estudos desenvolvidos por meio dos laboratórios de Micropropagação (LAM) e Anatomia Vegetal (LAV), ambos vinculados ao PPGB, foi considerado como a segunda mais importante fonte mundial de literatura sobre a espécie. O destaque para os estudos desenvolvidos nos dois laboratórios da Unimontes consta em artigo publicado na Revista “Biomass Conversion and Biorefinery” (Conversão de Biomassa e Biorefinaria), da Alemanha. O artigo é intitulado “Macaúba’s world scenario: a bibliometric analysis” (O cenário mundial de Macaúba: uma análise bibliométrica). De acordo o periódico internacional, o grupo de pesquisa sobre a macaúba da Universidade Federal de Viçosa (UFV) é que mais se destacou no cenário mundial com artigos sobre a palmeira oleaginosa. A macaúba ganhou relevância com o desenvolvimento de novas tecnologias para o seu uso sustentável com a produção de seus derivados, como o biodiesel. Assim, constitui uma das fronteiras da biotecnologia. Coordenador do Laboratório de Micropropagação e docente do Departamento de Biologia Geral e do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, o professor Leonardo Monteiro Ribeiro salienta que o reconhecimento dos estudos sobre a macaúba por meio do artigo científico projeta a Unimontes no cenário mundial. “Trata-se de um feito de importante para a internacionalização da pesquisa da universidade. É um reconhecimento da pesquisa dentro da Unimontes que aumenta a visibilidade da instituição no cenário científico mundial”, enfatiza o professor Leonardo Monteiro. O pesquisador salienta que os autores do artigo publicado analisaram a produção bibliográfica mundial sobre a macaúba publicada de 1900 a 2021, inserida na base de dados “Web of Science”, uma das mais seletivas e renomadas plataformas de referências e artigos científicos do mundo. Foram avaliados 397 artigos e 14 patentes, sendo analisados 1.387 pesquisadores. Coordenador do Laboratório de Micropropagação e docente PPGB destaca que egressos do programa de pós-graduação da Unimontes foram os protagonistas do êxito alcançado pelos estudos sobre a macaúba. Ele cita os profissionais Vanessa Sales Carvalho, Joyce Nascimento e Sousa e Sara Malveira Costa Vieira, “cujas dissertações de mestrado focaram no desenvolvimento de tecnologias de propagação da macaúba e renderam artigos publicados em importantes revistas internacionais e uma patente concedida pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial)”. Conforme o professor Leonardo Monteiro, o grupo de pesquisa vinculado aos laboratórios de Micropropagação e Anatomia Vegetal e ao Departamento de Biologia Geral da Unimontes publicou 23 artigos sobre a macaúba indexados na base de dados Web of Science. Os artigos receberam 310 citações. Desta forma, a produção foi considerada a segunda maior contribuição mundial à pesquisa sobre a espécie. Os artigos publicados pelo grupo da Unimontes tratam da reprodução da macaúba, especialmente sobre a biologia floral, desenvolvimento dos frutos, germinação, desenvolvimento de plântulas e cultivo in vitro. As pesquisas são consideradas essenciais, para o desenvolvimento da cadeia produtiva da macaúba, de acordo com o artigo publicado pela Revista “Biomass Conversion and Biorefinery“.

“Assesso”: Mario Frias comete erro ao estilo Weintraub em resposta a Eduardo Bolsonaro

 O secretário especial de Cultura, Mario Frias, virou piada nas redes sociais, nesta segunda-feira (22), após cometer um grave erro de português. O ator escreveu “assesso” em vez de “acesso” ao responder a uma publicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Instagram. O parlamentar fez uma postagem na rede social acusando o governo de Lula e Dilma Rousseff, do PT, de usar a Lei Rouanet de incentivo à cultura para “comprar parte da classe artística”. Eduardo então faz elogios à gestão de Mario Frias, que agradeceu em comentário na publicação. “Muito obrigado, Eduardo Bolsonaro. A luta é diária sem direito a descanso. Vamos trabalhar incansavelmente para que todos os brasileiros tenham assesso a cultura”, escreveu ele. O ator corrigiu o erro horas depois da publicação. ASSESSO.Secretário de Cultura. pic.twitter.com/sKFxKh6GDi — Babaioff (@babaioff) March 23, 2021 Mario Frias já havia virado piada nas redes sociais em outras ocasiões por erros de português. Em julho do ano passado, dias depois de assumir a secretaria Especial da Cultura no lugar de Regina Duarte, ele “agradeçeu” o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e disse que estava “a pouco tempo” no Twitter. Outra figura do governo Bolsonaro que ficou conhecida por seus erros gramaticais foi o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ele já escreveu a palavra “paralisação” com a letra “z” por duas vezes. Além disso, redigiu a palavra “suspensão” com “ç” e “impressionante” com “c”. Via Revista Fórum