Descarte irregular de garrafas de vidro é notificado pela Prefeitura de Montes Claros

A Prefeitura de Montes Claros, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SSU) e Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria de Saúde (SMS), realizaram fiscalização em um depósito de garrafas de vidro no bairro Olga Benário, região sul da cidade. No local, foram encontradas diversas irregularidades ambientais, em desacordo com a Lei 5.177, de 06 de setembro de 2019, que dispõe sobre a obrigatoriedade da coleta, armazenamento e destinação final de embalagens de vidro não retornáveis. De acordo com a Lei, nos casos em que seja constatado o descarte incorreto, o notificado tem um prazo de até 24 horas para apresentar todos os documentos exigidos. Caso o proprietário não o faça, estará sujeito às penas previstas na Lei. No local, foram encontradas garrafas espalhadas sem controle algum e em grande quantidade, muitas com água acumulada, o que pode causar o aparecimento de focos do mosquito da Dengue.
NATUREZA EM MONTES CLAROS – Pequi, o Fruto do Norte de Minas Gerais

Em Montes Claros, assim como em todo o Norte de Minas, já se pode sentir o aroma do fruto mais querido da nossa região: o pequi. Além de ser uma estrela da nossa culinária, trazendo seu sabor e cheiro inconfundíveis para uma infinidade de pratos, o pequi garante renda a milhares de famílias da zona rural. A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMMA) da Prefeitura de Montes Claros atua de forma efetiva na proteção do pequizeiro: quem derruba a árvore incorre em crime ambiental, estando sujeito a responder dentro dos rigores da lei. O pequi é utilizado como alimento puro, além de integrar a tradicional dupla “arroz com pequi”. Também é utilizado como medicamento fitoterápico no tratamento de várias enfermidades. Sua polpa pode ser encontrada para venda. O vendedor ambulante Gilvani Freitas Melo, mais conhecido como Lorim, garante que o comércio do pequi é garantia de uma renda a mais e que, nessa época do ano, já faz compromissos financeiros contando com o lucro da venda desse fruto.
Botumirim – Espinhaço, rico pela própria natureza

Espinhaço Setentrional, um dos vários sertões de Guimarães Rosa. Beleza e endemismo (Manoel Freitas) Cenário deslumbrante é palco de programa nacional de conservação * Por Manoel de Freitas – O Norte É nos campos de altitudes, nas montanhas de Minas, que a biodiversidade revela toda grandeza da maior savana do mundo. Sua espinha dorsal, a Serra do Espinhaço, atravessa os vários sertões de Guimarães Rosas, numa beleza cênica adornada por espécies endêmicas que encantam e reclamam proteção. E é nesse cenário de ecossistema único, que o Ministério do Meio Ambiente implementa na atualidade o Programa Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (Pró-Espécies), através do Projeto Estratégia Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção, englobando outros 12 estados brasileiros. Cuidado que a gente sertaneja agradece e, através da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), coloca seu time de pesquisadores em campo para documentar – nos campos rupestres do sertão mineiro – parte desses tesouros, muitos dos quais guardados nos 36.188 hectares do Parque Estadual de Botumirim. Desse modo, a unidade de conservação, criada pelo Instituto Estadual de Florestas em julho 2018, possibilita o avanço da pesquisa científica no momento em que empossa mês que vem seu Conselho Consultivo, ferramenta necessária para implantação do Plano de Manejo. Na segunda quinzena de outubro, O NORTE escalou a montanha e pôde seguir as trilhas que conduziram grupo de biólogos da Unimontes, coordenados pela pesquisadora Maria das Dores Magalhães Veloso, doutora em Ciências Florestais e professora do Departamento de Biologia Geral, até a Orthophytum humile, bromélia endêmica do Espinhaço. Até então, restrita apenas aos campos rupestres das cidades vizinhas Cristália e Grão Mogol. Entretanto, a coleta dessa planta de distribuição restrita para ser estudada no herbário onde funciona seu laboratório de Ecologia Vegetal/Biologia, só foi possível no quarto dia de campo. É que são poucos indivíduos distribuídos em uma área muito grande: a joia estava incrustada nas fendas dos paredões de “Encantado”, dentro do Parque Estadual de Botumirim. Na verdade, o achado coroou criterioso trabalho de campo iniciado dia 19 de outubro, do qual participaram cinco pesquisadores, que no caminho encontraram ainda outros exemplares da flora do Espinhaço, como a Drosera graomogolensis, espécie de planta carnívora nativa do Estado de Minas Gerais que cresce no habitat dos campos rupestres. Rolinha do Planalto, símbolo para a conservação do Cerrado Missão cumprida pelos biólogos da universidade, no dia seguinte a vez de O NORTE acompanhar no Espinhaço o ambientalista Gustavo Malacco, mestre e doutor em Engenharia Florestal, que há 15 anos coordena em Januária (Extremo Norte de Minas) o Projeto Bicudo, na Reserva Particular Porto Cajueiro, que objetiva a reintrodução do Bicudo (Sporophila maximiliani) no Cerrado mineiro, ave cada vez mais rara na natureza por força do tráfico de animais silvestres e da excelência de seu canto. Desta feita, ele que é um dos mais respeitados fotógrafos de aves do Brasil, para documentar a Rolinha do Planalto (Columbina cyanopis), em Reserva Natural criada em 2015 para proteger essa que é uma das aves mais raras do mundo. Isso, em mês no qual pesquisadores e observadores de três países europeus fizeram o mesmo, para gravar o canto e a imagem da pomba que não é encontrada em nenhuma outra parte do planeta. É que, como a espécie reapareceu 75 anos depois de considerada extinta, passou a ser dentro do Parque Estadual de Botumirim símbolo para a conservação do espinhaço mineiro, chamando a atenção de observadores de inúmeros países para outras aves endêmicas e consideradas raras, a ponto de Botumirim ser considerada pela Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (Save) como uma das áreas importantes para conservação de aves no mundo, daí a explicação de atrair o ano inteiro observadores de várias nacionalidades, visitação internacional superior a do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em Januária, tão rico que lança ano que vem sua candidatura a Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade. Riqueza florística a ser preservada Com o propósito de fundamentar ainda mais o trabalho que é feito pelo Governo Federal e Organizações Não Governamentais para proteção da fauna e flora do Espinhaço Setentrional, O NORTE ouviu dois personagens importantes, sem os quais não teria sido possível desenvolver esse enredo. Nesse sentido, a reportagem procurou primeiramente a pesquisadora Maria das Dores Magalhães Veloso, doutora em Ciências Florestais e professora do Departamento de Biologia Geral, ela que é curadora do Herbário de Montes Claros, único da região, cujo acervo beneficia professores e acadêmicos da comunidade científica da Unimontes e de outras instituições de ensino das regiões Norte, Noroeste, Vales do Mucuri e Jequitinhonha, além do Centro-Oeste mineiro. Dora Veloso explicou que “pelo percurso que fizemos em quatro dias no Espinhaço Setentrional, em pontos distintos, em busca de espécies alvo do Projeto Pro Espécies, pudemos observar que a região apresenta uma riqueza florística exuberante, com várias espécies endêmicas e habitats diversificados”. Observou que o cenário variou “desde afloramentos rochosos secos, ambientes arenosos, turfosos, áreas de veredas, cerrados a paredões rochosos úmidos, sendo possível constatar que mesmo naqueles locais que sofreram a ação do homem, como é o caso de uma área que foi utilizada pela mineração e posteriormente abandonada, encontramos representantes do gênero que estamos buscando, o que nos anima a uma segunda visita para verificação em período de floração da espécie Cuphea rubro-virens, uma das espécies da família Lythreaceae, endêmicas do Espinhaço e ameaçada de extinção. No seu modo de entender, “a Serra do Espinhaço possui uma riqueza florística muito grande e isto requer uma proteção especial, haja vista que a sua vulnerabilidade pode acarretar na extinção de espécies endêmicas e pouco conhecidas”. Mais ainda, chamou a bromélia encontrada no trabalho de campo “que faz parte do grupo de espécies alvo do Espinhaço, a Sincoraea humilis, endêmica da Serra do Espinhaço, que ocorre em campos rupestres com 850 – 1000m de altitude, em rochas úmidas e secas, próximas a margens de rios e lagos, em locais expostos à luminosidade, cujas populações não são facilmente encontradas, o que as coloca dentro do grupo de espécies alvo”. Ecossistema
Zema entrega parques à Vale e à iniciativa privada

PASSANDO A BOIADA Após negar para seus eleitores parceria com Bolsonaro, governador vira cabo eleitoral em Minas Às vésperas do primeiro turno, visando angariar os votos dos eleitores de Lula (PT), Romeu Zema (Novo) chegou a declarar que nunca fez campanha para Jair Bolsonaro (PL) e que não havia apoio selado entre os dois. No entanto, neste novo momento do pleito, o reeleito governador mineiro se tornou a referência para a campanha do atual presidente. Enquanto cumpre suas atividades como principal cabo eleitoral de Bolsonaro em Minas Gerais, nos últimos 15 dias, Romeu Zema também teve agendas com o governo federal. No último dia 11, o executivo mineiro se reuniu com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, para formalizar o repasse de R$ 150 milhões a sete parques ambientais. O recurso é oriundo de uma multa aplicada pelo Ibama à mineradora Vale em decorrência do crime em Brumadinho. Em 2020, um acordo entre os governos federal, estadual e a mineradora converteu a penalidade em investimentos em parques ambientais no estado. A decisão é questionada pelo Ministério Público Federal de Minas Gerais e criticada por movimentos sociais ligados à defesa ambiental. Para o setor, a punição foi transformada em uma recompensa para a mineradora, que terá acesso a locais estratégicos, antes não acessados por ela. “No Parque da Gandarela, a Vale tem um grande projeto com expectativa de exploração de 40 milhões de toneladas por ano. Durante muito tempo, a população tem conseguido barrar o avanço desse projeto, mas esse acordo coloca tudo em risco”, declarou na época Luiz Paulo Siqueira, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), em entrevista ao Brasil de Fato MG. As reservas em questão são os parques nacionais da Serra da Gandarela, da Serra do Cipó, da Serra da Canastra, do Caparaó, Grande Sertão Veredas, Cavernas do Peruaçu e Parque Nacional das Sempre-Vivas. Segundo o governo, o montante de R$ 150 milhões será gasto com a construção de trilhas, aquisição de veículos, computadores, kits de energia solar e sistemas de comunicação. Toda a aplicação e gestão dos recursos será feita pela própria mineradora. Privatização das BRs 381 e 262 Em outra reunião com o governo federal, dessa vez com o Ministério de Infraestrutura no dia 10 de outubro, Romeu Zema recebeu a afirmativa da destinação de R$ 5,4 bilhões ao estado. O recurso será destinado, segundo o próprio governo, para a duplicação e revitalização das rodovias federais BR-381 – que liga Belo Horizonte a Governador Valadares – e BR-262 – no trecho entre Betim e Uberaba. Os leilões de licitação para privatização das vias estão previstos para dezembro deste ano. Venda dos parques do Ibitipoca e Itacolomi Na terça-feira (18), o Instituto Estadual de Florestas publicou o edital de privatização dos parques estaduais Ibitipoca, na Zona da Mata, e Itacolomi, na região Central do estado. O certame concede os patrimônios à iniciativa privada por um prazo de 30 anos, e o leilão de privatização está previsto para 15 de dezembro. Além desses, Zema também pretende entregar outros 20 parques estaduais à iniciativa privada. O governo mineiro é criticado por ambientalistas por não criar nenhuma reserva ambiental durante toda sua gestão. Comunicação pública ou comunicação do governo? Na segunda-feira (3), logo após o primeiro turno, foi divulgado no perfil oficial da Rádio Inconfidência no Instagram um post de propaganda do governo. A emissora é de caráter público, ou seja, não se trata de um veículo governamental. A publicação, que também foi veiculada em perfis de secretarias do Executivo, ressaltava o governo de Romeu Zema e comemorava a vitória da reeleição. Após questionamento do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, o post foi excluído da conta, o governo também informou ao sindicato que a publicação foi um engano. Edição: Larissa Costa Brasil de Fato
Meio Ambiente monitora sucuri ‘gigante’ vista no rio São Francisco em Minas Gerais

Vídeos de uma sucuri, vista às margens do rio São Francisco, na cidade mineira de Lagoa da Prata, têm circulado na internet e chamado bastante atenção pelo tamanho imenso da cobra, aproximadamente cinco metros e meio. Um dos vídeos, publicados há alguns dias nas redes sociais, mostra a cobra em uma tentativa de acasalamento com dois machos. Ao saber das imagens, o ambientalista Saulo de Castro, servidor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, esteve no local e fez novas imagens do animal. Em entrevista ao site local Sou+Lagoa, ele disse que vem monitorando a sucuri desde sua primeira aparição na área, em 2019. “No momento em que tomei conhecimento dela na região das Tabocas, área próxima ao Rio São Francisco, me desloquei até o local com outras pessoas e conseguimos filmá-la para que ficasse bem documentado. Com certeza, trata-se do mesmo animal, pois ela possui uma característica única que eu já havia observado em 2019 que é a cauda amputada. Ela é cotoca”, relatou. O ambientalista também contou ao site que a margem do rio São Francisco é o habitat natural da sucuri, no entanto, o local está vulnerável à sua sobrevivência e também à segurança de pessoas que passam por lá sem saber de sua existência. “O ponto onde ela escolheu ficar, e parece que de forma permanente, já que se trata do mesmo lugar onde foi vista três anos atrás, me parece muito vulnerável tanto para o animal quanto para pessoas que, por ventura, passarem pelo local sem saber de sua presença”, explicou o Saulo. Além da sucuri “gigante”, outras sucuris, assim como uma variedade de repteis, mamíferos e aves, vivem às margens do trecho do rio São Francisco da município de Lagoa da Prata e de toda a sua extensão. O ambientalista explica que não há registro de ataques a humanos recentes na região, no entanto é necessário tomar cuidado ao avistar qualquer tipo de animal silvestre, sendo importante sempre aumentar a distância para evitar qualquer acidente. Em caso destes animais aparecerem em áreas urbanas, é importante fazer contato com órgãos ambientais ou com o Corpo de Bombeiros para fazer o resgate. “Não que seja um animal perigoso com histórico de ataques, mas é um animal silvestre, e como regra, animais selvagens tendem a se defender quando se sentem acuados. Estamos preocupados sim, pois alguém sem muita noção pode querer fazer algum mal para ela”, comentou. Saulo ainda falou sobre a importância de ações de preservação das espécies e do potencial turístico que a biodiversidade da fauna e flora do rio São Francisco pode proporcionar às cidades por onde passa. “Temos um potencial enorme para desenvolver o ecoturismo e turismo de observação em nossa cidade. Milhares de pessoas pelo mundo pagariam muito dinheiro para ter o privilégio de ver uma sucuri desse porte em seu ambiente natural. Tudo o que precisamos para desenvolver e implantar o ecoturismo em nossa cidade, e já estamos trabalhando nisso, é políticas públicas aliadas à iniciativa privada voltadas para esse fim”, finalizou Saulo. Em entrevista ao canal TV Lagoa, Andersom Andrade, Secretário de Meio Ambiente de Lagoa da Prata, informou que fez contato com o Ibama para que o órgão possa ir à cidade fazer uma inspeção no local e avaliar a possibilidade de transferir a sucuri para um local mais apropriado. A cobra vive na região conhecida como Tabocas, local próximo a uma estrada com movimentação constante de veículos, ciclistas, pescadores e também de trabalhadores que cuidam de criações de gado. Apesar da vulnerabilidade de seu habitat e da amputação observada de sua calda, aparentemente, ela apresenta boas condições de saúde. A pasta sugeriu ao Ibama que a sucuri fosse removida para uma área conhecida como Volta Grande, destinada a receber animais silvestres. O local é mais protegido, tem mais água e maior disponibilidade de alimento para animais deste tamanho.
Desmatamento da Amazônia Legal é o maior dos últimos 15 anos, revela Imazon

De agosto de 2021 até julho deste ano foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o que equivale a sete vezes ao tamanho da cidade de São Paulo Rede Brasil Atual – A área de floresta desmatada da Amazônia Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos, de acordo com novos dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados nesta quarta-feira (17). De agosto de 2021 até julho deste ano – quando começa e termina, respectivamente, o calendário de monitoramento do SAD – foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o que equivale a sete vezes a cidade de São Paulo. O cenário alarmante já era previsto nos primeiros cinco meses deste ano, quando o instituto divulgou que o bioma havia perdido no período o equivalente a 2 mil campos de futebol por dia de mata nativa. Ou, 3.360 quilômetros quadrados de floresta. A maior devastação da série histórica calculada pelo Imazon desde 2008. Conforme mostrou a RBA, o desmatamento nos primeiros meses do ano foi maior do que o registrado em 2021, que já havia representado um salto em relação a 2020. Naquele ano, também segundo o levantamento do instituto, o indicador foi de 1.740. Ou seja, em dois anos, com a aceleração promovida pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), o salto da devastação foi de quase 100% Política de destruição Ainda na última sexta (12), o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que o desmatamento acumulado na Amazônia sob o governo Bolsonaro, de janeiro de 2019 a julho de 2022, atingiu 31 mil quilômetros quadrados. Uma área que equivale ao território da Bélgica. O tamanho da devastação pode ser ainda muito maior dada a diferença de metodologia do Deter do Inpe para a do SAD do Imazon. Segundo o instituto para o portal g1, os satélites usados por ele são mais refinados e capazes de detectar áreas desmatadas a partir de um hectare. Enquanto os alertas do Inpe levam em conta áreas maiores que três hectares. Amazonas, Acre e Rondônia lideram Dos nove estados que compõem a chamada Amazônia Legal, o território que mais vem sendo atacado pela devastação promovida pelo atual governo é o que fica na divisa com Amazonas, Acre e Rondônia, região conhecida como Amacro. Ao menos 36% de todo o desmatamento ocorreu nesse local, segundo o instituto. Grandes áreas desmatadas têm ocupado florestas públicas não destinadas e áreas protegidas. Houve uma alta de 29% no desmatamento dessa região em relação ao ano passado. Superior inclusive ao crescimento de 3% da devastação em toda a região amazônica. De acordo com a pesquisadora do Imazon Bianca Santos, ao G1, os dados indicam que a Amacro precisa de ações urgentes de proteção. “O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia”, alerta a pesquisadora. “Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Relatórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensas. Isso causará graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cidades.”
Governo Bolsonaro transformou a Funai em uma fundação anti-indígena

Dossiê explica que órgão tem sido deteriorado por atual gestão Com a não demarcação de territórios indígenas e a perseguição a servidores e lideranças, Funai se tornou uma fundação anti-indigenista, sob o governo do presidente Jair Bolsonaro. É o que denuncia um documento produzido pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos, o Inesc, em conjunto com a associação Indigenistas Associados, Ina, que representa servidores do órgão. O dossiê também aponta uma militarização sem precedentes da Funai. Das 39 Coordenações Regionais do órgão, apenas duas são chefiadas por servidores civis – outras 24 são coordenadas por oficiais das Forças Armadas e policiais militares ou federais. Nos altos escalões, a situação é parecida. Além do presidente, Marcelo Xavier, que é policial, outros três oficiais de forças de segurança armadas compõem a diretoria. Com isso, o número de processos administrativos disciplinares instaurados para apurar práticas contra os funcionários do órgão tem aumentado vertiginosamente. Segundo os servidores, os procedimentos tem sido usados para disseminar o medo e intimidar os funcionários. A falta de funcionários também é alarmante. Em 2020, haviam mais cargos vagos do que profissionais em atuação no órgão. Ao mesmo passo, a população indígena no País cresceu, demandando ainda mais profissionais especializados para atendê-los. O documento foi divulgado em meio à pressão sobre a postura do governo Bolsonaro no desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira, servidor licenciado da Funai, e do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian. “Em vez de proteger e promover os direitos indígenas, a atual gestão da Fundação decidiu priorizar e defender interesses não indígenas, como ficou claro no julgamento do marco temporal, que seria retomado agora em junho”, explica Fernando Vianna, presidente da INA. A guinada no órgão se deu com o início do mandato do presidente Bolsonaro, que tinha como discurso de campanha estrangular o órgão. “Se eu for eleito, vou dar uma foiçada na Funai, mas uma foiçada no pescoço. Não tem outro caminho”, prometeu o ex-capitão. Para conseguir colocar em prática as políticas anti-indigenistas, aponta o dossiê, Bolsonaro entregou o órgão ao delegado Marcelo Xavier, homem de confiança de Nabhan Garcia, atual Secretário Especial de Assuntos Fundiários do Mapa, fazendeiro, liderança ruralista e notório antagonista dos direitos indígenas. Segundo os pesquisadores que elaboraram o documento, o governo Bolsonaro adotou um modus operandi que se apodera do das estruturas estatais para descontrair garantias anteriormente conquistadas pelos povos originários. “Na atual gestão, segundo o Instituto Socioambiental, o desmatamento em terras indígenas cresceu 138%. Garimpeiros invasores viajando a Brasília em avião oficial expõem a conivência a toda forma de ilegalidade nas terras indígenas”, diz o dossiê. A conclusão é que a atual Funai representa a antítese de sua razão de existir. “O órgão virou laboratório de política de políticas anti-indígenas sem bases legais definidas, fragilizando territórios e etnias”, ponderam os pesquisadores.
Nova espécie de árvore é descoberta na Caatinga no Norte de Minas

Achado científico foi publicada recentemente em uma revista internacional especializada em botânica. A Caatinga está presente em 11% do território brasileiro, abrangendo a região Nordeste e o Norte de Minas. Estima-se que existam pelo menos 3,2 mil espécies de plantas por lá. (Comunicação UFLA/divulgação) A Caatinga está presente em 11% do território brasileiro, abrangendo a região Nordeste e o Norte de Minas. Estima-se que existam pelo menos 3,2 mil espécies de plantas por lá. (Comunicação UFLA/divulgação) Uma nova espécie de árvore da Caatinga foi descoberta em terras mineiras. Os exemplares foram encontrados por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (Ufla) em uma região conhecida como Furados, no Norte do Estado. O achado reforça a necessidade de conservação do bioma. Já catalogada, a Pseudobombax furadense (Bombacoideae, Malvaceae) foi classificada como vulnerável, de acordo com critérios da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), responsável pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. O trabalho é feito no Laboratório de Fitogeografia e Ecologia Evolutiva da Escola de Ciências Agrárias (Esal), da Ufla. Ao que tudo indica, a espécie só é encontrada na região – próximo a Montalvânia –, onde lajes de rochas calcárias são formadas, dando origem a uma vegetação muito específica, com poucas e esparsas árvores. “Ficamos intrigados porque apresentavam algumas características que se assemelhavam a uma espécie já descrita, porém com aspectos diferenciados, como o fato de apresentarem tricomas nas folhas (uma espécie de pelo)”, conta a doutoranda do programa de pós-graduação em Botânica Aplicada, Fernanda Moreira Gianasi. As amostras foram coletadas em agosto de 2019 e janeiro de 2020. “Descrevemos detalhadamente, a partir de características de flores, folhas, ramos, frutos e sementes. Fizemos a comparação com outras espécies e, assim, notamos que se tratava de uma nova espécie ainda não catalogada”, acrescenta Fernanda. Novos estudos sobre a biodiversidade da vegetação ainda serão feitos, segundo o coordenador do trabalho, o professor Rubens Manoel dos Santos. O docente reforça que o achado comprova que ainda existe pouco conhecimento sobre a vegetação dessas áreas. “Ressalta a importância desses ambientes dentro dos afloramentos de calcário para conservação. Nós nem conhecemos todas as espécies arbóreas que ocorrem ali, imagina falar sobre funcionalidade, ecologia e outros grupos de plantas, como epífitas e ervas, dentro desses lugares. É um caminho longo a ser percorrido para entender como são esses ambientes”. A descoberta foi publicada recentemente na revista internacional Phytotaxa, que é especializada na área botânica.
Vigília na sede da Funai cobra resposta sobre indigenista e jornalista desaparecidos

Servidores da Funai denunciam desmonte deliberado da política de proteção de terras indígenas pelo governo Jair Bolsonaro – Divulgação Representantes de diversas entidades da sociedade civil fizeram um ato-vigília, na noite desta terça-feira (7), em frente à sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília. A manifestação foi convocada pela Associação Indigenistas Associados (INA), entidade composta por servidoras e servidores da Funai, para cobrar do governo federal ações efetivas para esclarecer o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira no Vale do Javari, extremo oeste do Amazonas. Dom Phillips, que é colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Funai, foram vistos pela última vez na manhã de domingo (5) no rio Ituí. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios. Bruno Pereira vinha sofrendo ameaças de pescadores ilegais que atuam na região. O Vale do Javari concentra a segunda maior reserva indígena do país, com mais de 8,5 milhões de hectares, e fica na fronteira do Brasil com o Peru e próximo à fronteira com a Colômbia. A área abriga 26 povos indígenas, muitos dos quais são isolados ou de contato recente. Trata-se da região com a maior quantidade de povos isolados do planeta. “Exigimos saber exatamente o que aconteceu naquela região. Temos uma política de genocídio dos povos indígenas e de violação em massa dos direitos humanos”, afirmou Davi Frigo, presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH). O colegiado se reunirá nos próximos dois dias e deve tirar encaminhamentos sobre o caso. “Esse ato é de suma importância para marcar a posição de que não vamos aceitar esse desaparecimento. Nós entendemos que isso é apenas a ponta do iceberg. É sintomático de uma região que hoje vive a total ausência de poder público, não porque o poder público não tem condições de estar lá, mas porque o poder público decidiu, deliberadamente, deixar a população indígena à própria sorte, para facilitar o trabalho de mineradoras, garimpeiros, do narcotráfico”, destacou Juliana Cézar Nunes, diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF). O ato desta terça também ocorreu no Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. Profissional que desenvolve um trabalho de jornalismo investigativo sobre povos indígenas e meio ambiente, Dom Phillips estava trabalhando na publicação de um livro sobre o assunto. Mais cedo, organizações dedicadas à proteção e defesa da liberdade de expressão e de imprensa no Brasil encaminharam um pedido de audiência urgente com o governo brasileiro para discutir o desaparecimento de Phillips e Pereira. “As organizações indígenas da região vêm denunciando sistematicamente as invasões na TI Vale do Javari, localizada na fronteira com o Peru, por garimpeiros, madeireiros, narcotraficantes, pescadores e caçadores, que se sentem respaldados e empoderados diante da negligência e do permanente ataque aos direitos indígenas por parte do governo federal. É particularmente grave que essas invasões ocorram na terra indígena onde existe a maior concentração de povos isolados, ou em isolamento voluntário no mundo”, diz uma nota do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que também pediu ampliação da operação de busca e regate dos desaparecidos. Dedicação Bruno Pereira foi durante anos coordenador da Funai em Atalaia do Norte e havia pedido licença não remunerada porque a autarquia vinha deixando de cumprir sua missão de proteção dos povos indígenas do Vale do Javari. O indigenista estava atuando nos últimos tempos como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), uma entidade mantida pelos próprios indígenas da região. Engajado na proteção aos indígenas, Bruno Pereira participou recentemente de uma operação de fiscalização com indígenas da Univaja. Segundo o jornal O Globo, durante a ação foram apreendidos materiais de pesca, caça e dezenas de quilos de peixe e tracajás, espécie de cágado comum na Amazônia. O indigenista vinha recebendo ameaças constantes. Em uma carta divulgada por O Globo e enviada à Univaja, uma pessoa relata insatisfação com as operações de fiscalização. “Só vou avisar dessa vez, que se continuar desse jeito, vai ser pior para vocês. Melhor se aprontarem. Tá avisado”, diz trecho do documento. “Essas ações de vigilância e fiscalização são uma missão do Estado, e a Funai é quem deve fazer. Se o Bruno estava fazendo lá por uma associação indígena, a Univaja, é porque o Estado brasileiro não estava. A Funai foi deixando gradativamente de cumprir a sua missão institucional”, afirma Priscilla Colodetti, diretora executiva da INA. Violência Os servidores da Funai rebateram as declarações do presidente Jair Bolsonaro, que, mais cedo, nesta terça-feira, afirmou que o indigenista e o jornalista podem ter sido executados e que estavam fazendo uma “aventura não recomendável a uma região completamente selvagem”. “Não é uma região selvagem, é uma região desprotegida. A floresta é cheia de vida e de culturas e civilizações próprias que convivem com a floresta desde sempre. Se um presidente incentiva o garimpo ilegal em terra indígena, ele dá salvo-conduto para os narcotraficantes e os garimpeiros”, apontou a servidora Andreia Prado. O nível de violência nesta região tem aumentado nos últimos anos, especialmente pela incursão ilegal de caçadores e pescadores ilegais, madeireiros, garimpeiros e narcotraficantes, que exploram a terra indígena ou a utilizam como rota de escoamento de drogas. Em 2019, o servidor da Funai Maxciel Pereira dos Santos, que na época trabalhava justamente no Vale do Javari, foi assassinado em Tabatinga, no Amazonas, cidade que fica próxima à terra área indígena. Ele foi executado com dois tiros na cabeça e até hoje o crime não foi esclarecido. Gustavo Vieira, indigenista da Funai e representante do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep), explicou que o desmonte da Funai abalou o monitoramento e fiscalização de terras indígenas. “São 1,5 mil servidores para cuidar de 13% do território nacional, mas a maior parte em trabalhos administrativos. A área fim da Funai tem cada vez menos servidores, sem apoio e sem recurso para o trabalho de campo. Por medo, muitos servidores têm pedido exoneração, licença ou mudança de local de trabalho”.
Riqueza da avifauna do Paulinho Ribeiro atrai pessoas do mundo todo

No Parque Estadual da Lapa Grande Paulinho Ribeiro, Danilo Furtado acompanha o filho Gustavo, de 11 anos, em sua primeira jornada como observador de aves: “oportunidade de frisar a importância da contemplação da natureza como reflexo da beleza de Deus” (Fotos: Eduardo Gomes e Manoel de Freitas) *Por Manoel Freitas Escola de observadores – Um oásis a apenas 13 quilômetros do Centro de Montes Claros, o Parque Estadual da Lapa Grande Paulinho Ribeiro (Pelgpr), com 15.360 hectares, é uma das maiores unidades de conservação urbanas de proteção integral do Brasil. Criado em janeiro de 2006, recebe grande número de turistas em função da riqueza da avifauna. São 232 espécies em bioma predominantemente de Cerrado, muitas delas raras, atraídas também pela abundância de água, pois a área possui mananciais que abastecem mais de 35% da população do município. A riqueza da avifauna, considerada referência nacional, tornou o parque palco de um evento que reúne apaixonados por fotografar os animais. No último sábado (7), o Lapa Grande organizou “A Passarinhada” para contemplação de espécies em seu habitat natural. A atividade, diz a gerente do parque, Aneliza Miranda, “é voltada não apenas aos fotógrafos profissionais, gestores ambientais e pesquisadores, mas principalmente a iniciantes, para estimular a observação de vida silvestre, registros científicos e a visitação pública consciente”. O evento ocorre dentro da programação do Global Big Day 2022, que acontece em todo o mundo sempre em maio, quando observadores de aves se esforçam para registrar o maior número de espécies possível em 24 horas. A iniciativa, acompanhada pelo jornal O NORTE, ocorre no momento em que o parque se consolida como referência nacional em observação de aves, estimulando o ecoturismo no Norte de Minas. Para se ter uma ideia, de acordo com a gestora da unidade, as trilhas já foram percorridas por mais de 200 profissionais de várias partes do mundo. Aliás, os números falam por si. Das 357 espécies catalogadas cientificamente em Montes Claros, nada menos do que 65% são encontradas nas matas do Parque Estadual da Lapa Grande Paulinho Ribeiro, “dados que o colocam entre os mais ricos em espécie no Brasil”. Isso, de um total de 2.921 fotografias e cem sons, com destaque para algumas aves, entre as quais o Gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus), Tico-tico-do-são-francisco (Arremon franciscanus), Arapaçu-de-wagler (Lepidocolaptes wagleri), Picapauzinho-pintado (Picumnus pygmaeus), Arapaçu-beija-flor (Picumnus pygmaeus), Choca-barrada-do-nordeste (Thamnophilus capistratus), Arapaçu-beija-flor (Campylorhamphus trochilirostris), Pica-pau-dourado-escuro (Piculus chrysochloros), Estrelinha-preta (Synallaxis scutata), Bandoleta (Cypsnagra hirundinacea), Maria-preta-do-nordeste (Knipolegus franciscanus) e Piolhinho-do-grotão (Phyllomyias reiseri). Para todas as idades Nessa primeira edição da passarinhada, o jovem Gustavo Furtado, de 11 anos, também fez sua estreia. Ele era só alegria quando uma nova espécie era avistada. “Valeu muito a pena”, afirmou ao final da aventura, contando que gostou mais do Picapauzinho-pequeno, Pica-pau-de-Topete-vermelho, Pula-Pula e Choró-boi. Gustavo estava acompanhado do pai, o analista ambiental do Ibama Danilo Furtado, já acostumado às belezas naturais da região. “Mas foi do meu filho a ideia de observar as aves”, explica ele, que há 15 anos trabalha no escritório regional do órgão com sede em Montes Claros, atuando na fiscalização do tráfico e criação de animais silvestres. “É uma satisfação muito grande acompanhar o Gustavo, porque ele está estudando isso, tanto em Geografia como em Ciência, a importância da contemplação da natureza como reflexo da beleza de Deus. Então, eu avalio como de grande importância seu primeiro contato com a mata, especialmente com as aves”, destaca o pai. A atividade, de acordo com a gerente do parque, Aneliza Miranda, é voltada para todas as idades. Preservação e renda com a passarinhada A exemplo do que ocorre em outras unidades de conservação, a atividade de observação de aves tem papel importante como forma de conscientização ambiental e como fonte de renda para guias, muitos dos quais são ex-guardas de parques, como é o caso de Warley Miranda, de 48 anos. Depois de atuar como brigadista por quase uma década, ele é responsável por mostrar aos observadores o habitat das principais espécies que vivem no Parque Estadual da Lapa Grande Paulinho Ribeiro. “De tanto percorrer o parque, aprendi a observar aves, sempre incentivado pelos gestores, ambientalistas e pesquisadores”, diz. A O NORTE, o guia fez uma observação importante: “comecei a guiar depois da criação da Reserva Natural Rolinha do Planalto, em Botumirim, porque os observadores que desembarcavam em Montes Claros tinham em nossa unidade de conservação muitas espécies, até então, com registros mais expressivos no Nordeste do Brasil”. Uma curiosidade, aponta, é que, apesar de não falar inglês, “conhecer a localização e as características das espécies facilita guiar estrangeiros, especialmente europeus, responsáveis por número cada vez maior de agendamentos junto ao Instituto Estadual de Florestas (IEF)”. O empresário e turismólogo Fabiano Mata Machado Alkimim, de 59 anos, ficou impressionado com a riqueza de aves do parque e vê na atividade de observação também grande potencial a ser explorado no Norte de Minas. “Eu sempre morei em roça, tenho propriedade na Serra do Cipó, ou seja, gosto de estar próximo à natureza, então, aceitei o convite para observar aves pela primeira vez com a certeza de que me apaixonaria, e não deu outra”, disse em tom de contentamento. Ele afirma que a riqueza do patrimônio natural do Parque Estadual da Lapa Grande superou suas expectativas. Ele disse ter ficado impressionado como os guias, ambientalistas e pesquisadores guardam tantas informações de cada uma das espécies. “Vejo um grande potencial a ser explorado no Norte de Minas com relação à observação de aves, tanto é verdade que estou aqui hoje”. SERVIÇO O Parque Estadual da Lapa Grande possui centro de visitantes e área de convivência e trilhas estruturadas e sinalizadas em português. A visitação acontece de terça a sexta-feira, das 8h às 16h, realizada com agendamento prévio para instituições de ensino, associações e ONGs. Para observação de vida silvestre, é aberto também aos sábados, domingos e feriados. O valor da entrada é R$ 5 e o estacionamento é gratuito. Mais informações e agendamento pelo e-mail pelapagrande@meioambiente.mg.gov.br ou aneliza.melo@meioambiente.mg.gov.br ou pelo telefone (38) 2101-6850/99869-3468. Paixão pelas aves Tanto no