Argentina é convidada para reunião do G7; Brasil é ignorado por anfitrião

É UMA VERGONHA ATRÁS DA OUTRA – Nação vizinha foi chamada a participar pela Alemanha. Foram convidados ainda África do Sul, Índia, Indonésia e Senegal. Isolamento internacional do Brasil por causa de Bolsonaro gera constrangimento no Itamaraty Aumenta ainda mais o isolamento internacional do Brasil. O país estará fora da próxima reunião do G7, clube dos sete países mais ricos do mundo, que será realizada em Schloss Elmau, na Alemanha, entre os dias 26 e 28 deste mês. A Argentina foi o único país da América Latina convidado pelo chanceler Olaf Scholz e teve o chamado aprovado pelo Bundestag, o parlamento alemão. África do Sul, Índia, Indonésia e Senegal foram os outros convidados pelos anfitriões. O desprezo dispensado ao Brasil governado pelo extremista Jair Bolsonaro e sua agenda de pautas e posturas incivilizadas vem legando à nação, que tinha um dos corpos diplomáticos mais respeitados do mundo, um esquecimento doloroso e constrangedor. No primeiro ano de governo do líder brasileiro de extrema-direita, 2019, o encontro do G7 foi em Biarritz, na França, e o país também foi deixado de fora, da mesma forma que na cúpula seguinte, em Cornwall, no Reino Unido, 2021. O encontro de 2020, que seria em Camp David, nos EUA, precisou ser cancelado por conta da pandemia. Embora não exista um critério claro para convidar nações de fora do G7, o país anfitrião, responsável por chamar os Estados convidados para a cimeira, considera normalmente o papel de destaque na comunidade internacional dessas nações. Com o isolamento total do Brasil no cenário mundial e suas políticas radicais e conflituosas adotadas a partir da chegada de Bolsonaro ao poder, cada vez mais as autoridades de Brasília vêm sendo deixadas de fora de qualquer encontro multilateral. Desta vez, caberá ao presidente Alberto Fernández representar a região na confraria dos países ricos. Revista Fórum
Com ampla vantagem Gustavo Petro disputa 2º turno com “Trump colombiano”

O candidato de esquerda, da Coalizão Pacto Histórico, faz história na Colômbia e chega ao segundo turno como favorito Com 40,32% dos votos, em 99,99% das urnas apuradas, o candidato de esquerda, Gustavo Petro, da Coalização Pacto Histórico, confirmou o favoritismo apontado nas pesquisas e ficou em primeiro na eleição presidencial da Colômbia, realizada neste domingo (29). Ele vai disputar o segundo turno, no dia 19 de junho, com Rodolfo Hernández, da Liga de Governantes Anticorrupção, conhecido como “Trump colombiano”, com 28,15%. Na terceira colocação ficou o candidato de direita, Federico Gutiérrez, da Coalizão Equipe pela Colômbia, com 23,91% dos votos. O adversário de Petro no segundo turno tem 77 anos, se autodenomina “Engenheiro Rodolfo Hernández”. Porém, é mais conhecido no país como o “Trump colombiano”, que, com sua fortuna, se apresentando como um outsider. Conheça mais sobre Petro e sua vice, Francia Márquez Gustavo Petro é formado em Economia. Foi prefeito de Bogotá e ex-guerrilheiro do grupo M-19, que atuava na luta armada. Em 2016, Petro foi um dos grandes articuladores da construção do acordo de paz do Estado com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), assinado em 2016 pelo então presidente Juan Manuel Santos. O grupo do qual Gustavo Petro fazia parte, o M-19, também foi beneficiado por um acordo semelhante ao assinado com as Farc, mas que se deu na década de 1990. Desde então, Petro atua na política convencional. A candidata a vice de Petro é Francia Márquez. Ela nasceu em La Toma Suárez, região de Cauca, no Oeste da Colômbia, e começou a ganhar destaque na cena política do país ao denunciar a mineração ilegal do Ouro, que afeta o ecossistema do rio Ovejas e mais de 250 mil pessoas de sua comunidade. Em 2018, Francia convocou um ato que lhe renderia o Prêmio Ambiental Goldman 2018 (conhecido como Nobel Ambienta). Ela reuniu 80 mulheres de sua região e, juntas, caminharam por dez dias cerca de 350 quilômetros até Bogotá. O ato tinha por objetivo fazer com que as autoridades “ouvissem” as demandas do movimento. Conhecida por ter uma retórica contundente e direta, Francia tem como bandeiras prioritárias o fim da desigualdade econômica das mulheres, a descriminalização do aborto, presença do Estado em regiões periféricas, erradicação do racismo estrutural e preservação do meio ambiente e da “mãe terra”, com ela costuma dizer. Revista Fórum
Atirador mata 19 crianças em escola primária na cidade de Uvalde, nos EUA

O agressor “atirou e matou, de forma horrível e incompreensível”, disse o governador do Texas – Allison Dinner / AFP Ao menos 21 pessoas foram assassinadas nesta terça-feira (24/05) durante um ataque armado em uma escola primária de Uvalde, cidade com 15 mil habitantes no sul do estado americano do Texas. O agressor “atirou e matou, de forma horrível e incompreensível”, disse o governador do Texas, Greg Abbott, em uma entrevista coletiva. Foram ao menos 19 crianças mortas e dois adultos, entre eles ao menos um professor. Segundo autoridades, o suspeito, identificado como Salvador Ramos, de 18 anos, foi morto em seguida por oficiais que reagiram ao ataque. Ele era morador de Uvalde e estava armado com um revólver e um fuzil semiautomático, disseram investigadores. Autoridades afirmaram ainda que, antes de partir em direção à escola, o suspeito atirou em sua avó – que foi transportada com vida a um hospital. O atentado foi iniciado às 11h32 locais (9h32 em Brasília), segundo a polícia, na Robb Elementary School, que ensina crianças de 7 a 10 anos de idade. Ainda não há confirmação sobre o número de feridos. O presidente americano, Joe Biden, que estava retornando de uma viagem à Ásia, foi informado sobre o ataque e “continuará a ser informado regularmente à medida que informações fiquem disponíveis”, disse a Casa Branca, que deixou a bandeira do país à meia-haste em luto pelas vítimas. “Suas orações estão com as famílias impactadas por este terrível evento, e ele falará esta noite quando voltar à Casa Branca”, disse Karine Jean-Pierre, a assessora de imprensa da Casa Branca. A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou após o atentado em Uvalde que “já basta”. “Precisamos ter a coragem de agir”, disse. O atentado é o pior em escolas americanas desde dezembro de 2012, quando um homem de 20 anos matou 26 pessoas, incluindo 20 estudantes, em uma escola primária em Connecticut. Surto de violência armada O ataque de terça-feira ocorreu menos de duas semanas depois que um atirador branco matou dez negros em um supermercado na segunda maior cidade do estado de Nova York, Buffalo. Biden definiu o ataque em Buffalo como um ataque terrorista. Os Estados Unidos têm sofrido repetidos ataques em massa e violência armada. De acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), foram registrados 19.350 homicídios com armas de fogo em 2020, um aumento de quase 35% em comparação com o ano anterior. Ainda assim, regras mais duras para controlar o acesso a armas fogo não conseguiram ser aprovadas no Congresso americano.
Varíola de macacos – doença rara acende alerta da Organização Mundial de Saúde

Homem brasileiro é o primeiro a ser infectado pelo vírus da varíola do macaco na Alemanha A infecção por varíola de macacos, doença que apareceu na Europa e recentemente nos Estados Unidos, tem preocupado a OMS (Organização Mundial de Saúde). A doença, comum de países africanos, apareceu em novos locais que ficam fora de seu ciclo epistemológico, entre eles, um brasileiro de 26 anos que está na Alemanha. A OMS afirma que está trabalhando com os países envolvidos e monitorando os novos casos. De acordo com a organização, a doença também conhecida por Monkeypox é uma enfermidade viral rara que geralmente ocorre em partes florestais da África central e ocidental. Porém, recentemente, casos da varíola dos macacos têm sido detectados em países como Canadá, Grã-Bretanha, Itália, Irlanda do Norte e Espanha. O primeiro país a relatar casos da doença foi o Reino Unido, no dia 7 de maio. Autoridades alemãs identificaram o vírus pela primeira vez no país em um brasileiro que chegou à Alemanha vindo de Portugal, após passar pela Espanha. Segundo o Instituto de Microbiologia da Bundeswehr, ligado às Forças Armadas alemãs, o vírus foi detectado na quinta-feira (19). Também na quinta-feira autoridades portuguesas confirmaram ter identificado cinco casos da infecção por varíola dos macacos. Os serviços de saúde da Espanha estão testando 23 casos em potencial, depois que o Reino Unido colocou a Europa em alerta para o vírus. A doença Os sintomas da enfermidade incluem febre, dores de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo. A maioria das pessoas infectadas costuma recuperar-se em algumas semanas. Ainda segundo a OMS, a Monkeypox é transmitido durante o contato próximo entre indivíduos por meio de lesões cutâneas infectadas, gotículas exaladas ou fluidos corporais, incluindo contato sexual, ou com materiais contaminados. “A OMS está trabalhando com os países envolvidos – facilitando o compartilhamento de informações e apoiando a detecção de casos e a investigação de eventos. Ele continua a monitorar de perto a situação em rápida evolução e produzirá edições atualizadas do Disease Outbreak News sobre a varíola dos macacos à medida que novas informações estiverem disponíveis”, diz a Organização em comunicado. Agência Brasil
Rússia proíbe que Joe Biden e secretário de Estado dos EUA entrem no país

Mais de 960 cidadãos norte-americanos estão entre os alvos da medida A Rússia anunciou neste sábado (21) que proibiu a entrada no país de 963 norte-americanos, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o secretário de Estado, Antony Blinken, e o chefe da CIA, William Burns. As proibições de viagem têm apenas um impacto simbólico, mas fazem parte de uma constante espiral descendente nas relações da Rússia com os Estados Unidos e seus aliados desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro
Elon Musk: a compra do Twitter e o ‘direito’ de ofender e mentir

O anúncio da compra do Twitter pelo bilionário norte-americano Elon Musk trouxe um misto de tristeza e revolta para quem luta contra as fake news e uma alegria incontida para a extrema-direita em todo o mundo. Mas é preciso uma análise que vá além da dicotomia e dos 280 caracteres. A partir das declarações do próprio Elon Musk surgem pelo menos algumas motivações para a compra e uma provável mudança na curadoria de conteúdo dessa plataforma. Por Renata Mielli* e Gustavo Alves** Esse pressuposto é fundamental para entender porque um bilionário que não tem nenhuma atuação nas plataformas de tecnologia resolveu investir US$ 43 bilhões numa empresa avaliada em pouco mais de US$ 38 bilhões e que no ano passado registrou um prejuízo líquido de US$ 221 milhões. A primeira constatação é que ele comprou a empresa para acabar com o pouco de conquistas que a sociedade obteve no processo recente de pressão para que as Big Techs desenvolvessem algum contrapeso para reduzir a disseminação de desinformação e discurso de ódio. Isso escamoteado pelo argumento da defesa fundamentalista da “liberdade de expressão”, vista como um direito absoluto e que inclusive se sobrepõe a outros direitos. Mas é preciso enfrentar essa retórica oportunista e não ficar na defensiva para afirmar que não existem direitos absolutos, que estabelecer limites para o exercício desta liberdade é tão fundamental quanto a sua própria existência. Não cabe na liberdade de expressão, por exemplo, racismo, homofobia, apologia à morte ou aniquilação de grupos sociais, discursos que atentem contra a vida. Nada disso é opinião que possa ser livremente expressada. Nem em espaços privados como círculos de amigos ou familiares, muito menos em ambientes nos quais se realiza o debate público, como no caso das Plataformas de Redes Sociais. Por isso, quem defende – como Musk, que o Twitter e outras plataformas sejam “arenas livres”, na prática estão colocando em risco as poucas conquistas que a sociedade conseguiu avançar no debate sobre a necessidade de haver mais regras sobre a atividade dessas plataformas, como o reconhecimento tímido do papel deletério da amplificação algorítmica pelas plataformas. Sob pressão da sociedade, o Twitter patrocinou um estudo para entender qual a possibilidade de seu algoritmo valorizar ou impulsionar uma determinada ideologia política e embora o Twitter tenha divulgado as descobertas da pesquisa em outubro de 2021, só agora o estudo foi publicado na revista PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences, publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos), após ter sido revisado por outros cientistas. O estudo analisou uma amostra de 4% de todos os usuários do Twitter que foram expostos ao algoritmo (mais de 46 milhões) e também analisou um grupo de controle de 11 milhões de usuários que nunca receberam tweets recomendados automaticamente em sua timeline. A face visível da ação do algoritmo do Twitter é a exposição entre as postagens das contas que você segue, tweets marcados como “você pode gostar”. Ou seja, o algoritmo está recomendando conteúdo para você. Isso é feito usando os dados da sua atividade anterior na plataforma, como os tweets que você curtiu ou retuitou. Uma equação estatística aplicada a estes dados lastreia o “aprendizado de máquina”. Assim o computador, em tese, aprende automaticamente com as preferências do usuário e aplica isso a dados que o sistema não viu antes. Mas existe um fantasma presente nessas equações: o viés. Que segundo esse estudo reforça preconceitos humanos e amplificou os discursos de “direita”. O estudo analisou o efeito de “amplificação algorítmica” em tweets de 3.634 políticos eleitos de sete países com grande base de usuários no Twitter: EUA, Japão, Reino Unido, França, Espanha, Canadá e Alemanha. A pesquisa mostrou que em seis dos sete países (a Alemanha foi a exceção), o algoritmo favoreceu significativamente a amplificação de tweets de fontes politicamente inclinadas à direita. No Canadá por exemplo, os tweets dos liberais foram amplificados em 43%, contra os dos conservadores em 167% e no Reino Unido os tweets dos trabalhistas foram amplificados em 112%, enquanto os conservadores foram amplificados em 176%. Outro aspecto revelado pelo estudo foi amplificação algorítmica de notícias políticas. O estudo analisou a amplificação algorítmica de 6,2 milhões de notícias políticas compartilhadas nos EUA. E chegou à conclusão que a amplificação das notícias também segue o mesmo padrão. Ou seja, há uma exposição maior dos conteúdos de direita, fake news e desinformação. Esse estudo só foi realizado graças a intensa cobrança da sociedade e após a tentativa de invasão do Congresso americano pela turba fascista alimentada por Trump. Pois bem, quando se começa a vislumbrar a chance de se entender como os algoritmos alimentam a disseminação de desinformação e discurso de ódio, eis que surge Elon Musk. Musk é mais um expoente dos fundamentalistas da liberdade de expressão. Para ele, não deve haver limites, o que significa que não deve haver qualquer tipo de moderação sobre o que se diz nas redes sociais. Outro defensor dessa tese é o presidente Bolsonaro. Segundo Musk, ele quer transformar o Twitter numa “arena de livre discurso”. Ele afirma que irá democratizar o Twitter apostando na abertura do código fonte (a programação interna do Twitter) para que os mecanismos de operação sejam conhecidos e explorados por programadores. Uma promessa vazia cheirando a “Ouro de Tolo” feita pela mesma pessoa que usou sua conta para atacar pessoas transgêneros e as políticas de combate à transmissão da Covid-19. A liberdade de expressão tem sido usada – de forma tão indevida, oportunista e equivocada – por expoentes da extrema direita, bilionários e representantes do grande capital. A economia atual é dinamizada pelo modelo de negócios que usa o discurso como mobilizador da atenção. E o que chama mais atenção é o discurso de ódio, é o preconceito, é a polarização social baseada em grupos que se comportam como torcedores raivosos e não como cidadãos que discutem temas de interesse público e social. Somos todos sugados pela força centrípeta dos estímulos incessantes provocados pelas redes de alienação e agimos como autômatos reproduzindo, curtindo,
Derrota da extrema-direita – Emmanuel Macron é reeleito presidente da França

Atual presidente foi reeleito com 58,2% dos votos válidos diante de 41,8% da candidata da extrema direita, de acordo com os primeiros resultados divulgados neste domingo (24). Pela segunda vez consecutiva, Emmanuel Macron, do partido República em Marcha, venceu as eleições presidenciais na França contra Marine Le Pen (Reunião Nacional). De acordo com a Rádio França Internacional, Macron obteve 58,2% dos votos válidos diante de 41,8% da candidata da extrema direita. As projeções divulgadas no início da noite são uma estimativa realizada por institutos de pesquisa a partir da apuração de votos de uma mostra de seções de eleitores em todos os territórios do país. Os números serão aprimorados ao longo da noite conforme a apuração avance. Segundo esses primeiros dados, após uma campanha marcada pela guerra na Ucrânia e pela alta da inflação, que afetou o poder aquisitivo da população, os franceses decidiram apostar novamente em Emmanuel Macron. Muitos dos eleitores de Macron foram às urnas para bloquear a chegada ao poder da extrema direita, com a candidata Marine Le Pen, que admitiu a derrota minutos após o fechamento das urnas. Macron é o primeiro presidente a ser reeleito na França desde o conservador Jacques Chirac (1995-2007). “Obrigado por estarem aqui novamente”, disse aos mesários após votar na cidade costeira de Le Touquet, no norte francês, neste domingo, de acordo com o portal G1. Marine Le Pen já havia votado mais cedo em seu reduto de Hénin-Beaumont, também no norte do país. Com informações dos portais da RFI e do G1.
Argentina anuncia retomada de relações diplomáticas com Venezuela

Os presidentes de Argentina e Equador em coletiva de imprensa – Casa Rosada O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou nesta segunda-feira (18/04) que pretende retomar relações diplomáticas com a Venezuela e pediu que os países da América Latina façam o mesmo. A declaração aconteceu em um encontro entre Fernández e Guillermo Lasso, presidente do Equador, em Buenos Aires. “Como primeiro passo, a Argentina quer recuperar plenamente seus laços diplomáticos com a Venezuela”, disse o presidente, afirmando que os demais países latino-americanos devem revisar suas decisões em relação ao assunto. O governo argentino havia rompido os laços diplomáticos com a Venezuela em 2017, durante a gestão de Mauricio Macri. Na época, o então presidente integrou a Argentina no Grupo de Lima, que reconhecia uma crise no país governado por Nicolás Maduro e buscava uma solução para tal. Com a entrada da Argentina na organização, o país passou a reconhecer Juan Guaidó como presidente da Venezuela, estremecendo as relações com Maduro. Quando Fernández assumiu a presidência, o país saiu do Grupo de Lima. No entanto, continuou a apoiar relatórios da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, em relação a supostas violações de direitos humanos cometidas pelo governo venezuelano. Porém, além da declaração de restabelecimento de laços diplomáticos, o presidente argentino elogiou o trabalho conjunto entre a Venezuela e Bachelet, que chegaram a acordos sobre os supostos abusos no país. “Muitos desses problemas foram se dissipando com o tempo”, acrescentou o governante argentino. Ao mesmo tempo, Fernández destacou o avanço das autoridades constitucionais venezuelanas. “Eles estão avançando em seu processo eleitoral e acreditamos que é hora de ajudar a Venezuela para que o diálogo recupere seu funcionamento normal”, declarou. O chefe de Estado da Argentina ainda falou sobre a necessidade de os países latino-americanos enviarem seus diplomatas a Caracas. Já Lasso, que estava ao lado de Fernández, saiu pela tangente e disse que o Equador iria “analisar e considerar” a ideia. “Ainda não estamos prontos para tomar uma decisão, mas agradecemos o apelo do presidente Fernández”, afirmou o chefe de Estado do Equador. O encontro entre os dirigentes da Argentina e Equador também resultou no acordo de um “Programa de Fraternidade” na América Latina e Caribe através da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) com o objetivo de uma “unidade plena” a fim de “acabar com a pobreza e fortalecer as democracias”, segundo Fernández. Via Brasil de Fato
França: Macron vai disputar 2° turno contra extremista Le Pen

DW – Emmanuel Macron e a extremista de direita Marine Le Pen vão se enfrentar no segundo turno das eleições presidenciais francesas. Segundo pesquisa boca de urna Ipsos, Macron recebeu 28,5% dos votos, e Le Pen, 23,6%. O independente de esquerda Jean-Luc Mélenchon ficou em terceiro lugar, com 20,3%%, após passar os últimos dias pregando “voto útil” para barrar a presença Le Pen no segundo turno. Em quarto lugar ficou independente de extrema direita Éric Zemmour, com 7%, seguido de Valérie Pécresse, da direita tradicional, que conquistou 4,8% dos votos.. Cinco pulverizadas candidaturas de esquerda, entre ecologistas e anticapitalistas, receberam cerca de 13% dos votos. A escolha dos franceses de levar Macron e Le Pen ao segundo turno repete o duelo do pleito de 2017, que havia marcado a ascensão meteórica de Macron para a Presidência francesa como o mais jovem ocupante do cargo na história. O duelo ainda coloca mais uma vez frente a frente duas visões opostas sobre o futuro da França, a identidade do país e seu espaço na União Europeia. Para Macron, que busca um segundo mandato – algo que um presidente francês não consegue desde 2002 –, o duelo final será uma espécie de plebiscito sobre seus últimos cinco anos de governo e um teste para o centro político francês se apresentar mais uma vez como uma muralha viável contra a extrema direita. Pró-europeu e reformista, Macron tem como vantagem apresentar bons números de crescimento econômico. Por outro lado, acumula críticas pela falta de medidas para conter a queda do poder aquisitivo dos franceses – tema que dominou a campanha e se aprofundou com os efeitos da guerra na Ucrânia, mas que remonta aos protestos dos “coletes amarelos” de 2018. Para Marine Le Pen, o duelo do segundo turno deve ser o teste final da viabilidade de sua estratégia de “normalização”, iniciada antes mesmo do pleito de 2017, que deixou em segundo plano aspectos mais explícitos da sua agenda de extrema direita e focou mais em temas sociais – em alguns casos se apropriando de pautas de esquerda. Mas críticos observam que as mudanças são apenas cosméticas, e que o velho extremismo xenófobo e anti-UE de Le Pen e seu grupo permanece o mesmo. Os resultados ainda indicam que a eventual conquista do apoio de eleitores de esquerda, dispersados em seis candidaturas de esquerda no primeiro turno, vai ser decisivo para ambos os candidatos no segundo turno. Déjà vu O pleito tem sido marcado por uma sensação de déjà vu. Foi a terceira vez que Le Pen e Mélenchon se apresentaram como candidatos. E também a terceira vez que um candidato de extrema direita passa para o segundo turno, disparando alertas em Bruxelas e reavivando o temor que a segunda maior economia do bloco possa ser comandada por uma extremista anti-UE. Macron, que capturou a eleição de 2017, apresentando-se como um jovem independente com um discurso otimista pró-europeu, também já não pôde contar com a vantagem de se apresentar como uma novidade no sistema político. E novamente partidos tradicionais de esquerda e direita, que por décadas dominaram a política francesa e se alternaram no poder, agonizaram nas urnas, assim como ocorreu em 2017, ficando mais uma vez de fora do segundo turno. Combinados, o Partido Socialista (PS) e Os Republicanos conquistaram menos de 7% dos votos neste domingo. O pleito também voltou a ocorrer em meio a um cenário externo tumultuado. Em 2017, eram acontecimentos recentes como o “Brexit” e a eleição de Donald Trump nos EUA que forneciam apreensão adicional. Desta vez, o pano de fundo é formado pelos efeitos ainda persistentes da pandemia e a guerra de agressão russa na Ucrânia.
Will Smith dá tapa no rosto de Chris Rock após piada na premiação do Oscar 2022

O ator Will Smith agrediu o comediante Chris Rock com um tapa no rosto durante a cerimônia de premiação do Oscar 2022, realizada na noite deste domingo (27) em Los Angeles, nos Estados Unidos. CNN Brasil Enquanto apresentava o prêmio de melhor documentário, Rock fez uma piada envolvendo a cabeça raspada de Jada Pinkett Smith, esposa de Will Smith. Jada, que também é atriz, já disse publicamente que sofre de alopecia, uma doença que leva à perda de cabelo. Após a piada, Will Smith levantou de sua cadeira e se dirigiu ao palco, danado um tapa no rosto de Rock. A repórter da CNN Stephanie Elam afirmou que conseguiu ouvir o barulho da agressão. Smith também teria dito duas vezes: “mantenha o nome da minha esposa fora de sua boca”. O incidente gerou um clima de constrangimento no teatro onde a cerimônia foi realizada. A estrela de “À Procura da Felicidade” se mostrou arrependida quando voltou aos palcos logo depois, para receber o Oscar de melhor ator por seu papel como Richard Williams, pai de Vênus e Serena Williams, no filme “King Richard”. Durante seu discurso emocionado, Smith se desculpou com a Academia e seus colegas indicados pelo incidente, mas não mencionou Rock pelo nome. Embora o incidente tenha dividido opiniões nas redes sociais, com muitos argumentando que ele deveria ser acusado de agressão, seu filho de 23 anos, Jaden Smith, compartilhou um tweet logo após o incidente, que dizia: “E é assim que fazemos”.