PF prende militares kids pretos e policial federal que planejavam assassinar Lula

Além de Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes também eram alvos da organização criminosa que planejava um golpe de Estado A Polícia Federal (PF) prendeu, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (19), quatro militares do Exército Brasileiro e um policial federal que planejavam um golpe de Estado no Brasil. A organização criminosa tinha planos, ainda, para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As prisões foram realizadas na operação “Contragolpe”, deflagrada pela PF após autorização de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado no país entre o final de 2022 e início de 2023. Os militares presos por planejarem o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes, da ativa e da reserva, compõem as Forças Especiais do Exército Brasileiro, especializadas em operações de alto risco e sigilo – esses militares são conhecidos como “kids pretos”. “As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE). Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos. Ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado”, detalha a PF. Segundo os investigadores, a organização criminosa mantinha um planejamento com o detalhamento de recursos que seriam necessários para a consumação do golpe de Estado e dos assassinados, e previa ainda a instalação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” que seria composto pelos próprios golpistas após as ações criminosas. Um dos presos pela PF nesta terça foi assessor de Jair Bolsonaro até 2022 e, atualmente, integra a equipe do deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Confira a nota da PF sobre a operação e as prisões “A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19/11) a Operação Contragolpe, para desarticular organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito nas Eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário. As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE). Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos. Ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado. O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações. Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, e a suspensão do exercício de funções públicas. O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. Os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa”. Quem são os ‘kids pretos’ Os chamados “kid pretos”, segundo a PF, estiveram em reuniões que tinham o intuito de delinear estratégias para a ofensiva golpista, segundo a PF. Nos ataques de 8 de janeiro de 2023, chamou a atenção de investigadores a presença de manifestantes com balaclavas e desenvoltura na linha de frente da invasão. Um grupo organizou uma ofensiva para furar o bloqueio da Polícia Militar, orientou manifestantes a entrar no Congresso pelo teto, transformando gradis em escadas, e os instruiu a acionar mangueiras para diminuir os efeitos das bombas. Destroços de uma granada de gás lacrimogêneo usada em treinamentos militares foram encontrados, segundo a CPI dos Atos Golpistas. O apelido “kids pretos” , segundo o Exército, é um nome informal atribuído aos militares de operações especiais, por usarem um gorro preto. Nos livros de história militar, o termo faz referência ao codinome utilizado para definir o comandante da unidade que combateu guerrilheiros do Araguaia. Para integrar as forças especiais, o interessado precisa ser sargento ou oficial e fazer cursos de paraquedista, por seis semanas, e de “ações de comandos”, que dura quatro meses e é a etapa mais dura. Um exercício comum é ficar em ambientes fechados com gás lacrimogêneo sem máscara. Restrições de sono e de alimentação também integram a rotina, além de testes físicos. Há ainda uma terceira fase com foco estratégico. Um exemplo de ação desta etapa, que leva cinco meses, é a infiltração em outro estado por meio de salto de paraquedas para, em simulações, cumprir determinada missão, como o resgate de um refém. Os “kids pretos” também já atuaram em operações de grande porte, como a missão no Haiti, e eventos como a Copa do Mundo — neste último caso, dedicados a evitar ataques terroristas. O efetivo é reduzido: a maior parte fica no 1º Batalhão de Forças Especiais, em Goiânia. O Exército não informa a quantidade exata, mas estimativas apontam para 400 militares. Há, ainda, a 3ª

‘Maior legado’: no G20, Lula lança aliança global para erradicar a fome e a pobreza

A ideia é que os países possam se articular em torno de recomendações internacionais, políticas públicas e fontes de financiamento para erradicar as injustiças sociais O presidente Lula (PT) lançou oficialmente, nesta segunda-feira 18, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O anúncio foi feito durante a recepção aos líderes mundiais que participam da cúpula do G20, no Rio de Janeiro. A proposta foi idealizada pelo Brasil com o objetivo de acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza, prioridades centrais nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Lula esclareceu que a ideia é que os países possam se articular em torno de recomendações internacionais, políticas públicas eficazes e fontes de financiamento para erradicar as injustiças sociais da fome e pobreza. A iniciativa já reúne 82 países, sendo 19 membros do G20. A Argentina foi o último país do grupo a formalizar a sua adesão, nesta segunda-feira, segundo informações da agência AFP Além dos países, aderiram a União Europeia e a União Africana, ambas integrantes do bloco, além de 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras e 31 entidades filantrópicas e não governamentais “Este será o nosso maior legado”, destacou Lula, que constatou um cenário de piora das desigualdades desde a reunião de líderes do G20 realizada em 2008, em Washington, nos Estados Unidos. “Não se trata apenas de fazer justiça. Essa é uma condição imprescindível para construir sociedades mais prósperas e um mundo de paz.” “Vivemos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra, recorde de deslocamentos forçados, fenômenos climáticos extremos, desigualdades crescentes e uma pandemia que tirou mais de 15 milhões de vidas. O símbolo dessa tragédia é a fome e a pobreza”, disse Lula, citando um dado da FAO: em 2024, 733 milhões de pessoas seguem subnutridas. “Em um mundo que produz quase 6 bilhões de toneladas de alimentos por ano, isso é inadmissível. Em um mundo cujos gastos militares chegam a 2,4 trilhões de dólares, isso é inaceitável. A fome e a pobreza não são resultado da escassez ou de fenômenos naturais”, completou O presidente frisou ainda que a aliança nasce no G20 mas que seu destino é global. “Compete aos que estão aqui em volta desta mesa a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade”, finalizou. Leia o discurso na íntegra: Caros Chefes de Estado e de Governo, Dirigentes de Organizações Internacionais, Demais Chefes de Delegação, Minhas amigas e meus amigos, Primeiro, eu quero agradecer a generosidade da presença de vocês transformando o Rio de Janeiro na capital do mundo neste nestes dias 18 de novembro e dia 19 de novembro. É muito importante o que vamos discutir aqui e eu tenho certeza que, se nós assumirmos a responsabilidade sobre esses assuntos da fome e da pobreza, nós poderemos ter sucesso em pouco tempo. Por isso, eu quero dizer a todos vocês: sejam bem-vindos ao Rio de Janeiro, aproveitem esta cidade que é conhecida como a Cidade Maravilhosa. Esta cidade é a síntese dos contrastes que caracterizam o Brasil, a América Latina e o mundo. De um lado, a beleza exuberante da natureza sob os braços abertos do Cristo Redentor. Um povo diverso, vibrante, criativo e acolhedor. De outro, injustiças sociais profundas. O retrato vivo de desigualdades históricas persistentes. Estive na primeira reunião de líderes do G20, convocada em Washington no contexto da crise financeira de 2008. Dezesseis anos depois, constato com tristeza que o mundo está pior. Temos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial e a maior quantidade de deslocamentos forçados já registrada. Os fenômenos climáticos extremos mostram seus efeitos devastadores em todos os cantos do planeta. As desigualdades sociais, raciais e de gênero se aprofundam, na esteira de uma pandemia que ceifou mais de 15 milhões de vidas. Segundo a FAO, em 2024, convivemos com um contingente de 733 milhões de pessoas ainda subnutridas. É como se as populações do Brasil, México, Alemanha, Reino Unido, África do Sul e Canadá, somadas, estivessem passando fome. São mulheres, homens e crianças, cujo direito à vida e à educação, ao desenvolvimento e à alimentação são diariamente violados. Em um mundo que produz quase 6 bilhões de toneladas de alimentos por ano, isso é inadmissível. Em um mundo cujos gastos militares chegam a 2,4 trilhões de dólares, isso é inaceitável. A fome e a pobreza não são resultado da escassez ou de fenômenos naturais. A fome, como dizia o cientista e geógrafo brasileiro Josué de Castro, “a fome é a expressão biológica dos males sociais”. É produto de decisões políticas, que perpetuam a exclusão de grande parte da humanidade. O G20 representa 85% dos 110 trilhões de dólares do PIB mundial. Também responde por 75% dos 32 trilhões de dólares do comércio de bens e serviços e dois terços dos 8 bilhões de habitantes do planeta. Compete aos que estão aqui em volta desta mesa a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade. Por isso, colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Este será o nosso maior legado. Não se trata apenas de fazer justiça. Essa é uma condição imprescindível para construir sociedades mais prósperas e um mundo de paz. Não por acaso, esses são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 1 e 2 da Agenda 2030. Com a Aliança, vamos articular recomendações internacionais, políticas públicas eficazes e fontes de financiamento. O Brasil sabe que é possível. Com a participação ativa da sociedade civil, concebemos e implementamos programas de inclusão social, de fomento da agricultura familiar e da segurança alimentar e nutricional, como o nosso Bolsa Família e o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Conseguimos sair do Mapa da Fome da FAO em 2014, para o qual voltamos em 2022, em um contexto de desarticulação do Estado de bem-estar social. Foi com tristeza que, ao voltar ao governo, encontrei um país com 33 milhões de pessoas famintas. Em um ano e onze meses, o retorno desses programas já

Presidente Lula promete zerar fome no Brasil até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu neste sábado (16) que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro. “Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”. O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda (18) e terça-feira (19), acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20. “Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão política. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”. O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

Extremista de direita – Quem é o homem por trás das explosões em Brasília?

As explosões que abalaram Brasília na noite desta quarta-feira (13) deixaram o país em estado de alerta. Um homem se explodiu nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), e um carro carregado de fogos de artifício detonou no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Mas quem é o responsável por esses atos que desafiam a segurança nacional? O principal suspeito é Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, conhecido como Tiü França. Chaveiro de profissão e ex-candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo Partido Liberal (PL) em 2020, Francisco deixou sua cidade natal após desentendimentos familiares, segundo relatos de seu filho adotivo, Guilherme Antônio. Nas redes sociais, Francisco vinha manifestando posições extremistas e insatisfações políticas. Em publicações recentes, ele fez ameaças explícitas, mencionando “comunistas de merda” e indicando planos de ataques com explosivos contra figuras públicas e instituições. Em uma de suas postagens, ele declarou: “Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda. Testemunhas relataram que, antes de se explodir, o homem tentou lançar um artefato explosivo contra a estátua da Justiça em frente ao STF. Laiana Costa, funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU), contou que viu o momento em que o indivíduo acionou a bomba: “Quando olhei para trás, o homem jogou algo perto da estátua da Justiça e logo caiu”. A situação gerou pânico e levou ao isolamento da Praça dos Três Poderes. Sessões no Congresso Nacional foram suspensas, e autoridades intensificaram a segurança na região. Um drone também caiu nas proximidades da Câmara dos Deputados, aumentando as suspeitas de possíveis ataques coordenados. O episódio levanta questões sobre a segurança nas instituições democráticas e a radicalização política no país. As autoridades investigam se Francisco agiu sozinho ou se há outros envolvidos. Enquanto isso, a nação acompanha apreensiva os desdobramentos desse atentado que fere não apenas a integridade física dos locais atingidos, mas também a estabilidade democrática. É momento de reflexão sobre os caminhos que estamos trilhando e de reafirmar o compromisso com o diálogo e a paz. A intolerância e a violência não podem encontrar espaço em nossa sociedade.    

Velha mídia retoma discurso contra direitos dos trabalhadores

Não é de hoje que os barões da mídia brasileira se posicionam contra os direitos e garantias dos trabalhadores. Por Esmael Morais Recentemente, no contexto da campanha pelo fim da jornada 6×1, os grandes veículos de comunicação voltam a argumentar que a redução da carga horária pode gerar impactos negativos na economia, especialmente num momento de recuperação pós-pandemia. Mais uma vez, somos confrontados com esse velho discurso que visa proteger interesses que não são os do povo. É importante que o leitor tenha clareza sobre quem são esses porta-vozes. A velha mídia corporativa mantém relações intrínsecas com banqueiros e especuladores do mercado financeiro. Eles têm lado, e não é o do povo trabalhador. Em momentos importantes para a classe operária, os donos da mídia sempre se colocaram contra os interesses dos trabalhadores. Um exemplo clássico é a luta pelo 13º salário no início da década de 1960. Na época, O Globo estampou em sua manchete que o benefício seria “desastroso” para o país. O que vimos foi o oposto: uma injeção de renda que impulsionou a economia e melhorou a vida de milhões de famílias brasileiras. Neste cenário atual, a pergunta que não quer calar é: quem poderia imaginar que a mídia que foi contra o 13º salário agora se oporia ao fim da escala 6×1? A resposta é simples e está estampada nos interesses que esses veículos representam. Os patrões resistem ao fim da escala 6×1 porque querem manter a maximização de seus lucros, mesmo que isso signifique submeter os trabalhadores a jornadas exaustivas. A velha mídia, cúmplice desse sistema, presta um desserviço ao povo ao disseminar argumentos falaciosos que buscam justificar a manutenção de condições laborais precárias. Não podemos esquecer que essa mesma mídia propagou falsas promessas durante as reformas trabalhista e previdenciária. Em 2017, venderam a ideia de que a reforma trabalhista geraria 6 milhões de novos empregos. O resultado? O número de desempregados dobrou, chegando a 12 milhões. Na reforma da previdência, prometeram 10 milhões de empregos, mas o que vimos foi um aumento no número de idosos desamparados, transformados em pedintes e moradores de rua. O sistema de propriedade cruzada entre mídia e bancos forma um consórcio que não hesita em sacrificar os direitos dos trabalhadores em prol de seus próprios interesses. É um conluio que alimenta a desigualdade e perpetua a injustiça social. É hora de questionarmos esse discurso e de nos unirmos em defesa dos nossos direitos. A luta pelo fim da escala 6×1 não é apenas sobre jornadas de trabalho mais humanas; é sobre dignidade, respeito e reconhecimento do valor de cada trabalhador brasileiro A história nos mostra que conquistas importantes foram alcançadas através da resistência e da união. Não podemos permitir que os mesmos argumentos ultrapassados continuem a servir de obstáculos para o avanço dos direitos trabalhistas. Que estejamos atentos e mobilizados para enfrentar os desafios que se apresentam. A voz do povo precisa ser ouvida acima dos interesses daqueles que veem o trabalhador apenas como um meio para aumentar seus lucros.

Bolsa Família atinge metas de vacinação, pré-natal e nutrição

Beneficiários cumprem metas condicionantes do Programa. Vacinação atinge 98,99%, acompanhamento nutricional de crianças chega a 98,81% e pré-natal a 99,9% O Ministério da Saúde e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome apresentaram dados animadores sobres os beneficiários do Bolsa Família. Como forma de receberem o benefício as famílias assumem compromissos no que diz respeito à saúde em três áreas: cumprimento do calendário nacional de vacinação; acompanhamento do estado nutricional para os beneficiários que tenham até 7 anos de idade incompletos; e a realização de pré-natal das gestantes. Nos três casos os resultados ficaram acima da meta estabelecida. Na vacinação a cobertura chegou a 98,99% dos beneficiários. Quanto aos dados nutricionais 98,81 das crianças foram acompanhadas. Já quanto às gestantes, 574.388 foram localizadas e 99,9% está com o pré-natal realizado. Os dados fazem parte da 1ª Vigência de 2024 do Monitoramento das Condicionalidades de Saúde do Programa Bolsa Família. De acordo com o Ministério da Saúde, o acompanhamento das condicionalidades alcançou 81% da população beneficiária, enquanto a meta era de 80%. “Essa possibilidade de as equipes acompanharem as pessoas que são beneficiárias do Bolsa Família faz toda a diferença para o trabalho da equipe de Saúde da Família, que é garantir um bom desenvolvimento na primeira infância, garantir um atendimento adequado durante o pré-natal, garantir esse cuidado e estimular a equidade”, afirma o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço. Beneficiários identificados nas recentes versões do e-SUS APS já são monitorados quanto às condicionalidades do Programa Bolsa Família automaticamente ao serem atendidos. Como apontado pelo governo, atualmente, esse acompanhamento é feito de forma semanal e os alertas debatidos com os municípios. Essa força-tarefa de monitoramento foi importante para que “nenhum município apresentasse acompanhamento abaixo de 30% – entre os 5.570, apenas 6 deles apresentaram números entre 30% e 50%. Quase 90% das cidades (4.980) verificaram um acompanhamento superior a 75%”, traz comunicado. *Informações MS

Jornada de trabalho em todos os países do G7 é inferior à do Brasil

Média de carga horária semanal do país, de 39 horas, ainda é superior à Austrália, Argentina e Coreia do Sul, países do G20. Média mundial é de 38,2 horas semanais O fim da jornada 6 x 1 no Brasil (seis dias trabalhados por um de folga) entrou no debate público e deve ser apresentado como Proposta de Emenda Constitucional (PEC) na Câmara dos Deputados. Ainda que seja almejada uma redução das atuais 44 horas semanais para 36 horas – o que configuraria uma sonhada escala 4 x 3 -, o debate e a movimentação travada deve auxiliar para uma proposta já trabalhada pelo movimento sindical e movimentos sociais: a redução para 40 horas sem redução de salários. Para ilustrar o quanto o tema é necessário no país, é possível utilizar dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para mostrar que no Brasil trabalha-se muito mais do que em outros países. No caso, a média de horas trabalhadas no Brasil é superior à dos países do G7 (grupo de países mais desenvolvidos) e de metade dos países do G20. Enquanto no Brasil a média de horas semanais de trabalho fica em 39 horas, nos países do G7 é de: Canadá (32,1 horas), Alemanha (34,2), França e Reino Unido (35,9), Itália (36,6), Japão (36,6) e Estados Unidos (38). Estes dados servem para desmistificar a ideia de que em países desenvolvidos se trabalha mais. Pelo contrário. Como é possível observar, nestas localidades, trabalha-se menos, o trabalho é mais intensivo e produtivo, o que permite maior valorização da parte social pelos trabalhadores. O Brasil também está acima da média mundial que fica em 38,2 horas. E se por acaso estendermos o campo de comparação para os países do G20, o Brasil ainda fica atrás da Austrália (32,3), da Argentina (37) e da Coreia do Sul (38,6). No ranking com menores jornadas estão Vanuatu (24,7), Países Baixos ‘Holanda’ (31,6) e Etiópia 31,9. Confira abaixo os países em que a OIT atribuiu uma média no início de 2024. Jornada semanal média de trabalho por país: País Jornada (em horas) Butão 54,4 horas Emirados Árabes Unidos 50,9 Catar 48 Índia 46,7 China 46,1 Colômbia 44,2 Turquia 43,9 México 43,7 Peru 43,1 África do Sul 42,6 Angola 41,4 Cuba 41 Chile 40,4 Rússia 39,2 Brasil 39 Venezuela 38,7 Coreia do Sul 38,6 Israel 38,5 MÉDIAMUNDIAL 38,2 Portugal 38,2 Estados Unidos 38 Uruguai 37,3 Argentina 37 Espanha 36,7 Japão 36,6 Islândia 36,3 Itália 36,3 França 35,9 Reino Unido 35,9 Suíça 35,7 Irlanda 35,6 Luxemburgo 35,6 Suécia 35,3 Bélgica 35 Finlândia 34,4 Alemanha 34,2 Dinamarca 33,9 Noruega 33,7 Áustria 33,3 Nova Zelândia 33 Austrália 32,3 Canadá 32,1 Etiópia 31,9 Países Baixos 31,6 Vanuatu 24,7

Lupi: “se cortar direitos na previdência, não tenho como ficar no governo”

Presidente licenciado do PDT falou sobre os rumos da política brasileira e destacou a necessidade de o governo manter uma base de alianças Com o debate sobre a contenção de gastos no governo em alta, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deixou claro que não ficará na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso sejam feitos cortes nos benefícios previdenciários ou haja mudança na política de reajuste do salário mínimo. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Lupi foi taxativo ao defender os direitos dos beneficiários e afirmou: “Vou fazer o que com isso? Tirar direito adquirido? Não conte comigo. Vou baixar o salário? Não conte comigo. Vou deixar de ter ganho real (no salário mínimo)? Não conte comigo”. Lupi, que também é presidente licenciado do PDT, falou sobre os rumos da política brasileira e destacou a necessidade de o governo manter uma base de alianças sólida, inclusive de olho nas próximas eleições. Entre os pontos levantados, ele mencionou a resistência em relação a uma possível federação com o PSDB, partido cujo presidente, Marconi Perillo, elogiou as reformas trabalhista e previdenciária do governo Bolsonaro, o que Lupi considera ser uma barreira ideológica: “É conosco que vai fazer essa aliança? Somos a antítese dessas reformas, não tem afinidade ideológica”. Defesa da previdência e do equilíbrio fiscal A possível reestruturação orçamentária no Ministério da Previdência gera preocupação para o ministro. Ele afirma que o foco deve ser na cobrança de grandes devedores e no combate à sonegação, além de questionar as isenções fiscais, que, para ele, penalizam os que mais precisam dos serviços públicos. “O grande desafio é o equilíbrio fiscal. Como fazê-lo em cima da miséria do povo brasileiro? Quero discutir taxação das grandes fortunas”, destacou Lupi, acrescentando que cortes nas “despesas obrigatórias” são inviáveis e que, ao contrário, o governo deve focar no combate a fraudes para gerar economia. “Estamos fazendo uma economia grande conferindo gente que não tem mais direito à licença por doença. Se um cara teve uma doença e se curou, como continua tendo licença?”, questionou. Articulação política e alianças para 2026 Outro tema central da entrevista foi a formação de alianças partidárias para a próxima eleição presidencial. Lupi comentou sobre possíveis federações partidárias, que vêm sendo discutidas entre o PDT e legendas como Rede, Cidadania, PV e PSB. Segundo ele, qualquer federação deve se alinhar ao governo, pois ele não vê sentido em um partido da base se unir com siglas de oposição: “Se for para oposição, tem que sair do governo. Não é coerente, não consigo fazer jogo duplo”. O ministro também falou sobre o papel do PDT na eventual reeleição de Lula, destacando a preferência por alianças com partidos de centro-esquerda. Para Lupi, a vaga de vice deve permanecer com Geraldo Alckmin, considerando-o uma representação do centro na política, assim como foi José Alencar durante os mandatos anteriores de Lula. “Na fotografia de hoje, o Lula é o candidato mais forte do nosso campo. Vai continuar sendo em 2026? Pode ser que sim, pode ser que não”, afirmou. Tensão no PDT e relação com Ciro Gomes As recentes divergências entre membros do PDT e a possibilidade de saída do ex-presidenciável Ciro Gomes também foram temas abordados. Lupi comentou sobre o impacto da posição de Ciro em relação ao PT no Ceará e como isso afetou o partido localmente. “O Ciro é uma personalidade das mais inteligentes que eu já conheci, mas tem o temperamento muito duro. Ele e o irmão nunca foram muito fortes em Fortaleza”, disse. O ministro reconheceu a possibilidade de uma aliança com o PSB sem a presença de Ciro, mas apontou que as decisões dependerão do cenário político até o fim do ano

Lula parabeniza Trump e diz que “democracia deve ser sempre respeitada”

“O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”, afirmou o presidente – O presidente Lula (PT) publicou uma mensagem nas redes sociais nesta quarta-feira (6) parabenizando Donald Trump pela vitória eleitoral sobre Kamala Harris. O líder brasileiro pregou respeito à democracia e apelou pela “paz, desenvolvimento e prosperidade”. “Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo”. Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo… — Lula (@LulaOficial) November 6, 2024 O presidente Lula é um crítico antigo de Trump, visto por ele como uma espécie de inspiração para Jair Bolsonaro (PL) e seu modus operandi, baseado em fake news e discurso de ódio visando a manutenção do poder. No último dia 1, Lula reconheceu que estava torcendo pela vitória da candidata democrata Kamala Harris: “eu acho que com Kamala Harris é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia, é muito mais seguro. Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato fazendo aquele ataque ao Capitólio”. “Como eu sou amante da democracia, acho a democracia a coisa mais sagrada que nós conseguimos construir para bem governar os nossos países, eu, obviamente, fico torcendo para a Kamala ganhar as eleições”, completou

Morre o cantor Agnaldo Rayol aos 86 anos, após acidente doméstico

Artista tinha 86 e sofreu uma queda em sua casa na Zona Norte de São Paulo O cantor Agnaldo Rayol morreu nesta segunda-feira (4) aos 86 anos. Segundo informações repassadas por sua assessoria de imprensa, o cantor estava em sua casa no bairro Santana, Zona Norte de São Paulo, e sofreu uma queda que teria causado um trauma na cabeça. Rayol estava acompanhado e um cuidador e, logo após a queda, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a ambulância teria demorado a chegar. Ele foi encaminhado consciente ao Hospital HSanp, mas não resistiu ao ferimento. Quem era Agnaldo Rayol Agnaldo Rayol, nascido em 3 de maio de 1938, no Rio de Janeiro, foi um importante nome da música brasileira, conhecido por sua voz marcante e estilo romântico. Ele iniciou sua carreira ainda na infância, aos 8 anos, no programa infantil Papel Carbono de Renato Murce, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Rapidamente, seu talento o levou para a televisão, onde se destacou como cantor e ator. Nos anos 1960, ganhou fama com canções como Ave Maria e Mia Gioconda, que se tornaram grandes clássicos. Ao longo de sua trajetória, Rayol gravou dezenas de álbuns e participou de novelas e programas de televisão, incluindo o Festival de Música Popular Brasileira e o especial natalino Agnaldo Rayol Especial