Cardeais brasileiros ganham força no Conclave que elegerá novo papa

Sete religiosos do Brasil, com idades entre 57 e 77 anos, participam da eleição no Vaticano; escolha do sucessor de Francisco começa em 7 de maio. No próximo dia 7 de maio, na Capela Sistina, no Vaticano, começa o Conclave que vai eleger o sucessor de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, falecido em 21 de abril. O Colégio de Cardeais, composto atualmente por 252 integrantes, decidiu nesta segunda-feira (28) a data de início da votação em reunião da quinta Congregação Geral. Do total de cardeais, apenas 135, todos com menos de 80 anos, estão habilitados a votar. Sete dos oito cardeais brasileiros fazem parte desse grupo. O único brasileiro fora do processo de votação é Dom Raymundo Damasceno Assis, de 88 anos, arcebispo emérito de Aparecida (SP), que, embora sem direito a voto, participa das discussões e pode, inclusive, ser eleito. Entre os brasileiros votantes, estão nomes de peso na Igreja Católica: João Braz de Aviz (77 anos): natural de Mafra (SC), é prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e foi arcebispo de Brasília. Paulo Cezar Costa (57 anos): arcebispo de Brasília, é uma das lideranças mais jovens da delegação brasileira, com forte atuação na CNBB e no Celam. Sérgio da Rocha (65 anos): arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, é membro do Conselho de Cardeais que assessora o papa. Odilo Pedro Scherer (75 anos): arcebispo de São Paulo, um dos mais experientes, já ocupou cargos-chave na CNBB e no episcopado latino-americano. Jaime Spengler (64 anos): presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, recém-criado cardeal em 2024, traz a força renovadora do episcopado nacional. Leonardo Ulrich Steiner (74 anos): arcebispo de Manaus e voz ativa nas questões amazônicas, foi criado cardeal em 2022. Orani João Tempesta (74 anos): arcebispo do Rio de Janeiro desde 2009, figura de destaque na Igreja brasileira e nomeado cardeal em 2014. O Conclave, que significa “fechado à chave”, seguirá o rígido protocolo descrito na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, instituída por João Paulo II e atualizada por Bento XVI. Isolados na Capela Sistina, os cardeais eleitores só sairão de lá após a eleição, sinalizada pela tradicional fumaça branca. A escolha exige uma maioria qualificada de dois terços dos votos. Se após 33 ou 34 votações nenhum nome alcançar esse número, a eleição se restringe aos dois mais votados, ainda exigindo dois terços dos votos. O novo papa, escolhido entre qualquer um dos cardeais presentes ou não, indicará seu nome pontifício logo após aceitar a eleição. Com forte representação no Colégio Cardinalício e lideranças experientes, o Brasil chega a este Conclave com influência renovada. Seja participando da eleição ou orientando os rumos da Igreja, os cardeais brasileiros estarão no centro de uma decisão histórica para os católicos de todo o mundo.

Minha Casa, Minha Vida para classe média pode ser contratado a partir de maio

Programa habitacional amplia renda para até R$ 12 mil e deve financiar 3 milhões de moradias até 2026; Faixa 4 terá juros de 10,5% ao ano. O Ministério das Cidades oficializou, nesta sexta-feira (25), a ampliação do Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda de até R$ 12 mil mensais. A medida, publicada em portaria, entra em vigor imediatamente e autoriza os bancos a iniciarem os financiamentos dentro dos novos limites. A principal novidade é a criação da Faixa 4, que permite financiamento para quem ganha entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil, com juros de 10,5% ao ano, prazo de até 420 meses e valor financiado de até R$ 500 mil, tanto para imóveis novos quanto usados. Além disso, houve reajuste nas faixas anteriores: Faixa 1: renda de até R$ 2.850, com subsídio de até 95% do valor do imóvel. Faixa 2: renda de R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos. Faixa 3: renda de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil, sem subsídio, mas com condições facilitadas. Para áreas rurais, a renda familiar considerada subiu para até R$ 150 mil anuais na nova Faixa 4. A ampliação do programa foi aprovada pelo Conselho Curador do FGTS e deve beneficiar até 120 mil famílias ainda em 2025. A meta do governo é alcançar 3 milhões de unidades financiadas até 2026.

‘Perdeu, mané’: STF condena Débora Rodrigues a 14 anos de prisão

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou por condená-la à pena de 14 anos de prisão e ao pagamento no valor mínimo indenizatório de R$ 30 milhões A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que pichou com batom a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, localizada em frente à entrada do prédio da Corte, durante os atos golpistas do 8 de janeiro. A Procuradoria-Geral da República (PGR), que apresentou a denúncia ao STF, acusa Débora pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou por condená-la por todos os crimes apontados pela PGR à pena de 14 anos de prisão e ao pagamento no valor mínimo indenizatório de R$ 30 milhões. Os ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia acompanharam o voto do relator no tempo da pena e a multa. Ou seja, o julgamento foi suspenso com maioria (3 votos) pela condenação a 14 anos de prisão em regime inicial fechado. Por considerar que a acusada não possuía antecedentes e confessou parcialmente o crime. Cristiano Zanin votou por reduzir a pena para 11 anos. Embora tenha reconhecido que houve crime, Luiz Fux divergiu de Moraes quanto as acusações de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa e dano qualificado. Para ele, não houve provas de que Débora ingressou nos prédios e pediu sua condenação apenas pelo crime de deterioração de patrimônio tombado (pena em 1 ano e 6 meses de reclusão, além de 10 dias-multa). Voto No seu voto, Moraes considerou que a acusada “reconheceu a participação nos atos golpistas […] e o vandalismo à escultura ‘A Justiça’, conforme demonstrado pelos portais jornalísticos”. “No caso específico, há provas suficientes de sua participação nos atos violentos de 8.1.2023. A denunciada permaneceu unida subjetivamente aos integrantes do grupo e participou da ação criminosa que invadiu as sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal e quebrou vidros, cadeiras, painéis, mesas, móveis históricos e outros bens que ali estavam, causando a totalidade dos danos descritos pelo relatório preliminar do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)”, diz o relator no voto.

Fernando Collor é preso em Alagoas após decisão do STF

Ex-presidente foi detido na madrugada desta sexta-feira (25) em Maceió O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso na manhã desta sexta-feira (25) em Maceió. Segundo sua defesa, a prisão ocorreu às 4h, quando o político se deslocava para Brasília. Ainda de acordo com a defesa de Collor, que também é ex-senador, ele se deslocava para Brasília para o cumprimento espontâneo do mandado de prisão. Depois da prisão, o ex-presidente foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal em Alagoas. A prisão de Collor foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após negar recurso da defesa para rever uma condenação, de 2023, a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro Moraes autoriza Collor a cumprir pena em ala especial de presídio de Maceió Ministro do STF também concedeu 24 horas para que a direção do presídio informe se há “totais condições” para o cuidado da saúde do ex-presidente no local O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que o ex-presidente Fernando Collor começará a cumprir sua pena em regime fechado no presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, localizado em Maceió (AL), destaca o jornal O Globo. A determinação foi tomada após uma audiência de custódia, na qual o ex-presidente foi beneficiado com uma medida que o mantém em uma cela separada na ala especial da unidade prisional, em razão de seu status de ex-presidente da República. O ministro também concedeu um prazo de 24 horas para que a direção do presídio informe se há “totais condições” para o cuidado da saúde de Collor no local. Mais cedo, a defesa de Collor havia solicitado a conversão de sua pena para prisão domiciliar, alegando problemas de saúde do ex-presidente, como Doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar, condições que exigem cuidados médicos contínuos. A defesa reforçou que tal medida seria necessária para garantir o acompanhamento médico adequado. Ainda de acordo com a reportagem, o ministro Alexandre de Moraes, em sua decisão, também determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestasse sobre o pedido de prisão domiciliar de Collor. O caso, que estava sendo analisado no plenário virtual do STF, foi interrompido quando o ministro Gilmar Mendes pediu destaque e suspendeu a discussão. O julgamento será transferido para o plenário físico da Corte, em sessão a ser agendada. A ordem de prisão, no entanto, permanece em vigor. A defesa de Collor, contudo, argumenta que ele deveria cumprir a pena em regime domiciliar, devido às questões de saúde. Até a data limite do julgamento no plenário virtual, às 23h59 desta sexta-feira, o ministro Flávio Dino havia seguido o voto do relator, Alexandre de Moraes, e se manifestado favoravelmente ao cumprimento da pena de Collor. O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e o ministro Edson Fachin também se alinharam com a decisão de manter a prisão do ex-presidente. Assim, Collor permanecerá detido enquanto o STF delibera sobre o pedido de sua defesa. Collor foi detido na madrugada desta sexta-feira (25), por volta das 4h, no aeroporto de Maceió, quando tentava embarcar com destino a Brasília para se entregar às autoridades. Segundo fontes próximas ao ex-presidente, ele estava “calmo” no momento da prisão. A prisão imediata foi determinada por Moraes ontem à noite, após o esgotamento dos recursos no processo que resultou na condenação do ex-presidente por envolvimento em um esquema de corrupção.

STF torna réus general, ex-assessores e delegados por trama golpista

Decisão inclui também ex-diretor da PRF; grupo faz parte do chamado núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu aceitar, nesta terça-feira (22), a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seis acusados de integrar o chamado Núcleo 2 da organização da trama golpista. Seis acusados se tornaram réus e passarão a responder a uma ação penal. São eles: Fernando de Sousa Oliveira (delegado da Polícia Federal, ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça e ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF), Filipe Garcia Martins Pereira (ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República), Marcelo Costa Câmara (coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência da República), Marília Ferreira de Alencar (delegada e ex-diretora de Inteligência da Polícia Federal), Mário Fernandes (general da reserva do Exército) e Silvinei Vasques (ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal). Todos vão responder pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Denúncia acatada por unanimidade Nessa fase do processo, foi examinado apenas se a denúncia atendeu aos requisitos legais mínimos exigidos pelo Código de Processo Penal (CPP) para a abertura de uma ação penal. A conclusão foi de que a PGR demonstrou adequadamente que os fatos investigados configuram crimes (ou seja, havia materialidade) e que há indícios de que os denunciados participaram deles (autoria). O placar final do julgamento no STF foi de cinco votos a zero pelo recebimento da denúncia da PGR. Em seu voto, o ministro relator, Alexandre de Moraes, detalhou individualmente os indícios apresentados pela denúncia para cada um dos acusados, como documentos, registros de mensagens de celular, entradas em prédios públicos e depoimentos que confirmam as declarações do colaborador Mauro Cid. Ação da PRF no segundo turno O ministro concordou com a acusação da PGR e disse que Silvinei Vasques, Marília de Alencar e Fernando de Sousa atuaram para viabilizar as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O objetivo, de acordo com a PGR, era dificultar a circulação de eleitores do Nordeste no segundo turno do pleito de 2022. Segundo Moraes, Marília e Fernando produziram informações sobre os locais onde Bolsonaro obteve baixa votação no primeiro turno das eleições. Com base nas planilhas, a PRF realizou as operações. Plano Punhal Verde Amarelo Foi mencionado no voto do relator o plano apreendido com o general da reserva Mário Fernandes, que previa “ações para neutralizar” e matar o próprio ministro, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Foi apreendida uma planilha com detalhes dessa operação, que chegou a ser impressa no Palácio do Planalto e levada ao Palácio da Alvorada. Também foram reveladas durante a investigação mensagens do general com Mauro Cid e com manifestantes que participavam do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. “Não há dúvida sobre a violência praticada. Cada um dos denunciados terá toda a ação penal para provar que eles não participaram, mas não é possível negar que houve, no dia 8 de janeiro de 2023, a tentativa de golpe de Estado”, afirmou Moraes. A minuta do golpe No caso do ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Garcia Martins Pereira, Moraes apontou que há informações sobre sua participação em reunião com o então presidente Jair Bolsonaro para tratar da elaboração de uma minuta de decreto de golpe de Estado. Foram levantados dados de sua entrada no Palácio da Alvorada em determinadas datas, e depoimentos como o do ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmam que Martins apresentou a minuta a Bolsonaro. Já o coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência da República, Marcelo Costa Câmara, teve suas condutas narradas pela PGR a partir de trocas de mensagens de WhatsApp nas quais ele repassa a interlocutores um monitoramento de autoridades. Ele teria participado ainda de reunião com o então presidente em que se tratou de temas golpistas. O relator destacou que Bolsonaro tinha conhecimento da minuta do golpe, que foi apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. “O próprio réu, Jair Bolsonaro, logo após o recebimento da denúncia por esta turma, em entrevista coletiva, disse que recebeu a minuta do golpe, manuseou e analisou porque iria pensar sobre a decretação de um estado de sítio ou de defesa. O que importa é que não há mais dúvida de que essa minuta passou a mão em mão, chegando ao presidente da República”, disse Moraes. Julgamento A partir de agora, tem início a fase da instrução processual, quando os advogados poderão indicar testemunhas e pedir a produção de novas provas para comprovar as teses de defesa. Os acusados também serão interrogados ao final dessa fase e os trabalhos serão conduzidos pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Depois do fim da instrução, o julgamento será marcado e os ministros vão decidir se os acusados serão condenados à prisão ou absolvidos. Não há ainda data definida para o julgamento. Os acusados dos núcleos 1 e 2 tiveram suas denúncias avaliadas pelo Supremo, totalizando 14 réus. Ainda serão analisadas as denúncias contra os núcleos 3,4 e 5.

CNJ afasta desembargador por mensagens públicas de apoio a Bolsonaro

Conselheiros reduziram período de afastamento de 90 para 60 dias O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou por 60 dias o desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, pela publicação de mensagens político-partidárias nas redes sociais. Pela decisão, Buhatem fica em disponibilidade, afastado de suas funções, mas continua recebendo vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. O desembargador, que respondia a processo administrativo disciplinar por possíveis infrações, foi acusado de tráfico de influência, paralisação irregular de processos e de não comunicar suspeição em processos onde uma familiar atuava como advogada. No entanto, o relator do processo, conselheiro Alexandre Teixeira, defendeu punição apenas para as publicações político-partidárias, por entender que não há provas de conduta ilícita nas outras acusações. Buhatem compartilhou por diversas vezes publicações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro em seu perfil na rede Linkedin. Além disso, conforme noticiado pela imprensa, o desembargador aparece em uma foto, jantando com o ex-presidente e sua comitiva durante uma viagem a Dubai. Ele também enviou mensagem a uma lista de transmissão no WhatsApp associando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à facção criminosa Comando Vermelho. Segundo a defesa do desembargador, ele apenas “curtiu” postagens institucionais feitas pelo então presidente Jair Bolsonaro, “sem tecer manifestação pessoal sobre o conteúdo das publicações em redes sociais”. O plenário do CNJ entendeu, no entanto, que as mensagens tiveram grande alcance e fomentaram a desconfiança social acerca da justiça, segurança e transparência das eleições. O relator do processo votou pelo afastamento por 90 dias, mas a maioria dos conselheiros decidiu reduzir a pena a 60 dias, acompanhando a punição aplicada em casos semelhantes. O acórdão da votação destaca que “as mensagens divulgadas pelo desembargador em seus perfis nas redes sociais caracterizam indevida publicidade de preferência político-partidária, conduta imprópria, nos termos da Constituição Federal e das demais normas legais e regulamentares que disciplinam os deveres da magistratura”

Mais de 335 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil

O Dados são de observatório da Universidade Federal de Minas Gerais O número de pessoas vivendo em situação de rua em todo o Brasil registradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal, em março deste ano, chegou a 335.151. Se comparado ao registrado em dezembro de 2024, quando havia 327.925 pessoas nessa situação, houve um aumento de 0,37% no primeiro trimestre deste ano. Os dados são do informe técnico de abril do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (OBPopRua/Polos da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG), divulgados na segunda-feira (14). O estudo foi feito com base nos dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) sobre o CadÚnico. O número apurado em março é 14,6 vezes superior ao registrado em dezembro de 2013, quando havia 22,9 mil pessoas vivendo nas ruas no país. À Agência Brasil, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome informou que retomou, em 2023, as capacitações para entrevistadores e operadores do cadastro único, fortalecendo a atuação dos municípios na coleta de dados. A pasta também destacou a subnotificação e a inconsistência dos dados anteriores, devido ao enfraquecimento da atualização cadastral na gestão anterior (2019-2022). No Brasil, o relatório demonstra que o CadÚnico registrou em março de 2025:       9.933 crianças e adolescentes em situação de rua (3%);       294.467 pessoas em situação de rua na faixa etária de 18 a 59 anos (88%);       30.751 idosos em situação de rua (9%);       84% são pessoas do sexo masculino. Em relação à renda, 81% (272.069) das pessoas em situação de rua sobrevivem com até R$ 109 por mês, correspondente a 7,18% do salário mínimo, hoje R$ 1.518. Mais da metade (52%) das pessoas em situação de rua no país não terminaram o ensino fundamental ou não têm instrução, a maioria é de pessoas negras. Esse percentual é mais que o dobro do total da população brasileira que não completou a escolaridade básica ou em condição de analfabetismo, de 24%, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A baixa escolaridade dificulta o acesso das pessoas às oportunidades de trabalho geradas nas cidades, sugere a pesquisa. Onde vivem A Região Sudeste concentra 63% da população em situação de rua do país, o equivalente a 208.791 pessoas. Em seguida, figura a Região Nordeste, onde 48.374 pessoas (14%) estão em situação de rua. Na Região Sul, são 42.367 (13%), na Região Centro-Oeste, 19.037 (6%), e na Região Norte, 16.582 (4%) indivíduos estão nesta condição de vulnerabilidade social. A análise revela que quatro em cada dez pessoas que vivem na rua no Brasil se encontram no estado de São Paulo (42,82% do total da população em situação de rua). O segundo estado é o Rio de Janeiro com 30.997 pessoas em situação de rua ou 10%, sucedido por Minas Gerais, com 30.355 pessoas. Em números absolutos, as cinco capitais com as maiores populações em situação de rua são: São Paulo, com 96.220 pessoas; Rio de Janeiro, 21.764; Belo Horizonte, 14.454; Fortaleza, 10.045; Salvador, 10.025; e Brasília, 8.591. Em relação à série histórica, 12 unidades da federação apresentaram em suas capitais aumento no registro de pessoas em situação de rua: Rio de Janeiro Distrito Federal Santa Catarina Pernambuco Rondônia Roraima Pará Amapá Piauí Paraíba Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nove estados registraram diminuição na concentração de registros de pessoas em situação de rua no CadÚnico em suas capitais: Minas Gerais Rio Grande do Sul Paraná Acre Maranhão Goiás Alagoas Sergipe e Espírito Santo. Os estados que se mantiveram estáveis são: São Paulo Bahia Ceará Amazonas Rio Grande do Norte e Tocantins. Se considerada a proporção por mil habitantes, o levantamento mais recente aponta que o município de Boa Vista tem 20 pessoas em situação de rua por 1 mil habitantes. Na cidade de São Paulo, a cada 1 mil pessoas, oito estão em situação de rua. Em Florianópolis, a cada 1 mil pessoas, sete estão em situação de rua, e em Belo Horizonte, são seis a cada 1 mil pessoas. Violências De 2020 a 2024, foram registrado 46.865 atos de violências contra a população em situação de rua no Disque 100, coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). As capitais brasileiras são responsáveis por 50% das ocorrências, com destaque para São Paulo, com 8.767 casos de violência registrados; Rio de Janeiro, 3.478; Brasília, 1.712; Belo Horizonte, 1.283; e Manaus, com 1.115 ocorrências. A maior parte das pessoas em situação de rua que sofreram algum tipo de violência tem entre 40 anos e 44 anos de idade, o que representa 5.697 pessoas violentadas. As violências contra a população em situação de rua ocorreram, sobretudo em vias públicas, com mais de 20,5 mil ocorrências. O relatório chama a atenção também pelo elevado número de denúncias em espaços que deveriam proteger a população em situação de rua, como serviços de abrigamento, estabelecimentos de saúde, centros de referência, instituições de longa permanência para idosos e órgãos públicos. Conclusões Por meio de nota, o OBPopRua/Polos-UFMG declarou que o cenário é preocupante e acentua que as políticas públicas estruturantes como moradia, trabalho e educação voltadas para a população em situação de rua no Brasil são inexistentes ou ineficientes. “O descumprimento da Constituição Federal de 1988 com as pessoas em situação de rua continua no Brasil, com pouquíssimos avanços na garantia de direitos dessa população.” O MDS declarou que tem investido “de forma contínua no fortalecimento do acolhimento e da proteção de adultos e famílias em situação de vulnerabilidade, contribuindo para a inclusão social e o enfrentamento das desigualdades”. O ministério listou as ações do governo federal nesta temática e detalhou que recursos da União são usados para fortalecer os centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP). Esses locais oferecem serviços como refeições, espaços para higiene pessoal, apoio na emissão de documentos e outras atividades essenciais. De acordo com o MDS,

Vacina contra gripe é segura e não causa a doença; saiba mais verdades

Idosos, crianças de 6 meses a 6 anos, grávidas e puérperas devem tomar A campanha de vacinação contra a gripe começou na última segunda-feira (7), nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com o objetivo de imunizar 90% do público-alvo, composto principalmente por idosos, crianças de idades entre 6 meses e 6 anos, gestantes e puérperas. O Ministério da Saúde convoca esses grupos e os demais aptos a se vacinar procurem a proteção o mais rápido possível em unidades de saúde de seus municípios, porque o vírus causador da gripe circula com mais força no outono e no inverno nessas regiões. No segundo semestre, será a vez da Região Norte ser imunizada, para cobrir o “inverno amazônico”, período de chuvas de dezembro a maio. Mas um obstáculo importante que a sociedade brasileira precisa superar para atingir a meta de vacinação são as muitas informações falsas circulando nas redes sociais. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Monica Levi, alerta que o maior risco são os grupos vulneráveis acreditarem na desinformação e correrem riscos, inclusive de morte, sem a proteção. “Informação falsa, às vezes, é mais letal do que a própria doença. Essa é uma das grandes ameaças à saúde humana”, avisa . “Algumas pessoas podem deixar de se vacinar, acreditando em histórias falsas e consequentemente vão continuar vulneráveis, o que pode até levar ao óbito”, ela complementa. De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença. Saiba o que é verdade e o que é fake news Veja abaixo as explicações da presidente da SBIm que desmentem algumas das informações falsas que mais circulam contra a vacina da gripe e colocam em risco a vida das pessoas: MENTIRA: “A vacina pode fazer algumas pessoas pegarem a gripe” VERDADE: De acordo com a especialista, essa é a época do ano em que mais circulam o rinovírus, o metapneumovírus, o vírus sincicial respiratório, entre outros vírus, mas as pessoas chamam qualquer quadro respiratório de gripe. Mesmo que a pessoa tenha febre, dor de garganta e tosse, pode ser outro vírus respiratório, como o da covid, por exemplo. Além disso, se a pessoa já tiver sido infectada, e estiver incubando o vírus, os sintomas podem aparecer depois que ela tomou a vacina. E é preciso duas semanas, no mínimo, para desenvolver a proteção. Nesse período, a pessoa continua vulnerável, inclusive à gripe, como quem não foi vacinado. MENTIRA: “A vacina contra a gripe não é segura e pode provocar a morte de pessoas mais velhas” VERDADE: Essa é uma vacina extremamente segura, tanto que os grupos prioritários escolhidos para tomar a vacina são os que têm maior comprometimento da imunidade. Uma pessoa que faz um transplante de medula óssea, a primeira vacina que ele tem que tomar, três meses pós-transplante, é a vacina contra a gripe. Por que ela é segura? Porque é uma vacina inativada, ou seja, o vírus é morto, fracionado e você só usa uma fração dele na produção de anticorpos.  Então, em qualquer pessoa, seja imunocompetente ou imunocompromtida, seja uma pessoa que tenha alguma comorbidade, ela vai ser extremamente segura. MENTIRA: “A vacina não evita totalmente o contágio, logo, não tem eficácia” VERDADE: A vacina contra a gripe é eficaz principalmente para proteger contra a doença grave e suas complicações e contra o óbito. Dependendo da faixa etária e do grau de resposta imunológica da pessoa vacinada, ela pode ter uma menor eficácia contra o contágio pelo vírus, mas ela continua sendo muito importante para prevenir a forma grave da doença. Por isso, a recomendação é que as pessoas que são mais vulneráveis se vacinem todos os anos para não correr esse risco. MENTIRA: “A gripe é uma doença comum, sem gravidade. Por isso, não é importante se vacinar” VERDADE: A gripe é uma doença potencialmente grave. Nem todos casos vão ser assim, tem gente que vai ter sintomas, por mais ou menos uma semana, sem consequências. Mas algumas pessoas vão desenvolver pneumonia, vão desenvolver uma descompensação de outras doenças, como, por exemplo, diabetes, cardiopatia ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Por isso que essa é uma vacina muito importante na faixa etária dos idosos, porque eles apresentam mais quadros graves, com mais internação e mais óbitos. Depois, as pessoas com comorbidades e as crianças pequenas são as mais atingidas pelas formas graves.   MENTIRA: “Os profissionais de saúde estão misturando a vacina da gripe com a vacina da covid” VERDADE: Não se faz alquimia com nenhuma vacina. Cada uma tem os seus ingredientes, o seu volume, o seu conteúdo e jamais, nunca houve essa história de vacinas serem misturadas. O que existe são vacinas combinadas, que protegem contra várias doenças, mas elas já são fabricadas assim pelo próprio laboratório, com todas as quantidades e excipientes de cada um dos componentes, calculados, testados, com estudos clínicos e a aprovação de órgãos regulatórios. Mas isso não feito com a vacina da gripe e a vacina da covid. Vacina atualizada Todos os anos, a vacina é atualizada para proteger contra os três tipos do vírus influenza com maior circulação, por isso, o imunizante que está sendo aplicado previne contra a influenza A H1N1 e H3N2 e contra a Influenza B. Por isso, para se manter protegido, é necessário receber a vacina todo ano. Quem deve se vacinar contra a gripe  Idosos  Crianças de 6 meses a menores de 6 anos  Gestantes e puérperas  Povos indígenas  Pessoas em situação de rua  Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais  Pessoas com deficiência permanentes  População privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens  Profissionais das Forças Armadas e das áreas de saúde, educação, segurança pública, salvamento, unidades prisionais, transporte rodoviário coletivo e de carga e portos.

Apenas seis cursos de medicina têm nota máxima no Enade

Cinco estão no estado de São Paulo e um em Minas Gerais Dos 309 cursos de medicina que foram avaliados pelo Ministério da Educação via Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), aplicado em 2023, apenas seis tiraram nota 5, o mais alto conceito do exame.  Do grupo dos mais bem avaliados, cinco estão no estado de São Paulo e um em Minas Gerais. Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira (11). Apenas um dos cursos de nota 5 é público e cinco são de instituições particulares:  Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) – Pública Universidade do Oeste Paulista (Unoeste/ SP) – Privada Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP/SP) – Privada Centro Universitário Governador Ozanam Coelho (UNIFAGOC/MG) – Privada Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE/SP) – Privada Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (UniSalesiano/SP) – Privada Conceitos Ainda em relação ao curso de medicina, quatro ficaram sem avaliação por não terem formandos ou em quantidade reduzida. Outros 119 cursos tiveram nota 4, enquanto que 156, nota 3, outros 22 tiraram nota 2, e dois ficaram com a nota 1. O conceito final é extraído das avaliações do desempenho dos estudantes, da infraestrutura e instalações das instituições, dos recursos didático-pedagógicos, do corpo docente e de um questionário para o estudante. Saúde na frente Ao todo, o Enade 2023 avaliou 9.812 cursos em todo o Brasil. Segundo o MEC, numa escala de 0 a 100, os cursos da área de saúde e bem-estar que mais se destacaram foram medicina (65) e fisioterapia (53,67).  Os cursos de arquitetura e urbanismo (56,94) e engenharia ambiental (55,22)  e de segurança do trabalho (52,62) também tiveram destaque.. Em 2023, Enade avaliou as seguintes áreas em bacharelado de agronomia, arquitetura e urbanismo, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia de alimentos, engenharia de computação, engenharia de controle e automação, engenharia de produção, engenharia elétrica, engenharia florestal, engenharia mecânica e engenharia química. Entre os cursos da área de saúde, além de medicina foram avaliados biomedicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina veterinária, nutrição, odontologia, zootecnia. E, da área de tecnologia, fizeram a prova formandos nos cursos de agronegócio, estética e cosmética, gestão ambiental, gestão hospitalar, radiologia e segurança no trabalho. A distância Ao todo, 7.857 cursos presenciais foram avaliados e 492 tiveram o mais alto conceito (o que representa 5% do total). Entre os cursos a distância, estudantes de 623 cursos fizeram o Enade e apenas seis tiveram o mais alto conceito (o que significa 0,9%).

Bolsonaro é internado após STF publicar acórdão de decisão que o tornou réu

Ex-presidente teria sentido “fortes dores em decorrência da facada que sofreu em 2018” e procurou a emergência de um hospital na cidade de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte. Na prática, acórdão abre prazo para julgamento do mérito sobre golpe. Nesta sexta-feira (11), dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) publicou o acórdão da decisão da primeira turma que o tornou réu, Jair Bolsonaro foi internado às pressas em um hospital na cidade de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte. Segundo informações de Bela Megale, no jornal O Globo, O ex-presidente sentiu “fortes dores em decorrência da facada que sofreu em 2018” e foi à emergência do hospital procurar atendimento médico. Vídeos divulgados há cerca de uma hora nas redes mostram o ex-presidente bem disposto, fazendo corpo a corpo com apoiadores. “Presidente @jairmessiasbolsonaro em parada não programada em Bom Jesus (RN). O povo potiguar saiu às ruas cedo, porque está cansado de promessas vazias do PT e de um estado abandonado. O Nordeste quer mudança de verdade — e ela começa com coragem e consciência”, escreveu Marinho no vídeo divulgado por volta das 9h30 no Instagram. https://www.instagram.com/rogerio.smarinho/?utm_source=ig_embed&ig_rid=275f184c-8cd3-49b7-b84b-956fa0b9c352 Antes disso, o senador divulgou um outro vídeo, da chegada de Bolsonaro a Natal, capital do Estado, afirmando que o ex-presidente teria chegado ainda durante a madrugada. “00:22 min, Jair Messias Bolsonaro chegando a Natal. Ninguém mata um sentimento”, escreveu na publicação divulgada na manhã de hoje. Nas imagens, Bolsonaro aparece forte, erguendo uma criança antes de entrar no carro. https://www.instagram.com/rogerio.smarinho/?utm_source=ig_embed&ig_rid=0098ffb8-0cf9-4b47-aa2f-3b4564488d39 Segundo informações da jornalista d’O Globo, Bolsonaro sentiu “indisposição” quando estava na estrada. Pessoas próximas teriam dito que “ele vinha sofrendo de obstrução intestinal há alguns dias”. Bolsonaro está sendo transferido para Natal. Acórdão publicado A internação de Bolsonaro aconteceu horas após o Supremo Tribunal Federal (STF) publicar o acórdão da decisão da primeira turma, que tornou o ex-presidente e outros sete comparsas do núcleo “crucial” da organização criminosa réus por tentativa de golpe. Com a publicação do acórdão, os réus terão cinco dias para apresentarem as defesas prévias, expondo argumentos e indicando testemunhas. Na prática, o documento dá a largada para o julgamento do mérito da ação criminal. O acórdão mostra que a denúncia feita pelo Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, foi integralmente recebida pela primeira turma. Dessa forma, a decisão transformou em réus o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-diretor da Polícia Federal Anderson Torres, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, delator do caso, o ex-ministro da Defesa, Pualo Sérgio Nogueira, e o general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e ex-ministro da Defesa. Segundo o acórdão, eles responderão pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima, e deterioração de patrimônio tombado. Bolsonaro ainda responde por ser o líder da organização criminosa golpista. Após os réus apresentarem as defesas, as testemunhas serão ouvidas e, em seguida, acontece o interrogatório dos acusados. Será quando Bolsonaro e seus cúmplices sentarão no banco dos réus. Em seguida, Alexandre de Moraes, relator do caso, fará seu parecer e dará seu voto. Ele também poderá pedir a inclusão do caso na pauta para que se dê a votação dos demais ministros da primeira turma.