Violações à liberdade religiosa no Brasil chegam a 1.940 no 1º semestre

Número representa 91% do total de violações de 2023; “É extremamente alarmante”, diz deputado Daniel Almeida sobre o crescimento de casos, destacando aumento de 300% na Bahia O número de violações à liberdade religiosa no Brasil atingiu 1.940 registros no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Disque 100, canal de denúncias do Ministério dos Direitos Humanos. Esse total representa 91% do número total de violações registradas em 2023. As religiões afro-brasileiras são as mais afetadas, com 276 das 525 violações identificadas envolvendo adeptos dessas crenças. O candomblé lidera com 166 violações, seguido pela umbanda com 124, e registros que envolvem ambas as religiões somam 22. Correntes evangélicas são predominantemente acusadas de cometer essas violações, com 55 casos distribuídos em 34 denúncias. Os estados com maior número de violações são São Paulo e Rio de Janeiro, com 434 violações cada um, seguido da Bahia com 145, Distrito Federal com 132 e Minas Gerais com 121. O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), autor da Lei 11.635/07, que institui o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, expressou preocupação com o aumento significativo dessas denúncias. “É extremamente alarmante que as denúncias de intolerância religiosa tenham crescido mais de 300% na Bahia nos últimos dois anos. Esse dado nos chama a reforçar a luta contra o ódio e a discriminação. A Bahia é um estado de grande riqueza cultural e religiosa. Atos de intolerância como esses precisam ser erradicados. Garantir o respeito às crenças de cada cidadão é um dever de todos nós para vivermos em harmonia”, destacou Daniel. Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa Sancionada em 2007, a Lei 11.635 estabelece o dia 21 de janeiro como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data homenageia a Iyalorixá baiana Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda, fundadora do Ilê Axé Abassá de Ogum, que faleceu após sofrer violência física e verbal devido à destruição de seu terreiro. Disque 100 O Disque 100 é um serviço ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). O canal recebe demandas relacionadas a violações de Direitos Humanos, principalmente ataques contra grupos em situações de vulnerabilidade social. O serviço funciona diariamente, incluindo sábados, domingos e feriados, e pode ser acessado por meio de discagem direta e gratuita, email ou WhatsApp (61 99611-0100). __ com agências

Perdeu, mané – PGR denuncia mulher golpista que pichou estátua do STF

Flagrada por fotógrafos, Débora Rodrigues dos Santos foi presa em 17 de março de 2023, durante a 8ª fase da Operação Lesa Pátria A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra Débora Rodrigues dos Santos por sua participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, destaca a CNN Brasil. Débora foi flagrada por fotógrafos escrevendo a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A frase escrita por Débora na estátua faz referência à resposta do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, a bolsonaristas que o hostilizaram durante uma viagem aos Estados Unidos. Débora foi presa pela Polícia Federal (PF) em 17 de março de 2023, durante a 8ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os envolvidos no ataque golpista do 8/1. Além dela, outros 31 suspeitos foram presos na ocasião. Até o momento, a operação já totaliza 28 fases, sendo a última realizada em junho. A denúncia, apresentada no dia 2 deste mês, encontra-se sob sigilo. Débora é mencionada em um relatório divulgado no aniversário de um ano da invasão, no qual consta que sua prisão preventiva foi renovada em junho de 2023. O documento, assinado pelo gabinete do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte, aponta os crimes supostamente cometidos por Débora, incluindo associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado. A defesa de Débora alega que “todos os prazos foram extrapolados sem qualquer justificativa plausível” e que a prisão da cliente, que já dura mais de 480 dias, “ultrapassa o princípio da razoabilidade”. O advogado também argumenta que a transferência de Débora para o presídio de Tremembé (SP), a 229 quilômetros de distância de Paulínia (SP), onde reside, “fere de morte a proteção integral da criança”, visto que Débora tem dois filhos menores. No último dia 12, circulou nas redes sociais de parlamentares e influenciadores bolsonaristas um vídeo em que as duas crianças pedem ajuda para que a mãe saia da prisão. O ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal cassado Deltan Dallagnol e a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) compartilharam o vídeo em suas redes. A parlamentar afirmou que a anistia aos presos, bandeira defendida por Jair Bolsonaro (PL), “precisa ser aprovada” neste ano. Em junho, o ministro Alexandre de Moraes sinalizou que o Judiciário terá a palavra final sobre a proposta de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Moraes libera ÁUDIO da Abin paralela de Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes retirou nesta segunda-feira (15) o sigilo sobre uma gravação colhida durante a investigação de um esquema de espionagem ilegal na Abin durante a gestão Bolsonaro. A gravação, feita clandestinamente pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), revela um plano discutido entre ele, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro Augusto Heleno. De acordo com a decisão, os advogados de Richards Dyer Pozzer e Mateus de Carvalho Sposito, investigados pela Polícia Federal, solicitaram acesso aos autos do processo, e foram atendidos pelo ministro. “Ressalto, ainda, que, a eventual divulgação parcial – ou mesmo manipulação – de trechos da Informação de Polícia Judiciária nº2404151/2024 (fls. 334-381), bem como da gravação nela referida, tem potencial de geração de inúmeras notícias incompletas ou fraudulentas em prejuízo à correta informação à sociedade”, explicou Moraes ao retirar o sigilo do material. 🔉 ÁUDIO: Reunião entre Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, conforme consta nos autos da PET 12.732 (STF), que trata da investigação do monitoramento ilegal de pessoas e autoridades públicas Transcrição do áudio: https://t.co/knvG1ArIIN https://t.co/AaUtPsnqsi pic.twitter.com/MSidczMUgS — Jeff Nascimento (@jnascim) July 15, 2024 URGENTE: o ministro do STF Alexandre de Moraes retirou, nesta segunda-feira (15), o sigilo do áudio de uma reunião gravada clandestinamente pelo delegado Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, com Jair Bolsonaro. ➡ Assista ao #GloboNewsMais na #GloboNews:… pic.twitter.com/ydD57Xt7XL — GloboNews (@GloboNews) July 15, 2024 O relatório da Polícia Federal, base para a quarta fase da Operação Última Milha, revela que Ramagem gravou uma reunião de mais de uma hora com Bolsonaro e Heleno em que discutiam um plano para abrir procedimentos contra os auditores da Receita Federal que embasaram a investigação das rachadinhas contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O caso envolvia desvios de salários de funcionários do gabinete do filho de Jair Bolsonaro quando era deputado na Assembleia Legislativa do Rio. No áudio, segundo a PF, é possível identificar Ramagem indicando a necessidade de instauração de procedimentos administrativos contra os auditores da Receita com o objetivo de anular a investigação e retirar alguns auditores de seus cargos. A gravação corrobora a premissa investigativa de que houve irregularidades cometidas pelos auditores da Receita na confecção do Relatório de Inteligência Fiscal que deu origem à investigação. A gravação também revelou que Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, e Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército, participaram de ações ilegais para “achar podres e relações políticas” dos auditores da Receita que confeccionaram o relatório. Os auditores mirados eram Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homem da Silva e José Pereira de Barros Neto. A Polícia Federal suspeita que Ramagem tenha realizado outras gravações do ex-presidente durante seu mandato. Os investigadores estão vasculhando minuciosamente todos os arquivos do computador do ex-diretor da Abin, onde o áudio foi descoberto. O computador de Ramagem foi apreendido em janeiro, durante uma operação de busca e apreensão em sua residência em Brasília. A pessoas próximas, o bolsonarista afirmou não se recordar de ter feito a gravação e que não é de sua natureza grampear indivíduos. Bolsonaro ficou extremamente irritado ao saber do áudio e pelo fato de Ramagem ter mantido o arquivo em seu computador. Apesar disso, tanto o ex-capitão quanto Flávio Bolsonaro confirmaram que o parlamentar permanece como candidato à prefeitura do Rio, embora a campanha deixe claro que a confiança foi abalada. Entre os aliados e a família Bolsonaro, cresce o temor sobre a possível existência de outras gravações feitas por Ramagem durante seu tempo como chefe da Abin.

Abin paralela de Bolsonaro espionou 8 parlamentares e 4 ministros do STF

A espionagem ilegal conduzida por membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) envolveu autoridades dos Três Poderes, além de jornalistas, agências de checagem, um perfil anti-Bolsonaro no X (antigo Twitter) e até mesmo um podcast. Com informações do Globo. De acordo com uma representação enviada ao STF, a Polícia Federal (PF) identificou que quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), oito parlamentares ou ex-deputados e cinco integrantes do Poder Executivo, incluindo servidores, foram alvos da espionagem. O esquema também visava vários críticos do ex-capitão. Os ministros do STF monitorados foram Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. No Legislativo, os alvos incluíam o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ex-presidente Rodrigo Maia e quatro senadores que participaram da CPI da Covid: Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL). A PF revelou que a espionagem também atingiu outros indivíduos. O militar do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues, cedido pela Abin e um dos investigados, disse em uma mensagem que estava coletando informações sobre os perfis “Tesoureiros” e “Medo e Delírio em Brasília”, sendo este último um podcast com o mesmo nome. A página Tesoureiros, anteriormente conhecida como Tesoureiros do Jair, ganhou destaque durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, ajudando a coletar informações sobre os temas investigados pela comissão. O podcast “Medo e Delírio” era conhecido por sua crítica à administração Bolsonaro. Outro alvo foi o movimento Sleeping Giants Brasil, um perfil anônimo nas redes sociais que pressiona empresas a retirarem publicidade de sites que, segundo eles, divulgam notícias falsas. Giancarlo Rodrigues declarou, em uma mensagem ao policial federal Marcelo Bormevet, que tinha repassado informações sobre o coletivo para uma página do Twitter. Vale destacar que Rodrigues também coletou informações sobre as agências de checagem Aos Fatos e Agência Lupa, que verificam a veracidade de declarações de autoridades e publicações em redes sociais, entre outros conteúdos.

STF chega a 226 condenados por atos golpistas do 8 de Janeiro

Com mais duas penas de 17 anos de reclusão em regime fechado, incluindo a do réu que destruiu o relógio trazido ao Brasil em 1808 por Dom João VI, o Supremo avança contra o golpismo O Supremo Tribunal Federal (STF) tem atuado com exímia competência contra os detratores da democracia do 8 de Janeiro. Com as penas de 17 anos para Antônio Cláudio Alves Ferreira, que derrubou e danificou o relógio de Balthazar Martinot trazido ao Brasil em 1808 como presente da Corte Francesa a Dom João VI, e para Leonardo Alves Fares, outro invasor do Congresso Nacional que se autoincriminou ao gravar um vídeo-selfie do ato antidemocrático, o Supremo chega ao número de 226 condenações referentes à depredação das sedes dos Três Poderes. Estas condenações de 17 anos de prisão em regime fechado, somada a outras já proferidas de mesmo período, são as mais duras do julgamento. No entanto, as condenações variam conforme os crimes praticados. O início dos julgamentos ocorreu em 14 de setembro. Os condenados até agora foram os que tiveram participação efetiva nas invasões e foram acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). São cinco as acusações que responderam: associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado. Até o momento só um réu julgado foi absolvido por falta de provas de sua participação: Geraldo Filipe da Silva, que se encontrava em situação de rua e foi preso perto do Congresso Nacional ao ser agredido por outros manifestantes que o acusavam de ser infiltrado. Acordos O 8 de Janeiro propiciou 1.354 ações penais, porém o ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu 1.113 ações com vistas à realização de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP). O acordo é firmado pela confissão do investigado que deve cumprir determinadas condições. Quando as condições forem plenamente alcançadas a possibilidade de punição é finalizada. É permitido pelo STF estes acordos pelo menor potencial criminoso dos atos. A maioria desse grupo que aceitou a possibilidade de acordo estava acampada próxima ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Para que se cumpra as condições os réus devem confessar os atos. Mais de 200 acordos desse foram firmados. Neste caso, as pessoas não respondem na esfera penal, mas ficam sujeitas à prestação de 300 horas de serviços à comunidade ou entidades públicas; a não cometer delitos semelhantes nem serem processados por outro crime ou contravenção penal e a pagar multa; além da participação presencial em um curso sobre Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado.

PF acusa Bolsonaro de enriquecimento ilícito ao desviar R$ 6,8 milhões em joias

Ex-auxiliares venderam presentes oficiais e entregaram o dinheiro em espécie a Bolsonaro. A investigação é a acusação mais severa contra o ex-presidente A Polícia Federal (PF) divulgou nesta segunda-feira (8) um relatório final acusando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter formado uma associação criminosa para desviar R$ 6,8 milhões em presentes recebidos durante visitas oficiais a outros países enquanto chefe de estado. Inicialmente, a PF indicou que seriam R$ 25 milhões mas, posteriormente, corrigiu a informação e esta matéria foi editada. A investigação, que resultou em um relatório de 476 páginas assinado pelo delegado Fabio Shor, é a acusação mais severa contra Bolsonaro até o momento. Este é o primeiro inquérito no qual a PF afirma que Bolsonaro teria recebido dinheiro em espécie desviado dos cofres públicos. Segundo a PF, ex-auxiliares de Bolsonaro venderam presentes oficiais e entregaram o dinheiro em espécie ao ex-presidente. O grupo que atuou na venda ilícita das peças milionárias teria agido para enriquecimento ilícito de Jair Bolsonaro. Os presentes, avaliados em US$ 4.550.015,06 (R$ 25.298.083,73), foram supostamente desviados por uma associação criminosa que tentou legalizar a incorporação desses bens para poder vendê-los. Alguns bens ainda estão pendentes de perícia. A PF listou diversos itens de alto valor como parte do esquema, incluindo: – Relógio Rolex de ouro branco: US$ 73,749.50 – Caneta Chopard Rollerball de ouro branco: US$ 20,000.00 – Relógio Chopard L.U.C Triple Certification Tourbillon Automatic de ouro rosa: US$ 109,101.83 – Caneta Chopard Rollerball de ouro rosa: US$ 4,000.00 – Relógio Chopard L’Heure Du Diamant Medium Oval: US$ 187,608.00 – Anel prateado Chopard: US$ 30,292.91 – Par de brincos Chopard: US$ 126,341.56 – Colar prateado Chopard: US$ 671,660.20 – Escultura de um cavalo árabe dourado: US$ 4,971.12 Impacto nas finanças de Bolsonaro A PF indicou que o ex-presidente usou dinheiro em espécie obtido por meio da venda de joias desviadas para custear despesas durante sua estadia de três meses nos Estados Unidos, no início de 2023. Um áudio obtido pela PF mostra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, mencionando a posse de US$ 25 mil que deveria ser entregue em espécie ao ex-presidente. “Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né? Tem 25 mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que que era melhor fazer com esse dinheiro, levar em ‘cash’ aí. Meu pai estava querendo inclusive ir aí falar com o presidente”, afirmou Mauro Cid em 18 de janeiro de 2023, em conversa com o coronel Marcelo Camara, assessor do ex-presidente. Segundo a PF, o uso de dinheiro em espécie para pagamento de despesas cotidianas é uma forma comum de reintegrar o “dinheiro sujo” à economia formal com aparência lícita. Modus Operandi e ocultação de dinheiro O relatório da PF revela que a associação criminosa utilizou a estrutura do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) para “legalizar” a incorporação dos presentes ao acervo privado de Bolsonaro. Os valores das vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente por meio de intermediários, sem o uso do sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem e localização dos valores. Indiciamentos e consequências legais Além de Bolsonaro, outras 11 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o ex-ajudante de ordens e delator Mauro Cid, e seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid. Os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef, que já atuaram pelo próprio Bolsonaro, também estão entre os indiciados. Nesta segunda-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do relatório final da PF sobre o caso e deu 15 dias para que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifeste sobre as conclusões dos investigadores. Bolsonaro foi indiciado por crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro na quinta-feira (4). Crimes que podem resultar em uma pena de 10 a 32 anos de prisão, conforme a legislação brasileira. A lei nº 9.613/98 define lavagem de dinheiro como a tentativa de ocultar a origem, localização ou propriedade de bens materiais, com pena de três a 10 anos de prisão. O crime de peculato, previsto no artigo 312 do Código Penal, tem pena de dois a 12 anos de reclusão, enquanto a associação criminosa, prevista no artigo 288-A do Código Penal, possui pena de cinco a dez anos de reclusão. A situação jurídica de Bolsonaro pode ser agravada pela sua condição de ex-presidente e outras investigações em curso. Se condenado, ele poderá ficar inelegível por mais tempo do que inicialmente previsto nas ações que correram no TSE, esbarrando na Lei Complementar 64/1990, conhecida como Lei das Inelegibilidades. Próximos passos O relatório final da PF foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador-geral da República terá 15 dias para decidir se apresenta uma acusação formal à Justiça, o que pode levar à abertura de uma ação penal. A Procuradoria-Geral da República pode apresentar acusação formal à Justiça, pedir mais apurações ou arquivar o caso. Caso a Justiça acate a denúncia, Bolsonaro se tornará réu no processo, que seguirá para julgamento. O indiciamento da PF não significa que Bolsonaro é culpado. A Justiça decidirá se ele se tornará réu no processo.

Bolsonaro é o pior cabo eleitoral nas eleições municipais

Pesquisa Datafolha mostra que 65% dos paulistanos não votariam num candidato apoiado pelo ex-presidente indiciado por roubo de joias Uma nova pesquisa do Datafolha revela que a rejeição a um padrinho político pode ser um fator decisivo nas eleições municipais de outubro em São Paulo (SP). De acordo com o levantamento, 56% dos eleitores da cidade afirmam que podem mudar seu voto para a prefeitura caso o candidato seja apoiado por um político que eles rejeitam. Desses, 37% garantem que mudariam com certeza, enquanto 19% dizem que talvez o fizessem. Por outro lado, 41% dos entrevistados não mudariam o voto, e 2% não souberam responder, de acordo com reportagem do Globo. A pesquisa avaliou a influência de quatro figuras políticas: o presidente Lula (PT), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Entre eles, Bolsonaro é o que mais afasta eleitores, com 65% afirmando que não votariam de jeito nenhum em um candidato apoiado por ele, um aumento de 4% em relação à pesquisa anterior de maio. Apenas 16% disseram que votariam com certeza no candidato de Bolsonaro, e outros 16% considerariam o apoio na hora de decidir o voto. Além disso, 41% dos eleitores não sabem que Bolsonaro apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Tarcísio de Freitas tem seu apoio rejeitado por 48% e valorizado por 47% dos eleitores, sendo considerado um dos principais cabos eleitorais de Nunes. Já o endosso de Lula, que apoia Guilherme Boulos (PSOL), afasta 45% dos eleitores, enquanto 23% votariam com certeza em um candidato apoiado pelo presidente e 28% considerariam o voto. Alckmin, que apoia Tabata Amaral (PSB), tem sua influência rejeitada por 47% e valorizada por 49% dos eleitores, mas apenas 7% dos entrevistados sabem desse apoio. A pesquisa foi realizada entre terça-feira (2) e quinta-feira (4) com 1.092 eleitores em toda a cidade de São Paulo, e a margem de erro é de três pontos percentuais. Rejeição em Outras Capitais No Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro lidera o índice de rejeição, com 61% dos eleitores afirmando que não votariam em um candidato apoiado por ele. Bolsonaro e Lula afastam 57% e 46% dos eleitores, respectivamente. Além disso, 54% dos cariocas não sabem qual candidato contará com o apoio de Castro e Bolsonaro. O apoio de Lula ao prefeito Eduardo Paes (PSD) é reconhecido por 42% dos entrevistados. Em Belo Horizonte (MG), 60% dos eleitores não votariam no candidato de Bolsonaro, enquanto Lula e o governador Romeu Zema (Novo) afastam 53% e 48% dos votos, respectivamente. A rejeição a Bolsonaro é ainda maior no Recife. Na capital pernambucana, 67% dos eleitores não votariam em um candidato apoiado pelo ex-presidente. Já 58% dos eleitores admitiriam votar em um candidato endossado por Lula, e 59% rejeitam um nome ligado à governadora Raquel Lyra (PSDB).

Justiça condena Ypê por live pró-Bolsonaro nas eleições de 2022

De acordo com MPT, marca será multada em até R$ 100 mil se descumprir decisão judicial; donos ainda doaram 1 milhão à campanha de Bolsonaro Uma palestra pró-Bolsonaro para funcionários em 2022 resultou na condenação da Química Amparo LTDA., proprietária da marca Ypê, de produtos de limpeza e higiene, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), por assédio eleitoral. A palestra foi realizada online e transmitida ao vivo, com o objetivo de persuadir os funcionários a votarem no então presidente Jair Bolsonaro (PL). O Ministério Público do Trabalho (MPT) foi o autor da ação e relatou que, durante a transmissão ao vivo via internet, realizada no primeiro dia de propaganda para o segundo turno das eleições, o palestrante apresentou diversos números que, embora disfarçados como informações, sugeriam claramente que manter o governo de Jair Bolsonaro era “a melhor opção para o país”. À Justiça, a empresa admitiu a realização do evento, mas alegou que a intenção era para “expor o cenário político” da época. Se descumprir a decisão judicial, a Ypê poderá ser multada em até R$ 100 mil. O veredito, ainda sujeito a recurso, foi emitido pela 9ª Câmara do TRT-15 e alcançou uma decisão unânime. A fábrica diz que geralmente “não comenta decisões judiciais”, mas vai recorrer. “A empresa é uma companhia 100% brasileira, apartidária, e tem acreditado e investido no país há mais de 70 anos”, afirmou ao g1. Cabe recurso ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). À Uol, a empresa manteve sua posição como “apartidária”. “A Química Amparo não faz comentários sobre processos judiciais em andamento, porém ressalta que o caso será ainda avaliado pelas instâncias superiores. A empresa é uma companhia totalmente brasileira, apartidária, que continua a acreditar e investir no país há mais de sete décadas.” Campanha recebeu R$ 1 milhão da Ypê Como mostrou uma reportagem da Fórum, doações de campanha feitas pela família controladora da marca Ypê ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, geraram críticas e manifestações de apoio à marca nas redes sociais. Três membros da família Beira, que integram o conselho de sócios da Ypê, doaram quantias à campanha do então candidato à reeleição de Bolsonaro. As doações, segundo o portal da transparência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), somam R$ 1 milhão. O maior doador dos três foi Jorge Eduardo Beira, vice-presidente de operações da empresa, doou a maior quantia, que entregou R$ 500 mil à campanha. Ele é a 15ª pessoa física que mais transferiu dinheiro a Bolsonaro. Waldir Beira Júnior, presidente do conselho, e Ana Maria Beira, integrante dos conselhos de sócios e administração, doaram R$ 250 mil cada um, totalizando R$ 1 milhão de toda a família. Leia mais AQUI, na reportagem da Revista Fórum.

PF indicia Zé Trovão e Sérgio Reis por atos antidemocráticos

Bolsonaristas ameaçaram ministros do STF e pediram o fechamento de estradas. ESTILO BOLSONARO Sérgio Reis anuncia internação em hospital após ser indiciado pela PF A Polícia Federal (PF) indiciou, o deputado federal Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão (PL), e o cantor Sérgio Reis pela organização dos atos antidemocráticos no 7 de setembro de 2021. Outras onze pessoas também foram indiciadas pela corporação no mesmo caso. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o evento em comemoração do bicentenário da Independência do Brasil como palanque político. Na ocasião, o ex-capitão ameaçou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e instigou seus apoiadores contra as instituições democráticas do País. Em razão da usurpação da cerimônia para fins políticos, Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inelegibilidade por 8 anos. Na esteira das ameaças feitas por Bolsonaro, diversos apoiadores, entre eles os 13 indiciados, iniciaram discursos pelo fechamento de estradas e pelo impeachment de ministros do STF. Zé Trovão, Sérgio Reis e outros bolsonaristas respondem pelos delitos de incitação do crime, associação criminosa e de tentar impedir o livre exercício dos Três Poderes. Se condenados, as penas somadas podem chegar a mais de 9 anos de prisão. Os inquéritos sobre ações antidemocráticas no 7 de setembro de 2021 foram abertos ainda naquele ano, a pedido da Procuradoria-Geral da República. Na ocasião, Zé Trovão chegou a ficar mais de um mês foragido da polícia. No ano seguinte, ele foi eleito para a Câmara dos Deputados, mas continua sendo monitorado com tornozeleira eletrônica. A Polícia Federal concluiu que os investigados atuavam em uma rede articulada para realizar ataque contra as instituições democráticas do País. O relatório da investigação foi encaminhado para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, que deverá decidir se apresentará denúncia contra os acusados. Caso entenda não haver elementos suficientes para fazer uma acusação formal contra os bolsonaristas, o PGR poderá pedir novas diligência ou arquivar o inquérito. Além do cantor e do deputado, ainda foram indiciados o ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Antônio Galvanostegias, e o jornalista Oswaldo Eustáquio. ESTILO BOLSONARO Sérgio Reis anuncia internação em hospital após ser indiciado pela PF O cantor Sérgio Reis, logo após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) pela organização dos atos golpistas de 7 de Setembro de 2021, anunciou em uma publicação nas redes sociais que está internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP). Segundo o comunicado, o sertanejo foi à unidade de saúde na quarta-feira (3) para fazer exames de rotina e, durante a consulta “foi constatado um problema em um Stent, razão pela qual, haverá a necessidade da realização de um cateterismo para solucionar o problema”. “Por este motivo, o cantor deverá ficar em repouso absoluto por 05 dias. Sendo assim, os shows dos dias 06/07 na cidade de Bálsamo – SP e 07/07 na cidade de São José da Barra – MG foram cancelados e, nova data será reagendada assim que o cantor receber alta”, prossegue a nota oficial.   Ver essa foto no Instagram   Uma publicação compartilhada por Sérgio Reis (@serjaooficial)

Norte de Minas fora da lista dos cem parlamentares mais influentes do Congresso

Puxada pelo PT, que lidera a lista com 21 nomes, relação elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar tem preponderância da base governista Por Luis Felipe Azevedo — Rio de Janeiro – O Globo Os parlamentares Bia Kicis, Gleisi Halffmann, Jorge Kajuru e Nikolas Ferreira estão entre os 100 ‘cabeças’ do Congresso Um levantamento divulgado nesta sexta-feira pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), realizada periodicamente desde 1994, aponta quem são os congressistas mais influentes do país entre os 513 deputados federais e 81 senadores em mandato no mês de junho — assim, não estão incluídos na lista aqueles que se licenciaram para ocupar cargos nos Executivos federal, estaduais ou municipais, por exemplo. Entre os cem nomes elencados pelo órgão, aparecem nomes de peso à direita e à esquerda, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — a relação completa está ao fim da matéria. O Diap considera como “cabeças” do Congresso Nacional os políticos que reúnem qualidades como “capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações”, seja “pelo saber” ou pelo “senso de oportunidade”. O órgão também destaca a capacidade de “leitura da realidade” e “facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando a repercussão e tomada de decisão”. Entre os cem congressistas mais influentes, há 69 deputados federais e 31 senadores — proporcionalmente, portanto, o Senado leva vantagem. Desses, 24% são novos em relação aos “Cabeças” de 2023. Com o PT à frente, com 21 nomes, a base governista tem o apoio de 76 “cabeças”, contra 16 vinculados à oposição. Segundo partido com mais representantes na lista (12), o PL puxa o time dos adversário do Planalto no Congresso. Outros oito são de partidos neutros ou não têm sigla. O Sudeste é a região com mais parlamentares na relação elaborada pelo Diap, com 39 nomes. Na sequência, vêm Nordeste (38), Norte (10), Sul (8) e Centro-Oeste (5). Já no ranking por estados quem lidera é São Paulo, com 17 congressistas — todos deputados —, seguido por Rio de Janeiro (13) e Minas Gerais (9). Os cem parlamentares mais influentes Em ordem alfabética Deputada Adriana Ventura (Novo-SP) Deputado Aécio Neves (PSDB-MG) Deputado Afonso Motta (PDT-RS) Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) Deputado Alencar Santana (PT-SP) Deputado Aliel Machado (PV-PR) Deputado Altineu Cortês (PL-RJ) Deputado André Figueiredo (PDT-CE) Senador Ângelo Coronel (PSD-BA) Deputado Antonio Brito (PSD-BA) Deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) Deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) Deputado Arthur Lira (PP-AL) Deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE) Deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) Deputado Baleia Rossi (MDB-SP) Senador Beto Faro (PT-PA) Deputada Benedita da Silva (PT-RJ) Deputada Bia Kicis (PL-DF) Senador Carlos Portinho (PL-RJ) Deputado Carlos Zarattini (PT-SP) Senador Ciro Nogueira (PP-PI) Senador Confúcio Moura (MDB-RO) Deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) Senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) Deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) Senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) Deputado Doutor Luizinho (PP-RJ) Deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) Senador Eduardo Braga (MDB-AM) Senador Eduardo Gomes (PL-TO) Senador Efraim Filho (União Brasil-PB) Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) Deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) Deputada Erika Hilton (PSOL-SP) Deputada Erika Kokay (PT-DF) Deputado Eunício Oliveira (MDB-CE) Deputado Felipe Carreras (PSB-PE) Deputado Fernando Coelho Filho (União Brasil-PE) Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) Deputado Gervásio Maia (PSB-PB) Deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) Deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) Deputado Hugo Leal (PSD-RJ) Deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) Senador Humberto Costa (PT-PE) Deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) Deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) Senador Jaques Wagner (PT-BA) Senador Jorge Kajuru (PSB-GO) Deputado José Guimarães (PT-CE) Deputado Júlio Lopes (PP-RJ) Senador Laércio Oliveira(PP-SE) Deputado Lincoln Portela (PL-MG) Deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) Deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) Deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) Deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) Deputado Luiz Gastão (PSD-CE) Deputada Luiza Erundina (PSol-SP) Deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) Deputada Maria do Rosário (PT-RS) Senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) Deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE) Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) Deputado Odair Cunha (PT-MG) Senador Omar Aziz (PSD-AM) Deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) Senador Otto Alencar (PSD-BA) Deputado Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) Deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) Deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) Senador Paulo Paim (PT-RS) Deputado Pedro Lupion (PP-PR) Deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) Senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil -TO) Senador Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP) Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) Senador Renan Calheiros (MDB-AL) Deputada Renata Abreu (Podemos-SP) Deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) Senador Rogério Carvalho (PT-SE) Deputado Rogério Correia (PT-MG) Senador Rogério Marinho (PL-RN) Deputado Romero Rodrigues (Podemos-PB) Deputado Rubens Pereira Junior (PT-MA) Deputado Rui Falcão (PT-SP) Deputada Tabata Amaral (PSB-SP) Senadora Tereza Cristina (PP-MS) Deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE) Senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) Senador Wellington Fagundes (PL-MT) 95. Deputado Wellington Roberto (PL-PB) 96. Senador Weverton Rocha (PDT-MA) Deputado Zé Neto (PT-BA) Deputado Zé Silva (Solidariedade-MG) Deputado Zeca Dirceu (PT-PR) Senador Zequinha Marinho (Podemos-PA)