Tributação sobre dividendos será encaminhada ainda em 2024 ao Congresso

Segundo Fernando Haddad, dividendos são uma parcela dos lucros distribuídos pelas empresas aos acionistas – e não são tributados no Brasil (Reuters) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o governo pretende enviar uma proposta sobre taxação de dividendos para o Congresso Nacional ainda em 2024 e que enxerga muita disposição por parte do Legislativo para discutir o tema. Em entrevista a jornalistas na saída do ministério, Haddad disse ainda que um projeto de lei sobre aplicações financeiras será enviado pela pasta para a Casa Civil na terça-feira. Dividendos são uma parcela dos lucros distribuídos pelas empresas aos acionistas como forma de recompensá-los pelo investimento feito na empresa. Essa distribuição é feita de forma proporcional à quantidade de ações que cada acionista possui. Quando uma empresa gera lucro, ela pode decidir reinvestir esse lucro em suas operações, pagar dívidas ou distribuir uma parte desse lucro aos acionistas na forma de dividendos. A decisão de distribuir dividendos e a quantidade a ser distribuída geralmente são tomadas pela diretoria da empresa e aprovadas pelos acionistas em assembleias gerais. Os dividendos podem ser pagos regularmente, como trimestralmente ou anualmente, ou de forma esporádica, dependendo da política de distribuição de dividendos da empresa. Eles podem ser pagos em dinheiro, ações adicionais da empresa (conhecidas como “dividendos em ações”) ou em outras formas de ativos. Os dividendos são uma das principais formas pelas quais os investidores obtêm retorno sobre seu investimento em ações, além do aumento do valor das ações (valorização do capital). No entanto, nem todas as empresas pagam dividendos, e algumas podem optar por reinvestir todos os lucros em vez de distribuí-los aos acionistas. Isso geralmente é visto em empresas de crescimento acelerado que preferem reinvestir seus lucros para expandir seus negócios

Entenda os principais pontos da lei que regulamenta o trabalho por aplicativo

Autonomia, flexibilidade, transparência remuneração mínima e previdência; saiba mais A tão discutida Lei dos Apps traz consigo uma série de mudanças significativas para os motoristas que trabalham em plataformas como Uber e outros aplicativos similares. Aqui está um resumo simples dos principais pontos: Mantém a Autonomia: Os motoristas continuarão sendo considerados autônomos, o que significa que poderão manter sua liberdade para escolher seus horários e locais de trabalho. Flexibilidade: A nova legislação assegura que os motoristas possam trabalhar o número de horas que desejarem, sem a imposição de jornadas fixas ou pontos obrigatórios. Remuneração Mínima: As plataformas serão obrigadas a garantir uma remuneração mínima para os motoristas, oferecendo uma segurança financeira básica. Transparência: As empresas deverão disponibilizar informações claras para os condutores, incluindo detalhes sobre algoritmos, preços e outros aspectos operacionais. Direito à Previdência: Com a nova lei, os trabalhadores dos aplicativos passarão a ter direitos previdenciários, como acesso à aposentadoria e à seguridade social. Esses pontos visam trazer mais segurança e proteção aos trabalhadores das plataformas de transporte, garantindo direitos básicos e transparência nas relações laborais. É importante ressaltar que as informações que circulam sobre a nova legislação devem ser analisadas com cuidado. Muitas delas são distorcidas ou falsas, produzidas por grupos com interesses políticos diversos. O projeto de lei proposto pelo presidente Lula agora seguirá para o Congresso Nacional, onde será discutido e analisado pelos parlamentares. De acordo com o procedimento legislativo, a matéria deverá ser apreciada em um prazo máximo de 45 dias. Essa iniciativa do governo Lula representa um passo importante na busca por uma regulação mais justa e segura para os trabalhadores das plataformas de transporte por aplicativo.

Haddad quer união internacional para taxar super-ricos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propôs nesta quarta-feira (28) que os países de todo o mundo se unam para taxar as grandes fortunas.   “Precisamos fazer com que os bilionários do mundo paguem a sua justa contribuição em impostos. Além de buscar avançar as negociações em andamento na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] e ONU [Organização das Nações Unidas], acreditamos que uma tributação mínima global sobre a riqueza poderá constituir um terceiro pilar da cooperação tributária internacional”, defendeu. Haddad abriu a 1ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais da Trilha de Finanças do G20. O ministro, que deveria presidir os trabalhos, fez seu discurso por transmissão de vídeo. No fim de semana, ele foi diagnosticado com covid-19. Desigualdade O enfrentamento à desigualdade e às mudanças climáticas foram apontados por Haddad como os principais desafios a serem enfrentados de forma conjunta pelos países que compõem o grupo das 20 maiores economias do planeta. “Precisamos entender a mudança climática e a pobreza como desafios verdadeiramente globais, a serem enfrentados por meio de uma nova globalização socioambiental”, enfatizou. Para o ministro, a desigualdade social deve estar no centro das análises e dos planejamentos econômicos. “Acreditamos que a desigualdade não deve ser apenas tratada como uma preocupação social, um mero corolário da política econômica. A nossa política é centrar a desigualdade como uma variável fundamental para análise de políticas econômicas. Queremos desenvolver as ferramentas analíticas mais adequadas para isso”, disse. O abismo que separa os super-ricos das populações mais pobres está relacionado, segundo o ministro, também à questão climática. “Chegamos a uma situação insustentável em que o 1% mais rico detém 43% dos ativos financeiros mundiais e emitem a mesma quantidade de carbono que os dois terços mais pobres da humanidade”. Nesse contexto, Haddad vê os países menos desenvolvidos economicamente mais prejudicados pelos prejuízos causados pelas mudanças no clima mundial. “A crise climática ganhou força, tornando-se uma verdadeira emergência. Países mais pobres devem arcar com custos ambientais e econômicos crescentes, ao mesmo tempo que veem suas exportações ameaçadas por uma crescente onda protecionista”, ressaltou. O ministro pediu que seja feito um novo entendimento sobre globalização e cooperação internacional, diferente do que ocorreu nas décadas anteriores e vem sendo rejeitado por diversas populações em todo o mundo. “A atual reação à globalização pode ser atribuída ao tipo específico de globalização que prevaleceu até a crise financeira de 2008. Até então, a integração econômica global se confundiu com a liberalização de mercados, a flexibilização das leis trabalhistas, desregulamentação financeira e a livre circulação de capitais. As crises financeiras resultantes causaram grandes perdas socioeconômicas”. Fonte: Agência Brasil

PIB cresce e Brasil retorna ao grupo das 10 maiores economias do mundo

Segundo o presidente Lula “crescemos bem mais que o previsto e vamos continuar trabalhando para crescer com qualidade e pela melhora de vida de todos.” O registro do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro marcou alta 2,9% em 2023, com um valor de R$ 10,9 trilhões, na cotação atual em dólar US$ 2,2 trilhões. Os dados foram divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (1) e a partir deles a agência de risco Austin Rating, com estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional), classificou o Brasil como a 9º maior economia do mundo. O expressivo resultado do PIB alcançado logo no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula fez com que o Brasil ultrapassasse a Rússia (US$ 1,9 trilhão) e o Canadá (US$ 2,1 trilhões), colocando o país de volta no grupo das dez maiores economias do mundo. O Brasil não figurava no simbólico grupo desde 2019, no qual entrou em 2008 e chegou até a 7º posição. O crescimento foi alavancado pela agropecuária, com recorde de safra e registro de alta de 15,1% no setor. Ainda que o resultado seja excelente, dado que as projeções apontavam para valores menores, é preciso se atentar para a variação que se deu no PIB entre o primeiro e segundo semestre. No primeiro trimestre de 2023 a alta foi de 1,3%, no segundo trimestre 0,8%, porém nos dois restantes o crescimento ficou estagnado. Mais que o previsto A primeira projeção do Boletim Focus, relatório do Banco Central (BC), em 2023, indicou que o PIB chegaria ao final do ano em 0,78%. Ao longo dos meses a projeção foi sempre corrigida para cima. Com bons resultados atrás de bons resultados, o presidente Lula sempre demonstrou otimismo quanto à recuperação da economia. Ao comentar sobre o resultado oficial que coloca o Brasil de volta entre as dez maiores economias do mundo, Lula disse nas redes sociais: “O PIB do Brasil cresceu 2,9% em 2023, segundo o IBGE. Vocês lembram que a previsão de alguns era 0,9%? Crescemos bem mais que o previsto e vamos continuar trabalhando para crescer com qualidade e pela melhora de vida de todos.” O PIB do Brasil cresceu 2,9% em 2023, segundo o IBGE. Vocês lembram que a previsão de alguns era 0,9%? Crescemos bem mais que o previsto e vamos continuar trabalhando para crescer com qualidade e pela melhora de vida de todos. — Lula (@LulaOficial) March 1, 2024 Confira a lista das 10 maiores economias segundo a Austin Rating: 1) Estados Unidos: US$ 26,9 trilhões 2) China: US$ 17,7 trilhões 3) Alemanha: US$ 4,4 trilhões 4) Japão: US$ 4,2 trilhões 5) Índia: US$ 3,7 trilhões 6) Reino Unido: US$ 3,3 trilhões 7) França: US$ 3 trilhões 8) Itália: US$ 2,18 trilhões 9) Brasil: US$ 2,17 trilhões 10) Canadá: US$ 2,11 trilhões

Faturamento de franquias registra crescimento de 13,8% em 2023

Atividade criou 1,7 milhão de empregos diretos. O faturamento das franquias no Brasil atingiu R$ 240,6 bilhões em 2023, um crescimento nominal de 13,8% em relação a 2022. Em comparação a 2019, na pré-pandemia, o aumento foi de 28,9%. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF). O levantamento mostra ainda que o número de redes chegou a 3.311, crescimento de 7,6% em relação a 2022; e o número de empregos diretos gerados atingiu 1,7 milhão, um aumento de 7,1% em comparação ao ano anterior. Já o número de operações de franquias totalizou 195,8 mil, 7,8% superior a 2022. A taxa média de abertura de novas operações alcançou 17,3% no ano passado, ante 14,9% em 2022; já a taxa média de operações que fecharam foi 5,9%. No ano anterior foi 6%, resultando num saldo positivo de 11,4%, acima dos 9,8% de 2022. “Os resultados mostram a capacidade de adaptação do setor, principalmente em relação à digitalização e ao ajuste de modelos de negócio. De outro lado, o desejo do consumidor por atividades sociais, principalmente eventos, encontros e confraternizações, movimentou o setor de forma geral, mas principalmente Alimentação e Turismo”, destacou o presidente da ABF, Tom Moreira Leite. Alimentação – Food Service foi o segmento de franquias que mais cresceu e se destacou, com alta de 17,9%, beneficiada pela forte retomada da vida social da população, das vendas por delivery e da alta do tíquete médio. Saúde, Beleza e Bem-Estar vêm em seguida, com crescimento de 17,5%, justificado, segundo a ABF, pelo bom desempenho dos segmentos de clínicas de estética, odontologia, óticas e farmácias. O terceiro maior avanço ficou com Hotelaria e Turismo (16,4%), também beneficiado pela forte retomada das viagens, do aumento do tíquete médio das viagens aéreas, da demanda reprimida e pelo retorno de eventos e lazer. As projeções da Associação Brasileira de Franchising para o setor neste ano são de um faturamento 10% maior, de expansão das operações em 5,5%; das redes, em 5%; e uma alta de 5,5% no número de empregos diretos gerados. Maiores do ramo Entre as Top 10 franquias no país, o segmento de Alimentação continua sendo o mais representativo, com cinco, uma marca a mais que em 2022; e o segmento Saúde, Beleza e Bem-Estar se manteve em segundo, com três marcas. A Cacau Show (Alimentação – Comércio e Distribuição) manteve a liderança do Ranking ABF das 50 Maiores Redes de Franquias no Brasil por Operação, com um total de 4.216 operações, o que representa um crescimento de 10,7% em relação à edição anterior. Em seguida, vem O Boticário (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 3.689 operações; McDonald’s (Alimentação – Food Service), com 2.662 operações (variação positiva de 2,50%); Colchões Ortobom (Casa e Construção), com 2.380 operações, e Odonto Company (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 1.899 operações. Na sexta vem a rede Lubrax+ (Serviços Automotivos), com 1.741 operações (1,7%), seguida de Subway (Alimentação – Food Service), com 1.574, e AM/PM (Alimentação – Comércio e Distribuição), com 1.540. Depois vem a Óticas Carol (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 1.400 operações, e o Burger King Brasil (Alimentação – Food Service) com 1.331 franquias (5,7%). Oral Centter O investimento em franquias odontológicas no Brasil está ganhando destaque como uma maneira promissora de expandir clínicas, oferecer serviços de qualidade e contribuir para o avanço do setor odontológico como um todo. Com o crescimento contínuo da demanda por cuidados dentários, as franquias oferecem uma abordagem sólida para atender às necessidades dos pacientes e promover a excelência na odontologia. É o caso da OralCentter, que surgiu através da união de propósitos de dois colegas, Renato Mendes e Priscilla Gusmão, que após anos trabalhando juntos viram a disparidade e condições precárias que os tratamentos odontológicos eram oferecidos ao público C (que corresponde a mais de 50% da população) e se comprometeram a cuidar dos pacientes, dando o melhor deles e oferecendo condições de realizar a mudança. Eles acreditam que receber um tratamento Odontológico de excelência é direito de todos os pacientes, independente da condição social. Oral Centter Franchising Após se destacar como cirurgiã-dentista em uma renomada rede de clínicas, a Dra. Priscila traçou um caminho único. Inicialmente, sua jornada como empreendedora começou quando ela se tornou franqueada de duas unidades. Contudo, diante dos desafios de gestão na rede anterior, a Dra. Priscila viu a oportunidade de criar algo excepcional, que refletisse seus valores e visão. Assim, nasceu a Oral Centter, uma marca fundada na paixão pela odontologia e na busca pela excelência. A primeira clínica foi estabelecida no Jardim Palmeiras, Montes Claros, para proporcionar cuidados odontológicos de alta qualidade à comunidade local. O sucesso da Oral Centter não passou despercebido. Com a alta demanda de colegas de graduação inspirados pela abordagem única da Dra. Priscila, surgiu a Oral Centter Franchising. “Agora, estamos oferecendo a outros profissionais da odontologia a oportunidade de compartilhar nossa visão e oferecer serviços odontológicos excepcionais em suas próprias comunidades”, revelou a profissional. Já foram vendidas 59 clínicas, não apenas no Norte de Minas, mas em outras regiões de Minas e em outros estados brasileiros. Nesta segunda-feira (19), foi inaugurada na Av. Osmane Barbosa, 225, no bairro Planalto, em Montes Claros, a 27ª clínica da Oral Centter, adquirida pelas irmãs Jhéssica e Jennifer Moreira “Se você é um profissional da saúde interessado em empreender ou um investidor em busca de oportunidades sólidas, as franquias odontológicas merecem uma análise cuidadosa e podem representar um caminho promissor para o sucesso”, sugere Priscilla. Com informação da Agência Brasil

Candidatos têm última semana para se inscrever no concurso unificado

Estão sendo ofertadas mais de 6,6 mil vagas Termina no dia 9 de fevereiro o prazo para inscrição no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Interessados em participar do certame devem acessar o site da Fundação Cesgranrio e pagar a taxa de R$ 60, para os cargos de nível médio e R$ 90 para os de nível superior. É necessário ao candidato estar inscrito na plataforma Gov.br. Os organizadores já contabilizam mais de 1 milhão de inscrições para concorrerem às 6,6 mil vagas no serviço público. Dessas, 5.948 são para cargos de nível superior e 692, nível médio. As provas serão aplicadas no dia 5 de maio, em 220 cidades distribuídas por todas as unidades federativas. Para se inscrever, o candidato precisa, primeiro, escolher um entre os oito blocos temáticos do concurso. Na sequência, escolhe os cargos de seu interesse, dentro do mesmo bloco temático, e coloca na ordem de preferência – primeiro entre os cargos e, na sequência, entre as especialidades. Os editais dos oito blocos temáticos, com todos os requisitos necessários, estão disponíveis em site específico do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O telefone de suporte para esclarecimento de dúvidas sobre os editais, disponibilizado pela banca examinadora, a Fundação Cesgranrio, é 0800 701 2028. O funcionamento é das 9h às 17h, todos os dias da semana, inclusive fins de semana e feriados. Fonte: Agência Brasil

Taxa de desemprego recua para 7,8% em 2023, a menor desde 2014

Média anual de 2023 da taxa de desemprego foi influenciada pelo crescimento do PIB, dizem analistas A taxa de desemprego do Brasil atingiu 7,8% na média anual de 2023, apontam dados divulgados nesta quarta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do menor patamar para um ano desde 2014. No recorte do quarto trimestre de 2023, a taxa de desocupação ficou em 7,4%. O resultado veio após o indicador marcar 7,7% nos três meses imediatamente anteriores. Na mediana, analistas do mercado financeiro consultados pela agência Bloomberg projetavam taxa de 7,6% para o período de outubro a dezembro do ano passado. Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O levantamento abrange tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal – ou seja, engloba desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos. No recorte trimestral, a taxa de desemprego já havia marcado 7,5% nos três meses encerrados em novembro. Esse período, contudo, integra outra série da Pnad. A pesquisa reúne três séries trimestrais comparáveis. O ano de 2023, que marcou o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve desempenho acima do esperado da atividade econômica, principalmente no primeiro semestre, quando houve impulso da safra agrícola. Na visão de analistas, o comportamento positivo do PIB (Produto Interno Bruto) acabou respingando em indicadores de emprego e renda no ano passado. Segundo projeções, a possível desaceleração da atividade econômica, já a partir do final de 2023, deve trazer ritmo menor para o mercado de trabalho em 2024. Neste ano, a economia não deve contar com o mesmo impulso da safra agrícola. O nível mais baixo dos juros, por outro lado, é visto como possível estímulo para a atividade. (Folhapress)

Salário mínimo de R$ 1.412 entra em vigor nesta segunda-feira

Novo valor será pago a partir de fevereiro, referente a janeiro A partir desta segunda-feira (1º), o salário mínimo oficial será de R$ 1.412. O valor, que será pago a partir de fevereiro referente à folha de janeiro, é 6,97% maior que o salário de R$ 1.320, que vigorou de maio a dezembro de 2023. Aprovado no Orçamento Geral da União de 2024, o valor de R$ 1.412 corresponde à inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses terminados em novembro, que totalizou 3,85%, mais o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Enviada pelo governo em maio, a medida provisória com a nova política de valorização do salário mínimo foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em agosto. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o reajuste do salário mínimo beneficiará 59,3 milhões de trabalhadores e resultará em um incremento da renda anual no montante de R$ 69,9 bilhões. A entidade estima que o governo – União, estados e municípios – arrecadará R$ 37,7 bilhões a mais por causa do aumento do consumo atrelado ao salário mínimo maior. Ganho real Ao descontar a inflação pelo INPC, o salário mínimo terá ganho real de 5,77% em relação a maio de 2023, quando passou a vigorar o mínimo de R$ 1.320. Se considerar o salário mínimo de R$ 1.302, que vigorou de janeiro a abril, o ganho seria menor, de 4,69%. Isso porque o INPC, índice que mede a inflação das famílias de menor renda (até cinco salários mínimos), estava mais alto no início de 2023. De 2007 a 2019, vigorava a política semelhante à atual, em que o salário mínimo era corrigido pelo INPC do ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Caso o PIB encolha, havia a reposição apenas pela inflação. De 2020 a 2022, o salário mínimo passou a ser corrigido apenas pelo INPC, sem ganhos reais. o ano passado, houve dois aumentos. De janeiro a maio, o salário mínimo foi reajustado para R$ 1.302, com ganho real de 1,41%. A partir de maio, quando o governo editou a medida provisória retomando a política salarial anterior, o salário passou para R$ 1.320, com valorização real de 2,8% em relação ao mínimo de 2022. Orçamento O projeto de lei do Orçamento de 2024 estimava salário mínimo de R$ 1.421. No entanto, com a queda do INPC ao longo do segundo semestre, o valor final ficou em R$ 1.412, conforme a lei orçamentária aprovada pelo Congresso Nacional em 22 de dezembro. Por causa dos benefícios da Previdência Social atrelados ao salário mínimo, o novo valor, de R$ 1.412, aumentará os gastos da União em R$ 35 bilhões neste ano. Segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), cada R$ 1 a mais no salário mínimo eleva as despesas do governo em R$ 389 milhões. Os cálculos, no entanto, não consideram os ganhos de arrecadação decorrentes do aumento do consumo.

Imposto de Renda – Governo vai isentar quem ganha até dois salários mínimos

Em entrevistas, Lula e Haddad afirmaram que o ajuste será feito para aumentar faixa de isenção. Presidente lembrou de compromisso de chegar a R$ 5 mil até o fim do mandato O governo vai mexer na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), para garantir isenção até a faixa de dois salários mínimos (R$ 2.824, pelo valor atual). Em entrevistas, tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiram que a alteração será feita. “Nós vamos fazer as mudanças agora para que quem ganha até dois mínimos não paguem Imposto de Renda”, disse o presidente em entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia, nesta terça-feira (23). “E você sabe que eu tenho o compromisso de chegar ao fim do meu mandato isentando pessoas que ganham até 5 mil reais”, acrescentou Lula. “Nós vamos fazer uma nova revisão esse ano, até por conta do aumento do salário mínimo”, declarou Haddad ontem (22), durante o programa Roda Viva, da TV Cultura. “O presidente já pediu uma análise para nós acertarmos a questão da faixa de isenção”, disse ainda o ministro. Dinheiro sai, dinheiro entra “Nesse país, quem vive de dividendo não paga Imposto de Renda e quem vive de salário paga. O Haddad sabe que nós temos que fazer esses ajustes. Eles são difíceis, porque na hora que a gente abre mão de um dinheiro, a gente tem que saber de onde vai pegar outro dinheiro”, lembrou Lula. “Mas a gente vai fazer tudo que prometemos, porque é bom para o Brasil, é bom para o povo brasileiro e é muito bom para o meu querido Nordeste”, completou à rádio baiana. Na semana passada, as centrais sindicais haviam divulgado nota alertando para o prejuízo aos trabalhadores pela inalteração da tabela. As entidades citaram cálculo da Unafisco Sindical mostrando que a combinação entre aumento do salário mínimo e manutenção dos valores da tabela do IRPF excluiria contribuintes da faixa de isenção. Aumento do piso nacional Em maio do ano passado, o governo publicou medida provisória que alterou a faixa de isenção de R$ 1.903,98 para R$ 2.112. Para isentar quem recebia até dois mínimos, o texto incluiu desconto mensal de R$ 528 na fonte. Assim, na prática, quem recebia o correspondente a dois salários mínimos (R$ 2.640) ficou isento. Mas neste mês entrou em vigor o novo salário mínimo, que passou a valer R$ 1.412. Assim, quem recebe até dois pisos voltou a ser tributado. O governo ainda não divulgou o calendário de declaração do IRPF, que deve começar em meados de março.

Estudo mostra que elite ficou ainda mais rica durante período Bolsonaro

Nota foi elaborada pelo economista Sérgio Gobetti, publicada pelo Observatório de Política Fiscal do FGVA Nota técnica elaborada pelo economista Sérgio Gobetti, publicada pelo Observatório de Política Fiscal do FGVA, indica que a renda de 15 mil pessoas pertencentes ao topo da pirâmide social no Brasil cresceu nos últimos anos até o triplo do ritmo observado entre o restante da população, elevando a concentração da riqueza ao fim do governo Jair Bolsonaro (PL). As informações são do jornal Folha de S.Paulo. A reportagem ainda indica que, entre essa elite, que representa 0,01% da população, o crescimento médio da renda praticamente dobrou (96%) entre 2017 e 2022. Na fatia 1% mais rica, o crescimento também foi alto, de 67%. Entre os 5% com mais ganhos, de 51%. Enquanto isso, os ganhos da imensa maioria da população adulta (os 95% mais pobres) não avançaram mais do que 33% —pouca coisa acima da inflação do período (31%).