Anúncio no YouTube foi usado para aplicar golpe de roubo de bitcoins

O YouTube é um lugar onde podemos ver uma gama bem diversa de anúncios antes dos vídeos, desde comerciais da Apple e da Coca-Cola até agências de investimentos que prometem transformar mil reais em um milhão em apenas alguns anos. No geral, parece haver pouco controle sobre o que é anunciado na plataforma, mas às vezes isso acaba passando dos limites. Foi o que aconteceu este mês, quando um anúncio no YouTube utilizou a marca de carteira de bitcoins Electrum para aplicar um golpe de mineração de criptomoedas. A farsa foi descoberta por um usuário do Reddit, que descobriu que, ao clicar em um anúncio aparentemente real da Electrum, ao invés de ser encaminhado para o site da carteira de bitcoins, o computador fez o download de um arquivo executável malicioso. A fraude foi tão bem feita que o vídeo mostra a logo e até mesmo o site real da Electrum, mas, ao clicar no link do anúncio, o navegador do usuário automaticamente faz o download de um arquivo executável e redireciona o usuário para a página elecktrum.org – o endereço real da carteira de bitcoin é electrum.org, sem o “k”. Na postagem original, o usuário ainda reclama que, apesar de ter descoberto o golpe, não encontrou nenhum modo de denunciar ele para a Google, que ficou sabendo da denúncia apenas quando o site The Next Web entrou em contato com a assessoria de imprensa da companhia. Horas depois, um representante da companhia já avisou que haviam investigado a denúncia e tomado as medidas apropriadas contra o anúncio fraudulento. Essa não é a primeira vez que o nome da Electrum é usado por golpistas para aplicar fraudes de criptomoedas. Em abril do ano passado, um golpista comprou o domínio electrum.com para se aproveitar da confusão de URLs parecidas e enganar os clientes da empresa (cujo endereço real é electrum.org). Na época, a empresa se pronunciou oficialmente afirmando que o .org era seu único endereço real e que a URL .com era provavelmente um golpe. Cerca de um mês depois, o site electrum.com foi desativado e, ironicamente, o golpista – que se passava por uma empresa chamada Electrum Pro – reclamou que o principal motivo da desativação foi a empresa real que eles copiaram ter acabado com a credibilidade deles. Fonte: The Next Web

Senado aprova lei que permite cancelar TV a cabo pela internet

O Senado aprovou nesta terça-feira (26) um projeto de lei que permite a usuários cancelar assinatura de pacotes de TV a cabo pela internet ou telefone. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 131/2015 foi aprovado sem mudanças e precisa somente da sanção do presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor. A proposta é de garantir ao consumidor facilidade em cancelar a sua assinatura de forma mais simples, adicionando o método por internet. O projeto altera a lei Lei da Comunicação Audiovisual de Acesso Condicionado (Lei 12.485/2011) e coloca a opção, agora, como obrigatoriedade. Segundo a deputada Flávia Morais, que assina o texto, algumas operadoras já oferecem este serviço, mas a proposta é garantir segurança jurídica aos consumidores. “Os consumidores muitas vezes são extorquidos por esses serviços intermináveis, que dão toda a facilidade para a pessoa entrar, mas quando a pessoa quer cancelar eles montam um sistema burocrático para tentar ganhar o máximo de tempo possível com o consumidor ali sendo forçado a utilizar o serviço”, informou a senadora. Isso acompanha também uma resolução da Agência Nacional de Telecomunicações de que os pedidos pela internet e pelo centro de atendimento telefônico, inclusive de cancelamento, devem ser processados automaticamente com efeito após dois dias úteis. Por telefone, também é possível fazer o cancelamento imediato. A Anatel aponta que, em 2018,havia 17,5 milhões de contratos ativos no Brasil, sendo que a maior parte está em São Paulo (6,4 milhões de contratos), Rio de Janeiro (2,3 milhões) e Minas Gerais (1,5 milhão). O presidente tem até um mês para sancionar a lei. Fonte: Senado

Preço médio da banda larga fixa no Brasil é de R$ 3,50 por cada Mbps

A Anatel divulgou um relatório sobre o mercado de banda larga brasileiro no começo desta semana. O documento tem dados sobre a posição do País no cenário global, média de velocidade no território, disponibilidade de fibra ótica, entre outros dados – um dos mais significativos mostra que o preço médio por 1 Mbps é de R$ 3,50, o que representa uma redução de 83% nos últimos oito anos. Em termos de acessos totais, o Brasil é o sexto país do mundo, com 2,8% do mercado global. Quem lidera é a China, com 38,5% de participação, seguida por Estados Unidos (10,7%), Japão (4%), Alemanha (3,2%) e Rússia (3%). O País, no entanto, não figura na lista que mede a densidade da internet banda larga fixa, ou seja, o número de acessos para cada 100 habitantes. Quem lidera esse ranking é Gibraltar (50,25%), mas o seu total de acessos é baixo. A França, por exemplo, é um país com número total de acessos considerável (7º lugar) e que aparece com 43,75% dos habitantes atendidos. A densidade do Brasil é de apenas 13,7%. Preço médio do Mbps O relatório detalha o preço médio do megabit por segundo no Brasil e mostra, inclusive, quais operadoras são as mais baratas. O documento revela que em 2010, 1 Mbps custava, em média, R$ 21,20; em 2018, o preço passou para R$ 3,50. A redução no preço foi de 83%. Este é o ranking por operadora: Claro/NET – R$ 2,70; Oi – R$ 2,90; TIM – R$ 3,10; Vivo – R$ 3,30; Sercomtel – R$ 5,50. Velocidade média pelo País A Anatel diz que o Brasil tem velocidade média de 24,62 Mbps. No entanto, os números são bastante diferentes de acordo com cada estado: São Paulo lidera a média de velocidade, com 30,39 Mbps; em seguida vem Distrito Federal, com 27,61 Mbps, e Ceará, com 27,23 Mbps. Os donos dos piores resultados são Roraima, com 7,88 Mbps; Amapá, com 8,70 Mbps; e Rondônia, com 11,13 Mbps. Apesar das médias, há uma grande proporção de usuários de banda larga fixa com velocidades mais baixas: acima de 34 Mbps: 26,1% das conexões de banda larga; 12 Mbps a 34 Mbps: 26%; 2 Mbps a 12 Mbps: 31,5%; 512 Kbps a 2 Mbps: 15,1%; inferior a 512 Kbps: 1,3%. Presença de fibra ótica A presença da fibra ótica também é tímida em algumas regiões. O documento mostra que 35,6% dos municípios brasileiros ainda não possuem a tecnologia. No Piauí, apenas 17,9% dos municípios têm a tecnologia, seguido pelo Amazonas (37,1%) e pela Paraíba (39,5%). Distrito Federal, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina possuem 100% das cidades com fibra ótica. São Paulo fica em 5º lugar, com 90,5% de seus municípios fibrados. Satisfação dos consumidores A Anatel também faz um ranking de satisfação dos consumidores, separado por temas. O cliente deu a menor nota para o cancelamento de serviços e pacotes (5,09 de 10), seguido por tempo de espera para falar com atendente (5,48) e resolução de problema de cobrança (5,56). As melhores avaliações foram para qualidade da instalação do serviço (7,65), cumprimento do prazo para instalação (7,43) e tempo de espera entre solicitação de instalação e a visita do técnico (7,28). Para a surpresa de ninguém, contratar é fácil. Cancelar que é difícil.

Anatel: bloqueio de celulares ‘piratas’ chega a todo o Brasil

O bloqueio de celulares “piratas“, aqueles que não tem certificação, foi expandido para todo o país neste domingo, 24, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) expandiu neste domingo, 24. Na fase final do projeto Celular Legal, deixarão de funcionar os aparelhos irregulares em 15 estados. Antes, 244.217 celulares de outros 11 estados e do Distrito Federal já haviam sido boqueados desde o início do ano. Entram no bloqueio a partir deste domingo os seguintes estados: Amapá, Amazonas, Roraima, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e São Paulo Deixarão de funcionar os aparelhos sem certificação da Anatel, cujos roubos tenham sido notificado às autoridades e aparelhos com IMEI (International Mobile Equipment Indentity) adulterado – o número único de identificação de cada aparelho, que aparece na caixa do produto ou em um adesivo na bateria. Celulares comprados fora do Brasil não serão bloqueados desde que atendam certificações internacionais aceitas pela Anatel. O iPhone, celular favorito dos brasileiros em compras fora do País, obedece as exigências. O desligamento, diz a Anatel, é justificado porque os aparelhos piratas podem ser perigosos para saúde dos usuários, pois costumam ter grande quantidade de chumbo e cádmio, não têm garantias de limites de radiações eletromagnéticas e usam materiais de baixa qualidade, como carregadores e baterias sujeitos a quebras e explosões. Além disso, os bloqueios combatem a falsificação e clonagem de IMEIs. Para saber se um celular é certificado pela Anatel basta procurar por um selo presente no carregador e no verso da bateria. (com Estadão Conteúdo)