– Perspectivas melhoram para Aécio, que pode responder apenas por crime eleitoral e escapar da prisão –

Nunca se poderá acusar a Lava Jato de não ter feito força para pegar Aécio Neves. Ao contrário, ela empregou força máxima. Extrapolou até. Prendeu a irmã dele, instigou delatores a citá-lo. Só Lula foi mais investigado que o tucano. Em apenas dois anos, 2016 e 2017, Aécio virou alvo de cerca de uma dezena de inquéritos no STF. E mesmo assim, as chances de sua condenação parecem cada vez menores.

Da série de inquéritos, só um virou denúncia. Todos os outros seguem inconclusos, à exceção de um já arquivado. O que “abriu espaço para a defesa argumentar que os procedimentos têm que ser arquivados ou enviados à Justiça Eleitoral”, segundo informou nesta terça (28/05) a Folha de S. Paulo. Os juristas veem um quadro mais confortável para Aécio, à medida que os inquéritos forem subindo para o TSE, onde devem ser tratados sob a perspectiva da lei eleitoral, mais amena.

A corte eleitoral é o curso natural das ações contra Aécio por força de decisão anterior do próprio STF, que optou por separar a prática de corrupção, considerada um crime comum, dos crimes ligados a eleições. E aí se fez a luz no túnel para Aécio: o ex-governador mineiro foi denunciado por vários delatores como beneficiário de propinas, mas não se sabe de nenhuma prova do uso do dinheiro para enriquecimento pessoal. Milionário desde o berço, Aécio teria usado as supostas propinas para financiar seu projeto político – um crime eleitoral. Não que ele não possa ser condenado pela Justiça. Mas crime eleitoral costuma dar cassação e não cadeia.

Via: Os Novo Inconfidentes

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