O candidato do PDT a presidente rebate reportagem do jornal O Globo que o acusa de de crimes com base em uma suposta delação premiada; “Ciro teria todas as razões do mundo para indignar-se com aqueles que o conhecem bem e, ainda assim, pusessem em dúvida sua honradez. E deve entender que, pelas mesmas razões, isso vale para Lula”, avalia o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço
Por Fernando Brito, do Tijolaço – Reproduzo, abaixo, vídeo postado por meu velho companheiro de lutas, Oswaldo Maneschy, em que Ciro Gomes se defende da acusação publicada hoje em O Globo de que “os executivos da empreiteira Galvão Engenharia” teriam relatado que Lúcio Gomes, irmão do candidato “recebeu R$ 1,1 milhão em dinheiro vivo e captou R$ 5,5 milhões via doações eleitorais oficiais para o PSB” em troca da liberação de pagamentos de obras no governo do Ceará na gestão de Cid Gomes também irmão do presidenciável.
Ciro, como toda pessoa, tem direito à presunção da inocência e qualquer um que o acuse deve ter mais que uma simples delação. E salta aos olhos que uma delação homologada em dezembro passado tenha sido mantida em sigilo até hoje, para ser divulgada a 15 dias da eleição.
O episódio, repugnante, deve ajudar Ciro a entender que, quando se faz o mesmo com outros, não se pode ter posturas dúbias. Ainda mais que, tal como ele, Lula sempre teve uma vida dentro de padrões compatíveis com o que recebia e não poderia ter sofrido, por conta de uma acusação indeterminada, de um delator manipulado por Sérgio Moro, as ofensas que recebeu e que, afinal, o tiraram do processo eleitoral.
Ciro teria todas as razões do mundo para indignar-se com aqueles que o conhecem bem e, ainda assim, pusessem em dúvida sua honradez. E deve entender que, pelas mesmas razões, isso vale para Lula.