– O suplente de vereador Fábio Neves, o Fabin do Hip-hop, assume a vaga –

Depois de ter sido condenado pela justiça e afastado das funções de escrivão da Polícia Federal, além de responder a um processo criminal na Justiça Federal por fraude processual e pedofilia, Cláudio Prates renuncia seu mandato de vereador. Ele obteve 3.191 votos, pelo PTB.
Sua renuncia aconteceu na manhã desta terça-feira (26), na reunião ordinária da Câmara de Municipal de Montes Claros. Prates não informou os motivos de sua renúncia. Em seu lugar, assume o primeiro suplente da coligação PTB/PSB, Fábio Neves, o Fabin do Hip-Hop, que foi candidato pelo PSB e conquistou 2.551 votos, mas trocou, em 2018, o PSB pelo Pros, para ser candidato a deputado estadual, fato que impediria ele assumir a cadeira deixada por Claudio Prates, por infidelidade partidária. Todavia, neste ano, Fabinho do Hip-hop, retornou ao PSB e garante legalmente seu retorno ao legislativo montesclarense.
Entenda o Caso de Cláudio Prates
O então escrivão da Polícia Federal, Cláudio Prates, teria articulado uma operação, denominada Senhor das Armas, realizada em Grão Mogol, para investigar acusações contra o tenente do Exército, Wendell Nassau, que foi preso por pedofilia, posse ilegal de armas de uso restrito e ameaça. Na ocasião, foi apreendido um pendrive com arquivos de pedofilia, mas um laudo da Polícia Federal apontou indícios de que os arquivos foram manipulados por Claúdio Prates.
Após a análise do conteúdo do pendrive, o Ministério Público Federal denunciou o agora ex-vereador por pedofilia e fraude processual. Ainda segundo o laudo, nos HDs apreendidos na fazenda do tenente não foram encontrados materiais pornográficos.
A Polícia Federal suspendeu e afastou o vereador Cláudio Prates (PTB) das funções de escrivão policial. O afastamento foi determinado em uma portaria publicada no Boletim de Serviço da PF. Cláudio Prates estava licenciado das funções para exercer o cargo de vereador em Montes Claros.
O afastamento, segundo a portaria, é até a decisão final do Processo Administrativo Disciplinar instaurado para apurar acusações de fraude processual, que teria sido praticada por Cláudio
No mês de abril, do ano passado, Cláudio Prates foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região a pagar indenização no valor de R$ 100 mil ao tenente. Ele responde ainda a um processo criminal na Justiça Federal por fraude processual e pedofilia.
Na sentença, o juiz Jeferson Ferreira Rodrigues afirmou que o tenente sofreu graves acusações “por obra de um agente público que abusou das prerrogativas de seu cargo e ofício”.

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