Combustíveis e alimentos foram responsáveis pela alta da inflação em agosto

IPCA divulgado nesta quinta acumula 5,67% no ano e 9,68% nos últimos 12 meses
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou agosto com alta de 0,87%, a maior inflação para o mês desde o ano 2000. Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses, o maior acumulado desde fevereiro de 2016, quando o índice alcançou 10,36%. Em agosto do ano passado, a variação foi de 0,24%. Os dados foram divulgado hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os nove grupos e serviços pesquisados pelo instituto, oito subiram em agosto, com destaque para os transportes, com alta de 1,46%, puxado pelos combustíveis. A gasolina subiu 2,80% o etanol 4,50%, gás veicular 2,06% e óleo diesel 1,79%.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,88% em agosto, 0,14 ponto percentual abaixo do resultado de julho, quando a alta foi de 1,02%. No ano, o indicador acumula elevação de 5,94% e em 12 meses chega a 10,42%, acima dos 9,85% observados nos 12 meses anteriores. Em agosto do ano passado, a taxa variou 0,36%.

No mês de agosto, houve alta de preços em oito dos nove grupos que integram o ÍPCA. A única deflação ocorreu em Saúde e Cuidados pessoais, -0,04%. As famílias gastaram mais com Alimentação e Bebidas (1,39%), Habitação (0,68%), Artigos de Residência (0,99%) Vestuário (1,02%), Transportes (1,46%), Despesas Pessoais (0,64%), Comunicação (0,23%) e Educação (0,28%).

Para o INPC, a principal influência foram os produtos alimentícios, que subiram 1,39% em agosto, acima de 0,66% observado em julho. Os produtos não alimentícios desaceleraram e tiveram alta de 0,75% no mês, após variação positiva de 1,13% em julho.

De acordo com o IBGE, o IPCA para o grupo Alimentação e Bebidas saiu de uma elevação de 0,6% em julho para 1,39% em agosto. O grupo contribuiu com 0,29 ponto porcentual para a taxa de 0,87% do IPCA no mês. A alimentação no domicílio acelerou o ritmo de alta de 0,78% em julho para 1,63% em agosto.

As famílias pagaram mais pela batata-inglesa (19,91%), café moído (7,51%), frango em pedaços (4,47%), frutas (3,90%) e carnes (0,63%). Por outro lado, ficaram mais baratos a cebola (-3,71%) e o arroz (-2,09%). A alimentação fora do domicílio acelerou de 0,14% em julho para 0,76% em agosto, com aumentos no lanche (1,33%) e na refeição fora de casa (0,57%).

Regiões

Todas as 16 áreas pesquisadas apresentaram altas de preços em agosto. O resultado mais brando foi o da região metropolitana de Belo Horizonte (0,43%), enquanto a maior taxa ficou com Brasília (1,40%).

O IPCA acumulado em 12 meses já alcança dois dígitos, ou seja, ultrapassou a marca de 10%, em oito regiões: Vitória (11,07%), Curitiba (12,08%), Goiânia (10,54%), Campo Grande (11,26%), São Luís (11,25%), Porto Alegre (10,42%), Rio Branco (11,97%) e Fortaleza (11,20%).

 

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