– A queda na renda das famílias prejudica os níveis de emprego –

 – Se por um lado comércio e serviços são setores que se complementam, por outro podem ser consideradas atividades antagônicas. Prova disso é que no acumulado do ano até abril um foi o que mais gerou empregos no Estado enquanto o outro foi o que mais fechou vagas. A explicação, segundo especialistas, está justamente nas características e na dinâmica dos segmentos.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de janeiro a abril de 2017, enquanto o setor de serviços gerou 10.031 vagas de empregos em Minas Gerais, o comércio extinguiu 11.178 postos de trabalho. No caso dos serviços, os números são resultantes de 205.762 contratações e 195.731 demissões, enquanto no comércio foram 129.178 admissões contra 140.356 desligamentos.

Para o economista da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), Guilherme Almeida, é preciso levar em consideração não somente o perfil das atividades, mas também a maneira como cada uma delas vem se comportando diante da crise econômica brasileira.

A começar, por exemplo, que o comércio sofre com a alta rotatividade e a atividade de serviços funciona como um plano B para quem perde o emprego. “Aí a gente já vê a justificativa para um ter aumentado nos primeiros meses do ano e outro ter diminuído, por exemplo”, exemplificou.

Além disso, conforme o economista, o comércio também sofre influência das datas comemorativas como Páscoa e Dia das Mães, recentemente comemoradas, que, por conta do cenário econômico adverso, influenciaram negativamente no resultado do setor.

De toda maneira, Almeida pondera que não necessariamente os comportamentos de ambos os setores continuarão assim no restante do ano. Até porque, segundo ele, dependem da demanda.

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