Nos últimos anos, vem crescendo consideravelmente em Montes Claros o número de denúncias de ofensas racistas e de intolerância religiosa. A informação é do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Montes Claros (COMPIR).

De acordo com o presidente do Conselho, José Gomes Filho, os ataques racistas e de intolerância religiosa também vêm se espalhando pela internet, principalmente em grupos de WhatsApp.

“O Brasil possui uma pluralidade religiosa e todos têm o direito de praticar suas crenças, bem como o direito de conviver em sociedade, sem nenhum preconceito e desigualdade. No entanto, o problema da intolerância religiosa e do racismo é uma realidade, infelizmente”, comenta José Gomes, que também comanda a Coordenadoria das Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Montes Claros.

Segundo ele, existem em Montes Claros mais de 300 centros espíritas e terreiros de umbanda e candomblé, sendo que praticamente todos já sofreram algum tipo de importunação. “Recentemente, a Roça de Candomblé Pai Cipriano foi vítima de uma manifestação de uma igreja evangélica, que só foi contida com a presença da Polícia Militar. Já o terreiro Roça Manzo Kaiasambila teve que se mudar para a zona rural de Montes Claros por causa dos constantes aborrecimentos que sofria. Mesmo assim, foi alvo de um abaixo-assinado feito por alguns moradores daquela comunidade, que não conseguem conviver com outras culturas e credos”, denunciou Gomes.

Denúncias do tipo podem ser feitas pelo Disque 100 (Direitos Humanos) ou pelo telefone do COMPIR (2211-3453).

O Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Montes Claros funciona na Casa da Cidadania (Praça Raul Soares s/n – Centro)

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