O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou um processo disciplinar aberto contra André Janones (Avante-MG) por acusação de integrar suposto esquema de desvio de recursos públicos, a “rachadinha”. O colegiado decidiu, por 12 votos a 5, não aceitar a denúncia do PL que pedia sua cassação.

Nikolas e Janones quase ‘saem no tapa’

Após a votação, ele foi hostilizado por deputados bolsonaristas, trocou empurrões com alguns parlamentares e quase teve um confronto físico com Nikolas Ferreira (PL-MG). Janones teve que ser escoltado pela Polícia Legislativa até a saída do plenário.

A denúncia contra ele foi motivada por uma mensagem de áudio em que o deputado mineiro aparece dizendo a assessores que eles teriam que devolver parte do salário para abater um prejuízo na campanha eleitoral de 2016.

A votação seguiu o parecer do relator do caso, o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que argumentou que o processo não deveria prosseguir por tratar de “fatos ocorridos antes do início do mandato”. “Não há justa causa, pois não há decoro parlamentar, se não havia mandato à época — o que foge do escopo, portanto, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar — o mesmo caso visto agora”, afirmou o parlamentar.

Após o arquivamento do processo, bolsonaristas partiram para cima de Janones aos gritos de “rachador” e “covarde”. Ele ficou em silêncio por alguns minutos e reagiu posteriormente, chamando Nikolas, que estava fazendo provocações, para uma briga fora das dependências da Câmara.

O plenário onde a reunião ocorria foi esvaziado após decisão do presidente do órgão, o deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA). Assessores, visitantes e jornalistas foram retirados do local depois da briga entre os parlamentares.

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