Dados divulgados nesta segunda-feira pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) indicam um aquecimento no setor da construção civil.

Entre janeiro e maio, o setor criou 159,2 mil novas vagas de trabalho com carteira assinada, um aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Com isso, o setor atingiu 2,9 milhões de empregados em maio, uma alta de 6,12% em comparação com maio de 2023.
Esses dados impulsionaram a CBIC a revisar a projeção de crescimento do PIB da construção civil de 2,3% para 3%. Em março, a previsão havia sido ajustada de 1,3% para 2,3%.
Além do mercado de trabalho resiliente, com a criação de um milhão de novos empregos formais até maio, a CBIC destacou outros fatores para a nova projeção, como as expectativas de crescimento da economia brasileira.
O boletim Focus do Banco Central ajustou a previsão de crescimento do PIB de 1,85% no final de março para 2,15%.
A CBIC também ressaltou o aumento do financiamento imobiliário com recursos do FGTS e o otimismo dos empresários da construção para novos lançamentos imobiliários, maior geração de empregos e compra de insumos, conforme a Sondagem Indústria da Construção de julho.
A construção de edifícios foi responsável por 42,5% das vagas geradas de janeiro a maio, um reflexo das mudanças no programa Minha Casa Minha Vida. Os serviços especializados responderam por 32,9% das vagas, enquanto o segmento de obras de infraestrutura contribuiu com 24,6%.
A economista da CBIC observou que 45% das novas vagas foram ocupadas por jovens entre 18 e 29 anos, indicando a atração do setor para essa faixa etária. O salário médio de admissão na construção foi de R$ 2.290 por mês, acima da média nacional de R$ 2.132.
Outro destaque foi o crescimento do financiamento imobiliário com recursos do FGTS. Entre janeiro e junho, 310,7 mil unidades foram financiadas pelo FGTS, superando as 247,7 mil unidades financiadas pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Do total de unidades financiadas no primeiro semestre, 68,07% foram imóveis novos (211.499) e 31,93% (99.230) foram imóveis usados, segundo a CBIC.

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