– A procuradora do Ministério Público de Contas, Sara Meinberg, recebeu em novembro deste ano R$ 95. 696,70 líquidos.
– Isso fez o deputado Sargento Rodrigues (PTB) apresentar requerimento ao Conselho Nacional do Ministério Público para saber se é legal e moral um pagamento de “valores exorbitantes” como esse. O teto do funcionalismo é de R$ 39,3 mil. A ironia é que o MP de Contas tem por missão “a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado de Minas Gerais e de seus municípios”.
O salário da procuradora é de R$ 35.462,22. Mas ela ganhou outros R$ 70.924,44 por vantagens eventuais, não detalhadas pelo Ministério Público de Contas. Descontando com deduções como imposto a procuradora recebeu sozinha os mais de R$ 95 mil, valor que muitas famílias no país não conseguem receber em um ano.
Contra cheque procuradora Sara
Outra remuneração que espantou o deputado foi a da procuradora Maria Cecília Mendes Borges. Ela recebeu em novembro de 2018 quase R$ 136 mil líquidos. “Essas procuradoras foram as mesmas que estiveram na Assembleia pedindo que não aprovássemos a operação do nióbio, que visa pagar os servidores”, disse o parlamentar.
Recentemente, o procurador do Ministério Público estadual Leonardo Azeredo dos Santos disse que seu salário líquido de R$ 24 mil é um “miserê”, pois não paga suas dívidas. As manifestações ocorreram no âmbito das discussões do orçamento na Assembleia, em que ficou decidido que os servidores do MP não teriam reajuste. Hoje Leonardo é alvo de 22 representações na Conselho do Ministério Público