Enquanto Montes Claros chega a 94% de ocupação de leitos, população quer o retorno das aulas presenciais – Sind-Ute contesta manifestantes e pede a compreensão de toda a comunidade escolar

Montes Claros voltou a entrar em sinal alerta em ocupação dos seus leitos clínicos de Covid-19, pois está com uma taxa de ocupação de 94%, quando o Ministério da Saude considera acima de 90% como preocupante. Nos leitos de CTI para Covid-19, a situação é mais tranquila, com 61%. Na rede particular, 47% dos leitos clínicos estão com pacientes Covid-19. Desde o dia 30 de dezembro que ocorreu o aumento de 20 leitos de CTI Adulto para Covid, sendo 10 para o Hospital Dilson Godinho, cinco para o Hospital das Clínicas e cinco para a Santa Casa, conforme a deliberação do Comitê Interpartite de Minas Gerais. Os leitos deixaram de ser renovados pelo Governo Federal, mas o Estado os bancou.

Montes Claros estava com 89 pacientes internados com a doença, sendo 54 do município e 35 de outras cidades. Ainda tem 6.179 pacientes em isolamento domiciliar, segundo o boletim da Prefeitura de Montes Claros. A cidade teve 72.378 casos notificados, onde 5.527 estão em investigação. 13.973 foram curados. As taxas de Montes Claros são melhores em quase todos os itens se comparados com Minas Gerais e do Brasil. Só na prevalência é que perde, pois Montes Claros tem 3.629 para 100 mil pessoas, enquanto no país é de 3,788 e em Minas Gerais, de 2.737.

Na incidência, Montes Claros tem 15,4% por 100 mil habitantes, enquanto o Brasil é de 41,8 e Minas Gerais com 36,9%. Na taxa de letalidade, Montes Claros tem 1,55%, enquanto Minas Gerais é de 2,2% e Brasil de 2,5%. A taxa de mortalidade mostra Montes Claros com 56,2%, enquanto Minas Gerais tem 58,9% e o Brasil com 95,4% para cada 100 mil pessoas.

Enquanto isso…
Mesmo com o iminente risco de contaminação pelo coronavírus devido à aglomeração e à falta de estrutura para o cumprimento dos protocolos sanitários, e o crescimento dos números de casos de infecção pela covid-19 nas últimas semanas em Montes Claros, alguns pais de crianças abriram, na última quinta-feira, dia 07, a campanha para colher assinaturas no manifesto de apoio à ação popular pela reabertura das escolas na cidade. No início de dezembro os organizadores realizaram carreata pelas ruas de Montes Claros, pedindo a volta das aulas.
Para o coordenador do Sind-Ute em Montes Claros, Geraldo da Costa Silva, o Gera do Dulce, nesse momento da pandemia não é seguro a reabertura das escolas. “O Sindicato está na luta em defesa da vida e a reabertura das escolas pode oferecer risco, pois não há como garantir condições seguras para seus filhos e para educadores numa volta às escolas”, justificou o líder sindical.

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