Apesar das suspeitas, autoridades sanitárias e de saúde dos EUA mantêm a recomendação de se imunizar contra a covid; na foto, profissional de saúde aplicando vacina da Pfizer

Um relatório preliminar do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) e da FDA (Federal Drug Administration, a agência reguladora de medicamentos dos EUA) mostrou uma possível ligação entre a vacina bivalente da Pfizer contra a covid com a ocorrência de AVC (acidente vascular cerebral) em idosos.

Segundo o estudo, entre 550 mil pessoas de 65 anos ou mais que receberam a vacina, 130 tiveram um AVC nas primeiras 3 semanas. Esse número reduz consideravelmente nas semanas seguintes. Nenhuma morte foi relatada. Eis a íntegra do relatório (2 MB).

As vacinas bivalentes são, segundo os fabricantes, capazes de imunizar contra mais de uma versão de um vírus de uma só vez. No caso da Pfizer, a farmacêutica usa a tecnologia do mRNA com 2 códigos genéticos.

O CDC afirmou em comunicado que os dados são preliminares e precisam ser investigados. Explicou que são usadas informações de diversos bancos de dados para monitorar a segurança das vacinas e apenas 1 indicou o possível problema.

“Frequentemente, esses sistemas de segurança detectam sinais que podem ser devidos a outros fatores além da própria vacina”, disse, salientando a necessidade de apurar. “Todos os sinais requerem mais investigação e confirmação de estudos epidemiológicos formais.”

O órgão ressaltou também que grandes estudos recentes e a análise de outros bancos de dados não mostraram risco de AVC em vacinados. A vacina da farmacêutica Moderna, largamente aplicada nos EUA, foi considerada segura.

Enquanto apura o caso, o CDC optou por manter a recomendação para a vacinação contra a covid, incluindo de idosos. O órgão considera ser “muito improvável que a vacina represente um verdadeiro risco clínico”.

O CDC recomenda que pessoas a partir de 6 meses tomem a vacina contra a covid. “Manter-se atualizado com as vacinas é a ferramenta mais eficaz que temos para reduzir mortes, hospitalizações e doenças graves por covid-19, como já foi demonstrado em vários estudos realizados nos Estados Unidos e em outros países”, concluiu o comunicado.

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