Com um colégio eleitoral de 12 mil alunos, o Diretório Central dos Estudantes (DCE/Unimontes) realiza quarta-feira (27) eleições para sua nova diretoria. Concorrem as chapas “Gerais”, “Por Nós” e “Nossa Voz”.
As eleições serão realizadas durante todo o dia, nos três turnos, no campus de Montes Claros e nos campi espalhados em vários municípios do Norte de Minas.
A Junta Eleitoral promoveu debate segunda-feira (25), no espaço de convivência localizado entre os prédios 1 e 2, ocasião em que as chapas puderam apresentar suas propostas para a próxima gestão, bem como responder questões de interesse dos estudantes.
Um dos desafios para os estudantes, comum a toda a comunidade universitária, é a situação de comprometimento das atividades da universidade, por conta dos cortes impostos pelo governador Romeu Zema (20% na folha e 10% no custeio).
As restrições orçamentárias atingem diretamente os alunos, que estão perdendo aulas devido ao cancelamento do subsídio para o transporte dos professores aos campi. O “desmonte da Unimontes”, como está sendo tratado os cortes governamentais, também atinge a assistência estudantil e as bolsas de iniciação científica.
Integrante da Chapa 2 (“Nossa Voz”), a estudante do curso de Artes/Música, Lara Marta Vieira Nogueira, disse que o objetivo da diretoria, caso seja eleita, será trabalhar em conjunto com os demais órgãos de representação estudantil, nos âmbitos estadual e nacional.
Ela considera que seu grupo, pela heterogeneidade de seus membros, representa a totalidade dos estudantes da Unimontes, por estar presente em todos os centros da instituição.
“Temos em nosso plano de governo propostas claras para as necessidades de cada Centro. Vamos exercer pressão sobre a Reitoria para, por exemplo, acelerar o processo para tornar o campus adaptado aos portadores de necessidades especiais”, informa Lara Marta.
Outra frente de luta, segundo ela, será combater a LGBTfobia, o machismo e toda e qualquer forma de opressão na universidade. A estudante revela ainda que as recentes manifestações nazistas ocorridas dentro do campus universitário também serão alvo de combate. O objetivo é exigir apuração rigorosa do episódio.
“Precisamos aumentar nossa representatividade nos órgãos de deliberação da Unimontes, como CONSU, CEPEX, para que possamos ter força para fazer cobranças à Reitoria e ao governo”, projeta Lara Marta.