Esquisito, para não dizer assustador, como algumas coisas acontecem neste país sem que o povo seja informado do desfecho das ações governamentais realizadas sob forte aparato cinematográfico da chamada grande mídia falada, escrita e televisionada. Nem nas delegacias e nem nos tribunais de justiça.

Senão, vejamos:

– Um senador da República diz ao vivo e em cores que é preciso matar os bandidos intermediários antes que eles façam delação premiada à justiça;

– Um senador da República diz a um comparsa que é preciso “estancar a sangria”, com a conivência, inclusive, do Supremo Tribunal Federal;

– Um deputado federal amigo do presidente da República é filmado ao vivo e em cores pela Polícia Federal correndo com uma mala cheia de dinheiro de propina pelas ruas da cidade grande;

– Um deputado-ministro acusado e investigado por receber propina mantém um apartamento com malas repletas de dinheiro (R$ 51 milhões de reais), em um apartamento da capital da Bahia;

– Soldados do Exército integraram a Força de Segurança Nacional para acabar com o crime organizado e o narcotráfico nas favelas do Rio de Janeiro: apreenderam drogas, armas pesadas e mataram bandidos procurados, de acordo com a pirotecnia midiática;

– Teria essa Força de Segurança Nacional implantado a ordem e a lei nas favelas cariocas ou abandonaram as comunidades banida pelo crime organizado?

– Um comandante da Polícia Militar é fuzilado pela bandidagem organizada. Ou teria sido uma ação apelidada de crime de arquivo?

– O ministro da Justiça diz que a Polícia Militar do Rio de Janeiro está em conluio com o Crime Organizado das favelas.

Esses acontecimentos e seus consequentes desdobramentos legais deveriam ser devidamente focados nas publicidades governamentais, para conhecimento da opinião pública nacional que, infelizmente, não sabe a verdade das coisas.

* Felipe Gabrich é jornalista

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