A derrocada econômica do país por conta da política econômica da dupla Jair Bolsonaro-Paulo Guedes resultou em uma alta brutal no desemprego. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos primeiros três meses deste ano, a massa de desocupados cresceu 10,2% sobre o trimestre anterior, correspondendo a 13,4 milhões de pessoas, um acréscimo de 1,2 milhão de desempregados. O desemprego é um dos elementos -dos mais dramáticos- no cenário desolador para a economia.

A falta de confiança quanto aos rumos da economia levaram as instituições financeiras a reduzir pela nona vez consecutiva as projeções para o crescimento ecnômico este ano. Segundo o boletim Focus do Banco Central, o mercado reduziu a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB de 1,71% para 1,70% este ano. Há quatro semanas, a estimativa estava em 1,98%.

Nesta linha, os indicadores inflacionários também causam apreensão. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,72% em abril deste ano, o maior para o mês desde 2015 (1,07%). O IGP-M, utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis, subiu 0,92% em abril, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com os empresários segurando os investimentos e o consumo em baixa, a taxa de desemprego no período chegou a 12,7%, alta de 1,1 ponto percentual quando em comparação com o trimestre anterior. O índice é considerado o maior desde o trimestre terminado em maio de 2018, quando a taxa também ficou em 12,7%.

Ainda segundo o IBGE, a renda média real do trabalhador no primeiro trimestre foi de R$ 2.291,00, uma alta de 1,4% em relação ao mesmo período do exercício anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 205,3 bilhões no trimestre até março, alta de 3,3% ante igual período do ano anterior.

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