.Um caso perdido. Mas meus filhos homens me mandaram uns bilhetinhos que quase me deixaram emocionado.

Por José Roberto Torero – Carta Maior

O do 04 foi assim:

“Pai, obrigado por atender aquele empresário lá. Graças a você ganhei um carrão! Você é 10! Opa, 10, não. Você é 90 mil, que esse é o preço do carro. Kkk”

O do 03 foi esse:

“Dier fader, obrigado por sempre querer me dar o filé minion. Que outro pai tentaria entregar o cargo de embaixador pro filho, mesmo que ele nunca tenha sido diplomata, mesmo que ele fale inglês que nem índio de filme de bang-bang, mesmo que fique na cara que se trata de nepotismo? Omly you, fader. Omly you não se importaria com essas bobagens de mérito e honestidade.”

O do 02:

“Pai, obrigado por me fazer vereador aos 18 anos e nunca precisar trabalhar de verdade. Você me fez ser o que eu sou. Nossa hemorroida nunca será vermelha! Não adianta apontar o dedo se não for proctologista! Você acima de tudo, Hipogloss dentro de todos!”

E o do 01:

“Que outro pai mudaria a direção da Polícia Federal pra proteger o filho? Bom, talvez, o Mourão, o Lira, o Aras, o Braga Neto, o Pazu, e uns outros aí também fizessem isso. Mas só você podia e só você fez. Sem falar que me ensinou tudo o que eu sei sobre rachadinha, me passou o tio Queiroz para organizar minhas contas e o tio Wassef para cuidar dos meus processos. Por isso, sempre que te vejo, escuto aquela música do Fábio Junior: “Pai, você é meu herói, meu bandido”.

Enfim, Diário, é como diz aquele ditado: “Ser pai é padecer no paraíso fiscal”.

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