– Buzinas coniventes –

 

 Por Felipe Gabrich

Não, não há o que se preocupar com os colares da apresentadora Ana Maria Braga.
Afinal, ela é um produto comercial da televisão dos Marinho, que não gostam de Lula.
Do molusco não se sabe, mas daquele nordestino analfabeto que se tornou líder sindical e presidente da República por duas vezes.
Mas isso não vem ao caso.
O que preocupa a opinião pública é o silêncio mórbido dos caminhoneiros do País.
Aqueles mesmos.
Que fizeram badernas mis e paralisaram o tráfego de carga pesada nas principais rodovias do território nacional.
Corria o ano da graça de 2016.
Diziam os bravos caminhoneiros estarem protestando contra a alta de preços do diesel, pela tarifa única dos fretes e por um salário nacional unificado da categoria.
A opinião pública até compreendeu e achou justas as reivindicações da categoria.
No fundo, no fundo, no entanto, como ficou provado com o passar dos dias, os profissionais do volante estavam apenas se acumpliciando com os partidos de oposição à época que esbravejavam pedindo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Neste ano, sob a égide de um governo golpista, o preço do óleo diesel disparou.
Os aumentos de preços são semanais.
O preço do frete acompanhou os aumentos do combustível.
Ainda não se implantou o salário unificado.
Cadê as paralisações violentas?
Desconfia-se, por isso mesmo, que em 2016 não houve movimento de paralisação da categoria.
Quem fez arruaça e vandalismo nas estradas foram os simpatizantes pagos pelos líderes do golpe político que estava por vir.
Por essa razão, não há por que afligir-se com os colares de uma apresentadora de televisão que faz o que o patrão manda.
Até mesmo vestir-se de palhaço.

*  Felipe Gabrich é jornalista e colunista do EM CIMA DA NOTÍCIA

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