Integrantes da nova gestão prometem atuação mais incisiva frente á crise na universidade

 A Estudante Alice Proença, do curso de Geografia, foi eleita presidente do DCE/Unimontes. Sua chapa, “NossaVoz”, obteve 656 votos, batendo as concorrentes “Gerais” (406 votos) e “Por Nós” (141). As derrotadas entraram com recurso contra o resultado, que foi indeferido pela Junta Eleitoral.
Elas alegaram irregularidades na contagem dos votos e a não discriminação dos campi avançados com diretórios acadêmicos. Alice Proença disse que um dos desafios da nova gestão é fazer frente à situação de crise que atinge a Unimontes, com os cortes de 30% impostos pelo governo do Estado na folha de pessoal e no custeio. A medida, segundo ela, está comprometendo a concessão das bolsas de pesquisa da Fapemig.
As restrições orçamentárias atingem diretamente os alunos, que estão perdendo aulas devido ao cancelamento do subsídio para o transporte dos professores aos campi. O “desmonte da Unimontes”, como estão sendo tratados os cortes governamentais, também atinge a assistência estudantil e as bolsas de iniciação científica.
A estudante do curso de Artes/Música, Lara Marta Vieira Nogueira, disse que um dos objetivos é trabalhar em conjunto com os demais órgãos de representação estudantil, nos âmbitos estadual e nacional.
Ela, que ficará responsável pelas atividades culturais do DCE, considera que a nova diretoria, pela heterogeneidade de seus membros, representa a totalidade dos estudantes da Unimontes, por estar presente em todos os centros da instituição.
“Temos em nosso plano de governo propostas claras para as necessidades de cada Centro. Vamos exercer pressão sobre a Reitoria para, por exemplo, acelerar o processo para tornar o campus adaptado aos portadores de necessidades especiais”, informa Lara Marta.
Outra frente de luta, segundo ela, será combater a LGBTfobia, o machismo e toda e qualquer forma de opressão na universidade. A estudante revela ainda que as recentes manifestações nazistas ocorridas dentro do campus universitário também serão alvo de combate. O objetivo é exigir apuração rigorosa do episódio.
“Precisamos aumentar nossa representatividade nos órgãos de deliberação da Unimontes, como CONSU, CEPEX, para que possamos ter força para fazer cobranças à Reitoria e ao governo”, projeta Lara Marta.

 

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