A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) realiza, em Belo Horizonte, no dia 6 de outubro (quarta-feira), a partir de 9h, o julgamento dos queijos inscritos no 13º Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal. Neste ano, o evento será realizado no Restaurante Escola do Senac Minas.

A comissão organizadora recebeu inscrições de oito regiões caracterizadas como produtoras do Queijo Minas Artesanal (Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serras da Ibitipoca, Serra do Salitre, Serro e Triângulo Mineiro). Foram inscritos também queijos dos municípios de São João Evangelista, Guanhães, Entre Rio de Minas e Porteirinha, que estão fora das regiões caracterizadas, mas todos são registrados junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). No total, serão 133 queijos concorrentes ao título de melhor de Minas em 2021.

O julgamento, neste ano, devido à pandemia de Covid-19, não será aberto ao público. Participarão apenas a equipe técnica e os jurados. A competição será realizada em duas fases, no mesmo dia. Na etapa regional, a partir de 9 horas, serão avaliados, separadamente, por região, todos os queijos inscritos. Após a avaliação dos jurados, serão classificados os cinco queijos com maior pontuação de cada grupo, que serão então avaliados na etapa estadual. Desta vez, concorrerão juntos os queijos de todas as regiões classificados na etapa anterior. O que receber maior pontuação será o grande vencedor estadual. O júri técnico é formado por estudiosos da produção queijeira e por profissionais com ampla experiência na área. Os quesitos de avaliação incluem apresentação, cor, textura, aroma, consistência e, claro, sabor.

O resultado do concurso será anunciado no dia 20 de outubro, em solenidade on-line transmitida pelo canal do YouTube da Emater-MG, a partir das 10 horas.

Tradição

O Queijo Minas Artesanal mantém, há séculos, as características de produção artesanal, predominantemente a partir de mão de obra familiar, com produção em baixa escala. É produzido a partir de leite de vaca cru (a legislação não permite que seja usado leite pasteurizado), com utilização de coalho, sal e um ingrediente fundamental, que é o pingo (soro fermentado recolhido após a segunda salga da produção do dia anterior). A iguaria, além de seu sabor especial, se destaca por ser um dos representantes mais típicos da história mineira, com seu modo de preparo sendo passado entre gerações. O modo artesanal da fabricação foi registrado como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal é promovido pelo Governo de Minas, por meio da Emater-MG, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). De acordo com a coordenadora estadual da Emater-MG Maria Edinice Soares, o objetivo é estimular a melhoria da qualidade dos queijos, promover a divulgação entre consumidores e incentivar a legalização de queijarias. “Para os produtores, é um reconhecimento de todo o esforço de produzir um queijo de qualidade. Assim, ele passa a ser mais conhecido e pode conseguir maior agregação de valor ao produto”, destaca a especialista.

Como parte de suas ações para a melhoria da qualidade do queijo, a Emater-MG presta assistência técnica aos produtores, desde o manejo das vacas leiteiras, com as boas práticas agropecuárias, até o processo de instalação de queijarias e fabricação do produto final. (Portal Emater)

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