Slackline é um esporte radical relativamente recente. A base do esporte está em se equilibrar em uma fita de nylon estreita e muito flexível, que deve ter suas extremidades fixadas em árvores, postes e rochas. É uma ótima atividade para treinar equilíbrio, postura e concentração.
MOC É O LUGAR… do slackline
Texto: Attilio Faggi – Fotos: Divulgação
Alguns esportes, como a corrida de rua, por exemplo, podem parecer pouco dispendiosos, em uma análise inicial. Mas, quando você para para analisar, já gastou com tênis específicos para corrida, camisetas e shorts de tecidos tecnológicos, boné, óculos de sol, relógio GPS… Já com o slackline, é diferente. A modalidade consiste em atravessar uma linha de um ponto ao outro, ou manter-se estático por um período determinado de tempo sobre uma fita flexível que pode estar amarrada, por exemplo, entre duas árvores.
Davi Mendes é autônomo e pretende ingressar no serviço público através de concurso. O jovem de 20 anos é morador do bairro São José e treina, utilizando uma fita azul, na Praça Flamarion Wanderley, bem em frente à antiga sede do Jornal de Notícias, um tradicional periódico montes-clarense. Ele conta que descobriu o slackline através de um amigo e se interessou pelas características do esporte, que exige muito equilíbrio e concentração para a execução das manobras, além de resistência e consciência corporal. O jovem procura treinar duas vezes por semana, e cada treino dura entre 1h30 e duas horas.
Amigo de Davi, Iago Marcos talvez já tenha prestado um serviço a você, leitor, pois é entregador e, nesses tempos de pandemia, as pessoas permaneceram por mais tempo em suas residências, optando muitas vezes pelo delivery. O jovem de 22 anos passa 8 horas por dia em cima de sua motocicleta, mas alega que não sente dores após um dia de trabalho. Assim como Davi, ele treina há cerca de 2 anos, entre idas e vindas; Iago explica que a atividade exige muito esforço físico mas que, com o tempo, o aprimoramento da capacidade de executar as manobras vai tornando o esporte mais prazeroso. Além do slackline, Iago também gosta de pegar a bicicleta e pedalar até uma cachoeira com os amigos. As cachoeiras Três Irmãs e do Alfeirão são alguns locais que já visitou.
Já o técnico em refrigeração João Emanuel Maciel, 19, mora no bairro Monte Carmelo e acaba de começar a praticar o slackline. Influenciado pelos amigos que o convidaram “a dar um rolê de slackline”, João já mostra que tem jeito para a coisa.
Davi conta que existem campeonatos da modalidade em outras cidades, mas que, em Montes Claros, ainda não aconteceu nenhum, pelo menos que ele saiba. O autônomo explica que a execução das manobras recebe uma pontuação nas competições, mas que não sabe o nome das sequências de movimentos. Davi ainda acrescenta que o importante para ele é praticar uma atividade física e compartilhar momentos de lazer com os amigos.