Forças Armadas estadunidenses afirmam que atingiram uma instalação de radar do grupo


Os primeiros ataques aéreos ocorreram na noite desta quinta-feira (11) – SGT LEE GODDARD / MOD / AFP

Pelo segundo dia consecutivo, os Estados Unidos atacaram o Iêmen em nova ofensiva contra o grupo rebelde Houthis. De acordo com comunicado das Forças Armadas estadunidenses, o alvo deste bombardeio foi uma instalação de radar do grupo, que foi atingida por mísseis de cruzeiro Tomahawk, na madrugada deste sábado (13) – noite de sexta-feira no Brasil.
Já um canal de televisão ligado aos Houthis informou, na manhã deste sábado (13), que os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram uma série de ataques contra a capital do Iêmen.
Este é o segundo ataque contra o grupo iemenita em 24 horas. Na madrugada da sexta-feira (12), uma ofensiva dos EUA com apoio do Reino Unido bombardeou instalações do grupo rebelde. A ação foi uma retaliação a ataques coordenados pelos Houthis a navios mercantes aliados de Israel no Mar Vermelho.
Segundo cálculos do Pentágono, foram atingidos quase 30 alvos no primeiro ataque. A Folha de S. Paulo informou, neste sábado (13), que uma autoridade americana declarou sob anonimato à CNN que este segundo ataque foi uma ação isolada dos EUA e não contou com apoio dos aliados, a exemplo do Reino Unido. Além disso, explicou que o alcance da ação foi menor do que a da sexta-feira (12).
Após o ataque ocidental, os Houthis prometeram uma reposta feroz. Em um discurso gravado, o porta-voz militar Yahya Saree afirmou que os ataques não ficariam sem respostas. Outro integrante importante do grupo, Hussein al-Ezzi, declarou que os EUA e aliados devem “suportar todas as terríveis consequências desta agressão flagrante”.
Em Saná, capital do Iêmen, e em diversas cidades do país, como Al Hudaydah, milhares de pessoas se reuniram para protestar contra os ataques. As lideranças políticas locais afirmavam que os bombardeios ocidentais “são terrorismo”.
Desde novembro, o grupo iemenita tem realizado ataques contra navios comerciais de países aliados de Israel, uma ação militar em solidariedade aos palestinos. Em dezembro, os EUA lideraram a criação de uma coalizão para proteger o tráfego marítimo na região dos ataques dos Houthis.

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