De Leopoldina vem a notícia (verdadeira) de uma ferramenta que detecta a notícia falsa por suas próprias características na rede

Os estudantes Antony Leme e Davi Guerra, junto ao professor Samuel Basílio (Facebook)

Assim que as fakenews começaram a se disseminar nas redes sociais e, consequentemente, na vida dos brasileiros, algumas instituições, em especial órgãos de imprensa, criaram sites cuja função é desmenti-las. Caso do Agência Lupa, da revista Piauí com a Fundação Getúlio Vargas ou o Aos Fatos, de membros da Rede Internacional de Investigadores, além do Boatos.org, mantido por jornalistas originários de grandes empresas jornalísticas. Eles têm um papel importante: proteger os usuários contra a desinformação e o perigo de compartilhar inverdades.

Mas é de Leopoldina, zona da mata de Minas Gerais, que vem uma ferramenta tecnológica que, segundo seus criadores, detecta a notícia falsa por suas próprias características na rede. Criada pelos estudantes Antony Leme e Davi Guerra, junto ao professor Samuel Basílio, todos do Cefet-MG, campus Leopoldina, ela analisa os metadados (códigos dos sites) de uma publicação on line, para poder identificar e classificar uma notícia como falsa ou não. Pontos como presença ou não de autor, formato do título, reaparecimento na Web, posição no Google irão alimentar um algoritmo que os mineiros estão desenvolvendo para representar o potencial de veracidade da notícia.

Naturais de Cataguases, também na zona da mata, Antony e Davi cursam o terceiro ano de Informática e, pela segunda vez, apresentam um trabalho na Febrace – Feira Brasileira de Ciências e Engenharia – que aconteceu entre os dias 19 e 21 de março, em São Paulo, no Inova USP. No ano passado, a dupla levou um estudo sobre o uso das tecnologias de realidade aumentada para o tratamento do AVC – que teve grande repercussão por conta dos benefícios que proporciona a seus usuários.

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