Presidente de extrema-direita é acusado de pedir a líder ucraniano para investigar o agora candidato opositor Joe Biden
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou as regras para a abertura formal do inquérito de impeachment do presidente Donald Trump. Foram 232 votos a favor e 196 contra. Assim, abre-se a próxima fase do inquérito, que inclui audiência públicas e dá a possibilidade de Trump comparecer ao Congresso para apresentar sua defesa.
O fascista republicano é acusado de ter violado a lei de segurança nacional dos EUA ao, de acordo com as denúncias, ter pedido ao presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, para que esse investigasse o democrata Joe Biden e seu filho, Hunter Biden, que tinham negócios há até pouco tempo no país europeu. Conforme as acusações, as pretensões de Trump seriam eleitorais, uma vez que Joe Biden é o principal concorrente do republicano nas eleições presidenciais do ano que vem. Assim, Trump poderia encontrar algum “podre” nos negócios de Biden e utilizar isso como propagando contra seu adversários nos comícios.
Agora, a Câmara irá votar pela aprovação ou não do impeachment, cuja abertura foi anunciada em 24 de setembro pela presidenta da Casa, a democrata Nancy Pelosi. Se aprovado, o pedido irá para o Senado fazer o julgamento. Com dois terços dos votos a favor do impeachment, finalmente Trump seria derrubado do cargo. No entanto, a maioria no Senado é republicana e, embora anteriormente houvesse um movimento dentre de seu próprio partido pela sua deposição, atualmente a situação parece ter se amenizado um pouco e os republicanos, com uma maioria na Casa, provavelmente irão vetar qualquer possibilidade de impeachment.
De acordo com a lei norte-americana, um presidente não pode pedir a um país estrangeiro a interferência em suas eleições. Curiosamente, os Estados Unidos são o país que mais interfere nas eleições das nações do mundo todo, financiando candidaturas de políticos fantoches, promovendo campanhas contra seus opositores, e, mesmo fora das eleições, controlando partidos inteiros e implementando uma política de golpes de Estado (inclusive militares) para que seus capitalistas possam melhor dominar as economias desses países.