O ex-presidente Michel Temer (MDB) se entregou às 14h56 desta quinta-feira (9) à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, na zona oeste da capital, após deixar sua casa. Ele estava a bordo de um carro. A Justiça determinou ontem que ele voltasse à prisão, pois o TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) revogou recurso que permitiu sua saída da prisão. A defesa do ex-presidente recorreu ao STJ (Superior Tribunal da Justiça) contra a decisão da segunda instância. A informação é do Portal UOL.
A Justiça deu até as 17h de hoje para que Temer se apresentasse à PF para ficar preso preventivamente (sem prazo).
Sobre a ação do TRF-2, Temer disse ontem que sua volta à prisão é uma “injustiça” e que não há provas contra ele.
Em março, o juiz federal Marcelo Bretas, da primeira instância no Rio, determinou a prisão preventiva do ex-presidente a pedido da força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal) na Operação Lava Jato do Rio. Temer é acusado de ter atuado em um esquema de corrupção envolvendo a Eletronuclear e a usina de Angra 3.
Quatro dias depois, o desembargador da 1ª Turma do TRF-2 Antonio Ivan Athié concedeu a liberdade a Temer. Ontem, Athié manteve a decisão que tomou em março, mas foi voto vencido contra os outros dois desembargadores da Turma: Abel Gomes e Paulo Espírito Santo.
A Justiça também determinou a volta à prisão de João Baptista Lima Filho, conhecido como coronel Lima e amigo do ex-presidente. Ele é tido como braço direito de Temer no esquema de corrupção. As defesas dos dois negam as acusações.