A Fundação Cultural Palmares, em parceria com o Ministério da Cidadania, atende à demanda da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), em caráter emergencial, enviando 48.045 cestas básicas para a população quilombola do Norte de Minas em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar

Desde quarta-feira (26), caminhões descarregam alimentos em um galpão da cidade. De acordo com o secretário executivo da Amams, Ronaldo Soares Dias, as doações atenderão mais de 16 mil famílias em 65 municípios.

Para Sabino Neto, presidente da Associação da Comunidade de Bebedouro e presidente da Comunidade Quilombola da região de Manga, as cestas básicas estão ajudando famílias cuja situação piorou com a pandemia.

“Na minha comunidade, serão 50 famílias beneficiadas. Diante da crise do Brasil e da pandemia, as famílias ainda estão sofrendo, pois, estão desempregadas. São muitas pessoas carentes, crianças que realmente precisam dessa ajuda”, ressalta.

SEMPRE PRECISA 
Sabino conta que a busca por doações é uma constante. “A gente sempre precisa estar correndo atrás, tentando ajudar a comunidade. Onde tem um órgão que oferece cesta, a gente corre atrás, para poder ajudar o povo”, relata.

As doações devem ser encaminhadas à Assistência Social do município que se desejar ajudar. Em Manga, existem 10 comunidades quilombolas registradas.

O presidente da Amams e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, conhecido como ‘Nilsinho’, recorda que a última ação ocorreu em 2021. Na ocasião foram entregues 16.300 cestas a famílias quilombolas da região, sob a responsabilidade do órgão, que articulou e ficou responsável por receber e entregar os alimentos. “Por isso, a Amams participa dessa distribuição de cestas básicas e disponibiliza sua equipe para esta ação”, finaliza Nilsinho.

Município deve agendar

A Gestora da Secretaria de Desenvolvimento Social de Bocaiuva, Isabela Queiroga, explica que na sua cidade, existe quatro comunidades quilombolas tradicionais, e nessas comunidades existem um número de famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar. Por isto, essa doação é tão importante.

“Por serem comunidades que vivem das produções agrícolas e fornecem para programas sociais, no momento da pandemia, ficaram impossibilitados de fazerem comercialização e tiveram a questão da renda muito afetada. E são famílias que se encontram, quando fazemos o mapeamento, que mesmo trabalhando, não conseguem se sustentar. Então é necessária essa ajuda”, destaca Isabela.

Para a retirada da cesta básica, cada município deve agendar antes de vir a Montes Claros. Os municípios que são públicos do programa do atendimento dessa ação, precisam antes de mandar buscar em Montes Claros, fazer o agendamento com a Coordenadora de Departamento de Políticas Sociais da Amams, Laila Ferreira.

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