Protesto pediu a proteção dos recursos hídricos diante de grandes empreendimentos que ameaçam a região

Serra da moeda será palco de manifestação no dia 21 de abril – Willian Dias/ALMG

O tradicional Abraço na Serra da Moeda aconteceu no ponto conhecido como Topo do Mundo. A iniciativa foi da ONG Abrace a Serra da Moeda, que há 17 anos realiza o ato como forma de chamar atenção para a preservação do espaço.
Este ano, o protesto abordou a preservação dos lençois freáticos que abastecem rios e nascentes da região e são colocados em risco pela mineração em Minas Gerais.
A advogada voluntária da ONG, Beatriz Vignolo, explicou que a mineração pode comprometer as nascentes e causar desabastecimento hídrico de comunidades inteiras.
“A gente tem um problema grande que é a coincidência entre o minério de ferro e o aquífero subterrâneo. Para avançar na frente de lavra, a empresa tem que fazer o rebaixamento do lençol freático e, com isso, comprometer as nascentes que abastecem as comunidades “, afirmou.
O grupo reivindicou também a implantação do plano de manejo do Monumento Natural da Mãe D’Água, uma unidade de conservação com mais de 31 nascentes, localizada na Serra da Moeda.
“Hoje, o Monumento da Mãe D’Água protege apenas a vertente oeste da região da Serra da Moeda, que é a região onde fica Brumadinho. A vertente leste não está protegida, onde ficam os municípios de Nova Lima e Itabirito. E é a partir dessa vertente que a gente encontra ameaças como a fábrica da Coca-Cola, em Itabirito, e o mega projeto de expansão imobiliária da CSul, na Lagoa dos Ingleses”, relata Beatriz.
O Abraço na Serra da Moeda aconteceu pontualmente às 12h deste domingo (21). A organização do evento disponibilizou nove ônibus gratuitos para levar moradores de comunidades do entorno da serra até o local da manifestação.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dezoito − 7 =