A ação dos fazendeiros e empresários, ocorrida em 10 de agosto, teve como intenção mostrar ao presidente Jair Bolsonaro que os ruralistas da região apoiam suas ideias de “afrouxar” a fiscalização do Ibama

A Polícia Federal já tem provas de que fazendeiros, madeireiros e empresários influentes na região organizaram as queimadas criminosas na floresta Amazônica no sul do Pará nos dias 10 e 11 de agosto, que ficou conhecido como “dia do fogo”.

Segundo reportagem de Daniel Camargos, no Repórter Brasil, uma operação da PF realizada nesta terça-feira (22) apreendeu documentos e computador do presidente do Sindicato Rural de Novo Progresso, Agamenon Menezes, confirmando investigação da Polícia Civil de que organizadores das queimadas são pessoas poderosas, ligadas ao agronegócio.

Os responsáveis pelo ‘Dia do Fogo’ teriam feito uma ‘vaquinha’ para pagar o combustível – uma mistura de óleo diesel com gasolina – usado para alastrar as chamas.

A ação teve como intenção mostrar ao presidente Jair Bolsonaro que os ruralistas da região apoiam suas ideias de “afrouxar” a fiscalização do Ibama e quem sabe conseguir o perdão das multas pelas infrações cometidas ao Meio Ambiente.

Três dias antes do conluio por whatsapp para atear fogo na floresta amazônica, o Ibama recebeu um alerta do Ministério Público Federal sobre a ação, mas respondeu apenas no dia 12 de agosto, quando o incêndio já havia se alastrado.

A resposta do Ibama ao MPF, datada do dia 12 e assinada por Roberto Victor Lacava e Silva, gerente executivo substituto do Ibama, informa que as ações de fiscalização estavam prejudicadas por “envolverem riscos relacionados à segurança das equipes em campo”. O documento diz ainda que já haviam sido “expedidos ofícios solicitando o apoio da Força Nacional de Segurança”, ignorados até então pelo ministro da Justiça, Sergio Moro.

Detalhes
Os detalhes sobre a ação criminosa aconteceu no grupo de whatsapp ‘Sertão’, mas as conversas sobre a ação teriam iniciado em outro grupo, chamado ‘Jornal A Voz da Verdade’, em que estavam autoridades da região, como o delegado da Polícia Civil, Vicente Gomes, chefe da Superintendência da Polícia Civil do Tapajós, sediada em Itaituba, distante 400 quilômetros de Novo Progresso.

Gomes teria determinado ao delegado de Novo Progresso que não repassasse à Polícia Federal os depoimentos que já haviam sido tomados pela Polícia Civil na cidade – o que piorou a relação entre as duas instituições responsáveis pela investigação.

Leia a reportagem completa no site do Repórter Brasil 

Via Revista Fórum

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