Menos de um mês após rebater em entrevista rumores de que planejaria renunciar ao cargo, o Papa Francisco admitiu nesta sexta-feira (29), ao final de uma viagem ao Canadá, que de fato pode abdicar do posto máximo da Igreja Católica. Segundo o pontífice, a renúncia viria caso sua saúde o impeça de continuar como líder do Vaticano.

“Não acho que eu consiga continuar a viajar com o mesmo ritmo que antes, na minha idade, com as limitações deste joelho. Ou me poupo um pouco para continuar a servir a Igreja, ou preciso começar a considerar a possibilidade de sair”, disse a jornalistas.

“Com toda a sinceridade, não é uma catástrofe. Podemos mudar o papa. Não é um problema. Mas acho que tenho que me limitar um pouco, com esses esforços”, afirmou ainda o religioso.

Francisco está com 85 anos e sofre com um problema no joelho que vem impactando sua mobilidade. Em sua visita ao Canadá, oportunidade em que pediu desculpas em nome da Igreja Católica pela opressão imposta no passado aos povos nativos, passou a maior parte do tempo em uma cadeira de rodas.

O argentino assumiu a liderança o papado em 2013, após a renúncia de Bento 16. Nos últimos meses, se intensificaram rumores sobre uma suposta renúncia, principalmente depois que Francisco realizou reuniões com religiosos do mundo todo para a discussão de uma nova constituição para o Vaticano e após uma visita à cidade de L’Aquila, local associado ao Papa Celestino V, que renunciou em 1294, e que foi visitado também por Bento 16 antes de tomar a decisão de abdicar do papado.

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