“Moro chegou quase como primeiro-ministro, depois virou esse personagem que Bolsonaro leva pra jogo do Flamengo”.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu entrevista ao jornalista Pedro Bial, da TV Globo, em que disparou contra dois de seus alvos prioritários: o ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, e o ministro do STF Luis Roberto Barroso, o mais lavajatista da corte. Ele também antecipou seu voto contrário à prisão em segunda instância. Confira:
“Moro chegou quase como primeiro-ministro, depois virou esse personagem que Bolsonaro leva pra jogo do Flamengo.” Gilmar Mendes no Bial
— GugaNoblat (@GugaNoblat) October 15, 2019
Em entrevista no “Conversa com Bial”, Gilmar Mendes sugere que Barroso havia ensaiado as frases usadas em discussão com ele (“mistura do mal com atraso, com pitadas de psicopatia”): “Eu quando mando alguém fechar o escritório de advocacia eu não improvisei, eu falei na hora”.
— JOTA (@JotaInfo) October 15, 2019
Sobre a prisão em segunda instância, Gilmar respondeu: “Hoje estou convencido, diante dos abusos, que temos de reforçar a prisão provisória em segundo grau, mas a execução da pena só com trânsito em julgado”.
— JOTA (@JotaInfo) October 15, 2019
“Lula merece um julgamento justo”, diz Gilmar Mendes no Bial
O ministro também disse que, por conta das reportagens da Vaza Jato, a condenação do ex-presidente deixa “muitas suspeitas”
No programa Conversa com Bial desta segunda-feira (14), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, ao ser questionado sobre o possível desenrolar do movimento “Lula Livre”, afirmou que o ex-presidente merece um julgamento justo.
“A minha percepção é que nos círculos acadêmicos no mundo há a impressão de que há muitos vícios nesse processo do Lula, e eu tenho dito então que o Lula merece um julgamento justo”, disse o ministro.
“Para isso deveria começar tudo de novo, então?”, questionou o apresentador. “Não sei. Mas merece um julgamento justo. Tudo isso que vem se revelando de fato deixa a suspeita sobre esse caso”, respondeu Gilmar.
Mendes falou também sobre o uso da prova ilícita, no caso as conversas divulgadas pelo The Intercept Brasil. O ministro afirmou que, inequivocamente, a prova ilícita não pode ser usada para condenar ninguém. O debate se dará, segundo ele, se ela pode ser usada para exonerar alguém de responsabilidade. “Diz-se hoje na doutrina que sim”, afirmou.
Confira a fala do ministro no programa:
AGORA! @gilmarmendes : “@LulaOficial merece um julgamento JUSTO” ! @zehdeabreu pic.twitter.com/eqGFgJHsrv
— MILA ANDRADE (@Velandrade13) October 15, 2019