O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou ao jornal espanhol El País que a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro será julgada pela corte em novembro.
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com base nas ilegalidades de Moro e da força-tarefa Lava Jato, pede desde o início da persecução penal a anulação dos processos.
No entanto, o pleito dos advogados do petista ganharam força somente após a #VazaJato –a série de reportagens com conversas de Moro com procuradores, em conluio, que combinavam estratégias para inviabilizar a defesa dos réus no âmbito da força-tarefa.
“Em novembro a gente volta nisso”, garantiu Gilmar, ao ser inquirido pelo El País sobre a data do julgamento do recurso impetrado pelo ex-presidente.
Gilmar Mendes tem repetido dentro e fora do STF que o mundo cobra um julgamento justo para o ex-presidente Lula. Logo, ele reconhece, não foi justo o julgamento que levou o petista à cadeia.
Lula é mantido preso político há 570 dias na Polícia Federal de Curitiba, depois uma sentença eivada de vícios e sem que Moro et caterva apresentassem uma única prova contra o ex-presidente.
Além desse julgamento da suspeição de Moro, em que se pede a anulação das condenações e início de um novo processo, o Supremo também voltará a examinar no próximo dia 7 de novembro a proibição da execução da pena sem o trânsito em julgado, isto é, que impossibilita a prisão após a condenação em 2ª instância.
O placar parcial está 4 votos pela prisão antecipada a 3 contrários. Faltam votar ainda quatro ministros do STF. Todos eles (Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Celso de Mello e Gilmar Mendes) podem julgar pela impossibilidade da prisão em segunda instância pelo placar de 7 votos a 4.