CIRO QUER ESQUECER O GOLPE QUE ELE PRÓPRIO DENUNCIOU

 – O candidato derrotado do PDT às eleições presidenciais, Ciro Gomes, está convicto que o Brasil vive uma democracia. Em uma live que fez nas redes sociais nesta terça-feira (4), ele pediu para “encerrar esse crônica petista de chamar todo mundo de ‘golpista’ e jogar o jogo democrático”. No entanto, em maio, seu discurso era completamente diferente. “Nós estamos sob um golpe de Estado, não há a menor dúvida disso. Não é mais uma sargentada como foi muitas vezes no passado no mundo e no Brasil também. Agora é um golpe que eles chamam soft, por dentro da institucionalidade formal”, afirmou Ciro.

Apenas sete meses separam uma fala da outra. Durante o processo do impeachment, Ciro deixou claro que a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu um golpe de Estado e se vangloriou dessa postura em várias entrevistas.

Em live no Facebook, Ciro optou por blindar Bolsonaro. Para o candidato derrotado, o problema do Brasil é o PT, sobrando até para os movimentos sociais, esses que serão criminalizados com a lei antiterrorista de Moro.

“Neste momento como houve um enorme terror feita pela cúpula do PT de que há um risco a democracia, temos que estimular o Jair Bolsonaro a jogar o jogo democrático. Temos que cercá-lo com as instituições. Mas na medida que o PT cooptou as instituições da sociedade civil, nossas instituições estão muito fracas. Deixa eu dar um exemplo para vocês, cadê o exercito do Stédile? Cadê o exército do MST? Cadê a greve de fome? Isso ninguém aguenta mais. É preciso virar essa página e jogar o jogo da democracia. E até o presente momento ela está preservada”, disse Ciro.

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