Em ano de recorde no desmatamento, o Ministério do Meio Ambiente, sob o comando de Ricardo Salles, perdeu 20% de seus analistas ambientais
No ano em que o desmatamento quebra recordes, o governo de Jair Bolsonaro decidiu desmontar a estrutura de vários órgãos, principalmente a do Ministério do Meio Ambiente, sob o comando de Ricardo Salles, que perdeu 20% de seus analistas ambientais.
De acordo com reportagem da BBC, os cargos que foram perdidos eram de servidores técnicos com funções que vão do monitoramento de queimadas e do desmatamento na Amazônia (que cresceu quase 30% entre agosto de 2018 e julho de 2019, conforme os dados divulgados nesta segunda-feira (18) pelo INPE), ao acompanhamento do nível do mar na costa brasileira.
O registro do Painel Estatístico de Pessoal do Ministério da Economia, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão demonstra que o total desses servidores na pasta caiu de 476 em dezembro de 2018 para 395 em setembro de 2019.
Em contato com a BBC, servidores transferidos do Ministério do Meio Ambiente disseram, sob condição de anonimato, que as mudanças no setor incluem deslocamento de prioridades, paralisação de atividades de monitoramento, falta de articulação com outras secretarias e órgãos ambientais.