Bruno Rodriguez Parrilla (Foto: Reuters/Stringer)

O governo cubano frequentemente acusa as redes sociais, especialmente o Twitter, de possibilitar a chamada “guerra virtual” contra o sistema socialista de Cuba.

O governo cubano revelou nesta quarta-feira (28) que o país recebeu “indícios de censura” da rede social Twitter e destacou que o FBI, dos Estados Unidos, “está atuando como guardião de um vasto programa de vigilância e censura das redes sociais” contra Cuba.

O jornal Granma, porta-voz do partido comunista no poder, informou que “documentos vazados para jornalistas mostram que as agências de inteligência dos EUA, o Pentágono e o Departamento de Estado americano coordenaram ações de guerra psicológica com o Twitter”.

“Ao mesmo tempo, o FBI pagou à empresa para responder aos seus pedidos”, ressaltou o jornal.

A publicação divulgou ainda uma mensagem do chanceler Bruno Rodríguez, citando declarações públicas do editor da Substack, Matt Taibbi, que revelou que “na longa lista de contas que o Twitter recebeu com indícios de censura, há usuários cubanos, marcados para moderação ou execução digital”.

De acordo com Rodríguez, Taibbi afirmou que “o governo dos Estados Unidos estava em contato constante não apenas com o Twitter, mas com praticamente todas as empresas de tecnologia importantes, como Facebook, Microsoft, Verizon, Reddit, Pinterest e muitas outras”.

O governo cubano frequentemente acusa as redes sociais, especialmente o Twitter, de possibilitar a chamada “guerra virtual” contra o sistema socialista de Cuba. Recentemente, acusou o Twitter e uma seção do Facebook de lançar “ações de censura contra a mídia pública e os usuários cubanos”.

“Eles rotularam publicações que tiveram seu alcance limitado nas redes e eliminaram relatos críticos às operações desestabilizadoras contra nosso país. Foi uma ação seletiva e coordenada que viola o direito à livre expressão dos cubanos e que expressa a subordinação dessas empresas a os caprichos dos políticos dos EUA”, disse o chanceler. (ANSA).

 

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