O vencimento básico de um professor especialista com 20 horas semanais de trabalho na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) é de R$ 885,64. Somadas as gratificações não passa de R$ 1,3 mil, valor inferior ao salário de um professor da educação básica, que fica em torno de R$ 2 mil. Essa é uma das distorções apontadas pela Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes) para justificar a deflagração da greve dos professores, há 15 dias.
Segundo a diretora de Comunicação da Adunimontes, Maria Clara Maciel, a paralisação ocorre em razão do não cumprimento do acordo que pôs fim à greve de 4 meses, ocorrida em 2016, e que foi homologado pelo Tribunal de Justiça de Minas gerais. O documento prevê, como principal ponto, a reestruturação de carreira.
Dos 13 itens acordados, entre eles a incorporação de gratificações – negociada em 2015 -, o governo apenas empossou os concursados e passou a pagar biênios e quinquênios a quem já tinha direito aos benefícios.
O acordo prevê, entre outras conquistas, a reestruturação de um plano de carreira adequado que, entre outros pontos, realiza a incorporação da Gratificação de Desempenho da Carreira de Professor de Educação Superior (GDPES) e do “Pó de Giz” ao vencimento básico; o aumento da Dedicação Exclusiva (DE) de 40% para 50%; a nomeação do atual concurso público e a publicação de novos editais; e a liberação com vencimento para docentes em formação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) mediante aprovação do departamento ou unidade.
Faz parte do documento, ainda, a formalização de uma mesa de negociação permanente própria para a recomposição salarial da categoria. Além da oferta de 300 bolsas para a assistência estudantil. Uma equipe de negociação se reuniu hoje (9), em Belo Horizonte, com o secretário de Planejamento, Helvécio Magalhães, para tratar das reivindicações dos professores.

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