Neste ano, o Grupo Folclórico Banzé, de Montes Claros, completa 50 anos de existência. A comemoração será marcada por uma série de eventos, incluindo um grande show e lançamentos de documentário e de um livro sobre a história do grupo.

As atividades vão acontecer durante um ano – maio de 2018 a maio de 2019. E deve envolver também a comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Montes Claros.

O Grupo Folclórico Banzé surgiu em 1968, dentro do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez, criado pela professora Maria José Colares Moreira (Zezé Colares), com o objetivo de estimular seus alunos a conhecerem mais sobre o folclore e a história da música. O grupo – que, inicialmente, chamava-se ‘Bandinha da Zezé’ – tornou-se um grande divulgador das tradições e da cultura brasileira, participando e recebendo premiações em festivais internacionais de folclore.

Por um período, o seu acervo foi guardado no prédio do Museu do Folclore (atual Centro de Pesquisa e Documentação Regional), na Rua Ângelo de Quadros, no Bairro São José.

Durante a reunião, realizada no prédio da Reitoria da Universidade, para discutir a programação das festividades, Gustavo Colares, que é neto de Zezé, ressaltou que o Grupo Banzé está inserido diretamente na cultura e na história de Montes Claros nos últimos 50 anos, contribuindo para a divulgação do nome da cidade no Brasil e no exterior. Ele destacou que “o grupo tem um rico e diversificado repertório de danças e músicas folclóricas, que resultam de pesquisas e refletem a riqueza das tradições do Norte de Minas e de outras regiões brasileiras”, citou. Lembrou, ainda, que ex-integrantes do Banzé ganharam destaque na carreira musical. Citou como exemplos, os músicos Tino Gomes, Yuri Popoff e Marcelo Godoy.

Projeto educativo

O presidente do Grupo Banzé disse que, ao completar 50 anos, além de resgatar a história, a companhia de danças folclóricas pretende reforçar as ações educacionais voltadas para a divulgação da cultura e das manifestações folclóricas junto ao público infanto-juvenil. Uma das estratégias é fazer essa divulgação por meio de histórias em quadrinhos, tendo como personagens figuras do folclore como os catopês das centenárias Festas de Agosto de Montes Claros – que constituem uma das mais importantes fontes de inspiração do repertório musical e das danças do grupo.

Outra meta é a realização de apresentações e oficinas destinadas a crianças e adolescentes, com o objetivo de promover a difusão cultural.

Gustavo Colares também falou sobre a realização da 11ª edição do Festival Internacional de Folclore de Minas Gerais como parte integrante das comemorações dos 50 anos do Grupo Banzé. O evento deverá acontecer em maio de 2019, no encerramento da programação comemorativa do cinquentenário. Os organizadores estão em busca de outros parceiros, a fim de viabilizar o Festival por meio da Lei Federal (Rouanet) e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Via Jornal Gazeta

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