Por Fernando Brito – Tijolaço

Na Folha, o Painel diz que “quem conhece” do Tribunal Federal da 4ª Região, onde será julgado o recurso de Lula diante da insana sentença de Sérgio Moro no caso do apartamento do Guarujá, “está convencido” de que a decisão será ainda no primeiro semestre de 2018.

No Diário Catarinense, da RBS gaúcha, a futrica é mais precisa: “O julgamento do recurso do ex-presidente Lula pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre vai ocorrer em fevereiro do próximo ano. A informação circulou durante o Congresso Estadual dos Magistrados, que teve o relator do recurso de Lula, desembargador João Pedro Gebran, como um dos painelistas.”

Ai que tudo indica, são “balões de ensaio” lançados pelo próprio Gebran, amigo e colega de mestrado de Sérgio Moro e invariavelmente alinhado às sentenças do juiz da Lava Jato.

Três juízes, neste caso, têm uma decisão que vai muito além da sentença “supositória” que prolatou Moro, sobre um apartamento que não é e nunca foi, de fato ou de direito do ex-presidente e sobre o qual, para liga-lo ao dinheiro desviado da Petrobras, tem apenas a palavra de um delator.

Três homens apenas vão tomar a si o direito de sentenciar o Brasil a ter – ou não – eleições viciadas por uma exclusão marcadamente ideológica de um candidato. Ninguém, por exemplo, fala em Aécio Neves poder estar inelegível, mesmo com a prova flagrante de um telefonema gravado e uma mala de dinheiro apreendida.

Três homens que podem fazer o Brasil cumprir pena de quatro anos, em regime fechado, com a eleição de um protofacista como Jair Bolsonaro à Presidência.

Ou será que alguém acha que a eleição será “ideológica” e colocará um freio “natural” em Bolsonaro? Quem, sem Lula, pode encarnar com mais facilidade o “contra tudo e contra todos”?

A interdição de Lula criaria o imponderável em um segundo turno onde o “novo” seria o trêfego ex-capitão.

Não se vê, sem Lula na disputa, quem possa enfrentá-lo num quadro de insatisfação popular, exceto, talvez, Ciro Gomes, que deve abandonar, por isso,seus arroubos verbais que lhe criam ressentimentos desnecessários entre os “lulistas” e, portanto, dificultam-lhe a condição de eventual “plano B” de uma frente progressista.

Como não o fez, até agora, não é maior seu crescimento nas hipóteses pesquisadas sem a presença do ex-presidente.

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