Vereador Rodrigo Cadeirante criticou inércia do governo de Minas, durante reunião da Câmara Municipal

Por Waldo Ferreira*

Foto: Rodrigo Cadeirante (Divulgação)

O silêncio do governo do Estado em relação à situação dos aprovados na lista de espera do concurso público para provimento de cargos no Hospital Universitário (HU) Clemente de Faria foi duramente criticado pelo vereador Rodrigo Cadeirante (Rede), durante sessão ordinária da Câmara Municipal, na manhã de terça-feira, 12.
Mês passado, por iniciativa do vereador, a Câmara Municipal realizou audiência pública para discutir uma solução que viabilize a nomeação desses candidatos. O concurso foi realizado em 2018, homologado em 2021 e suspenso por um ano, por conta da pandemia do Covid-19, retomando a contagem em 2022.
Em 2023 o governador Romeu Zema fez as nomeações dentro do limite previsto no edital, mas, para preencher vagas excedentes, optou por contratações com critério político, em detrimento da nomeação dos aprovados na lista.
“Como o prazo de validade do concurso expira em janeiro de 2024, torna-se urgente uma solução para que os remanescentes da lista não sejam prejudicados”, cobrou o vereador. Ele afirmou que, apesar da audiência, o Estado continua omisso, prevalecendo o silêncio das secretarias de Saúde, Educação, uma vez que o HU é ligado à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes); e Planejamento e Gestão (Seplag).
Rodrigo Cadeirante lamentou a postura do secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, referindo-se à grande exposição dele durante a campanha eleitoral do ano passado, em contraste com a omissão atual. Para o vereador, a não nomeação dos aprovados na lista excedente torna-se mais acintosa quando se sabe que o hospital, único a atender 100%, sofreu uma baixa de 200 funcionários, que tiveram seus contratos encerrados; e fechou 37 leitos.
“Para evitar o colapso no atendimento do HU, por irresponsabilidade do governo estadual, que é quem tem a obrigação de destinar recursos para o hospital, o prefeito Humberto Souto fez um aporte financeiro de R$ 15 milhões para garantir a manutenção de leitos e contratação de profissionais”, lembrou Rodrigo, ressaltando que a medida é paliativa e tem validade apenas de um ano.
Ele cobrou medidas do governo para assumir sua responsabilidade e reforçou que o Município não tem obrigação nem condição financeira de financiar um hospital que é gerido pelo Estado e que atende pacientes de outros municípios e até da Bahia.
* Jornalista e colaborador do ECN

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